Tempos modernos

Harry - Um quarto de hotel




Myranda sentou na a sua frente sem deixar a atenção desviar do telefone.

– Brigou com a Mya de novo?

Sua amiga não se dignou a responder o que em si já era resposta suficiente. Harry sorriu e se preparou para o seu velho discurso de como relacionamentos estavam fadados ao fracasso, mas Randa foi mais rápida.

– Você sabia que eles viriam para cá?

– Em minha defesa, eu nem sequer suspeitei que esse fosse o destino de lua de mel dos dois.

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Myranda não pareceu tentada a acreditar nele.

– Vai me dizer que você deu a ideia das Ilhas do Verão sem ter nenhuma suspeita de que Sansa e Willas estariam aqui.

– Eu juro que dessa vez sou inocente das suas acusações. Até eu tenho um nível de decência.

– O senhor não voltou para o quarto ontem.

– Como sabe disso? – Uma nativa das ilhas passou por eles e o homem perdeu alguns segundos lhe mandando um sorriso sedutor. – Você não devia estar no quarto com a sua noiva?

– Ela estava impossível ontem, por isso fugi para o seu quarto esperando que meu amigo de infância pudesse me dar alguma luz e descubro que ele desapareceu a noite inteira. – Harry quase falou que ele também era amigo de infância de Mya e que a outra não ficava policiando a hora em que ele voltava para o quarto, mas preferiu ficar calado. – Só me diga que você estava com qualquer outra pessoa.

Sua risada o entregou completamente.

– Achei que tivesse um nível de descendia Harry

– Eu estava indo para o bar encontrar um cara que conheci no primeiro dia, ele é lyseno e você sabe como os lyseno são bons de cama, – Randa corou provavelmente lembrando-se da época antes de entrar em um relacionamento com Mya em que os dois eram companheiros de festa pelo mundo e a garota era tão sem vergonha quanto ele, talvez até pior. – Só que eu acabei encontrando Sansa no elevador e ela estava levando algo pesado para o quarto, você sabe que eu sou um cavalheiro e me ofereci para ajudar.

– Não preciso de detalhes do que aconteceu depois.

– Quando terminamos saímos do quarto e seguimos direções opostas. Por coincidência do destino acabei por encontrar Willas que estava à procura de sua adorável esposa. – O Tyrell tinha um buque de adoráveis rosas azuis nas mãos, as prediletas de Sansa que deviam ter custado uma nota já que não cresciam tão ao Sul. – Ele me convidou para tomar um whisky no quarto, algo amigável, sem segundas intenções. Eu o acompanhei, como um bom amigo que sou e depois de alguns copos, bem... Você também não precisa de detalhes sobre isso.

– Você tinha consciência de que Sansa poderia aparecer a qualquer momento?

– Nós tínhamos tempo de sobra. – Algo não muito longe dali chamou sua atenção. – Diga-me Randa, Mya costumava gostar muito de ruivas, certo?

– Do que você está falando?

Ela então olhou na mesma direção dele e sua expressão foi impagável. Mya e Sansa conversavam animadamente na margem da piscina. Ele provavelmente não foi o único a notar que ambas olhavam demasiadamente para o decote uma da outra.

– Com licença, eu tenho algo para resolver.

– À vontade. – Ele respondeu rindo.