Tempos modernos

Tommen - Jogo




A senhora Catelyn estava tão ocupada se preparando para receber o filho mais velho que chegaria no dia seguinte que nem veio checar ele e Rickon no quarto. Não que ela fosse encontrar alguma coisa, seu namorado estava ocupado demais com seu jogo para sequer notar sua presença no quarto. Tommen estava deitado na cama equilibrando nas mãos um dos livros pesados da faculdade, Rickon estava sentado no chão sem tirar os olhos da TV.

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Suspirou e cutucou a cabeça laranja do namorado. Tudo o que recebeu foi um aceno de mão.

– Você vai mesmo ficar jogando a tarde inteira?

– Estou passado de fase.

– Eu vim até aqui para te vê.

– Você está vendo. – Tommen revirou os olhos irritados. O Stark nem teve a dignidade e desviar a atenção da porcaria do jogo.

– Não sei o que tem de tão interessante nesse jogo. – comentou olhando para a tela onde um zumbi gritava. Zumbis gritam?

– Zumbis, armas, guerra? – Rickon falou como se fosse algo óbvio.

– Isso é mais interessante do que conversar com o seu namorado?

– No momento sim.

Às vezes ele odiava a sinceridade de Rickon. Como resposta jogou um travesseiro na cabeça de Rickon que acabou se atrapalhando com o controle. Conseqüência: Ele errou um tiro e dois zumbis conseguiram agarrá-lo. Seu estomago deu voltas quando o nome game over subia na tela. Não ousou olhar para o Stark e ao invés disso encarou o teto branco.

No entanto podia sentir o par de olhos azuis o encarando tão letais quanto duas metralhadoras.

– Tommen...

–...

– Eu morri.

–...

Sentiu o colchão ceder com o peso de Rickon, no instante seguinte o ruivo estava com as mãos nos seus ombros o prendendo na cama. Ele parecia bem irritado.

– Eu morri perto de conseguir passar de fase. Eu estava tão perto Tommen, tão perto.

Quem o ouviria se ele gritasse? Arya Stark estava dormindo em casa, mas a musica estava alta em seu quarto. Sansa estava fora. A senhora Stark não o ouviria enquanto cantarolava lá embaixo. O senhor Stark estaria cortando a grama do jardim. Bran, seu amigo poderia ouvi-lo, a não ser que estivesse falando com Loreza – Tommen ainda tentava descobrir a natureza dessa amizade.

É... Ele estava possivelmente ferrado.

– Você não entende o quão perto eu estava de passar de fase.

– Desculpe?

Rickon sorriu, mas foi um sorriso que lembrava o de um serial killer prestes a matar sua pobre e inocente vítima. Olhou para o livro no canto da cama, poderia esticar o braço, pegá-lo e se proteger. Contudo, Rickon deve ter lido sua mente, pois assim que ele moveu o braço o garoto segurou seu punho e derrubou o livro.

– Desculpa? Você não vai me compensar com apenas um pedido de desculpas.

– Não? – falou um pouco nervoso.

O sorriso aumentou e o rosto dele ficou perigosamente próximo do seu.

– Não.