Tempos modernos

Sansa – Quando o fim chega




Em toda história existe um fim.

A dela, Willas e Harry se deu em uma tarde chuvosa que parecia refletir o humor do apartamento do mais velho naquele dia. Ela havia notado a diferença de comportamento do Tyrell de uns tempos para cá e tinha começado a se preparar para o inevitável. Quando Willas sugeriu uma viagem até uma praia nos arredores, algo na sua mente piscou. A viagem tinha sido incrível, facilmente uma das melhores da sua vida, entretanto, todos os momentos soavam como uma despedida.

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Um último beijo incrível, uma última noite de sexo, um último jantar recheado de risadas e brincadeiras.

Pela expressão que Harry fez quando Willas falou sobre aquela aventura ter chegado ao fim, Sansa teve certeza que ele não fazia à mínima ideia. Sansa suspirou longa e profundamente. Pensou que seria indolor, pensou que no fim acabaria concordando com Willas e ficando feliz pela a aventura, mas agora planejando um futuro mais sério. Estava errada, um buraco se abriu no seu peito, uma sensação de perda a preencheu.

Harry lutou contra as lagrimas.

– Eu devia saber. Seu idiota sem cérebro, você devia saber que ia se ferrar. – ele disse para si mesmo. Sansa teve o ímpeto de abraçá-lo, mas se conteve. – Acho que mereço isso por ser tão estúpido.

Ele gritou com Willas e amaldiçoou até sua quinta geração. Depois saiu batendo a porta e o apartamento ficou terrivelmente silencioso.

– Você me entende, certo? – Willas perguntou depois de alguns momentos. Ele olhou na sua direção quase suplicante.

– Sim.

Foi tudo o que respondeu.

– Foi só uma experiência, não era algo que podia ser para sempre.

– Eu sei.

Willas se aproximou dela e deu um sorriso fraco. Sansa preparou-se para se despedir, mas então o homem abaixou a cabeça e beijou seus lábios. Algo muito estranho ocorreu. Antes, o beijo dele costumava causar uma fumigação boa na sua barriga e fazia seu coração dar saltos, mas agora havia algo errado. Não houve fumigação e coração saltitante, apenas um frio e incomodo desconhecidos.

– Desculpe. – ele falou ao se afastar. – Não devia fazer isso agora.

– Tudo bem.

– Espero que possamos permanecer amigos.

Ela acenou positivamente a cabeça.

– Claro.

Foi em direção da porta. Antes de sair Willas lhe falou:

– Foi à coisa certa.

Sansa concordou, mas uma voz na sua cabeça insistia em negar.