Regresso

Verdade?


Acordara mais cedo do que podia imaginar. Caminhou pelo quarto pela vigésima vez tentando passar o tempo. Sentou na cama angustiada e hiperativa, soltando um longo suspiro entediado.

Escutou uma batida na porta que a fez dar um pulo da cama. Abriu-a devagar avistando o moreno mais sexy que conhecia ali parado.

- Posso entrar?

- claro. – Sorriu notando que este ainda estava com a roupa do dia anterior. Provavelmente passara a noite na casa do Naruto.

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Deu passagem para ele passar e depois fechou a porta.

- Sente-se. – Sorriu apontando para a cama.

Sasuke atirou-se na cama, cansado.

- Não dormiu? – Sorria divertida. – Pelo jeito vocês se divertiram bastante.

- É. – suspirou o moreno.

- Então...

- Ah queria lhe dar um bom dia antes de ir para meu quarto.

- Hum. – Sorriu timidamente sentindo o rosto esquentar.

- Você fica ainda mais linda corada, sabia? – sorriu maliciosamente ele.

Sorriu de um jeito debochado antes de responder.

- Engraçadinho. – Deu-lhe um tapa no braço. – Faz isso de propósito.

O moreno soltou uma gargalhada gostosa.

- Ótimo, sou motivo de piada agora. – Estava de pé com as mãos na cintura.

Sasuke sentou-se a observando zangada.

- Hinata ligou ontem à noite me avisando que você estava indo para casa.

- Hum. – Olhou para baixo afim de não encara-lo.

- Poderia ter acontecido algo você sabia?

Podia senti-lo nervoso e um pouco irritado, mas também havia um sentimento que não podia distinguir em meio aos outros.

- Oh não se preocupe...

- Não me preocupar? – Levantou encarando-a. – Eu fiquei uma pilha de nervos.

- Mas...

- Nada de, mas, Saki!

O olhar ainda estava baixo. Covarde, pensou de si mesma.

- Fiquei tão preocupado que pensei em ir atrás de você. Mas então a Hinata me disse que o Gaara acabara de chegar lá e que havia lhe encontrado no caminho.

- Por isso estava dizendo que precisava se preocupar. – Sorriu levantando a cabeça para encara-lo. – O Gaara me trouxe até aqui.

- Ótimo, isso me deixou muito mais tranquilo.

Observou o sorriso irônico nos lábios delineados dele.

- Oh está com ciúmes? – Perguntou sorrindo para o moreno.

Então era este o sentimento que havia detectado antes.

- Eu? – sorria o moreno. – Não mesmo, afinal ele estava na casa da Ino no final das contas.

- Oh sim. – Sentiu um estalo na mente. – Oh ele foi até lá?

- Sim, foi. Por quê?

Sorria bobamente agora.

- Será que a Ino falou com ele? – Perguntou esperançosa para Sasuke.

- Acho que sim. Pelo menos foi o que entendi quando a Hinata falou.

- Ótima. – Disse empolgada, dando um pequeno salto.

- Por que sinto que você aprontou algo? – Sorriu zombeteiro o moreno.

- eu? – Sorriu sapeca. – Não mesmo. Apenas falei algumas coisas, só espero que tenha ajudado.

- Hum.

O moreno aproximou-se com um passo da rosada circulando-a com os braços.

- E você esta se aproveitando da minha felicidade. – Sorriu apaixonadamente para o moreno.

- Confesso que estou mesmo. – Sorriu ele tomando-a em um beijo.

Sentia as pernas tremer enquanto o moreno a segurava firmemente. Agradeceu por estar amparada se não cairia sem sombra de duvidas. Entreabriu a boca deixando-o aprofundar o gesto apaixonado. Podia sentir os batimentos do coração dele junto com o seu. Aos poucos o beijo foi terminando deixando apenas os lábios inchados e molhados para trás.

- Nossa... – suspirou Sasuke.

- É. –Sorriu ainda olhando-o nos olhos.

- Acho que agora posso dormir tranquilo.

- Hum, por quê?

- Por que sei que ainda é minha Sakura. – Sorriu sincero.

- Não poderia ser de outro Sasuke.

Abraçaram-se antes de vê-lo sair pela porta. Atirou-se na cama suspirando alto e sorrindo alegremente para si mesma.

Realmente o amor havia lhe alcançado, pensou com um sorriso bobo na face.

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Ouviu novamente batida na porta e levantou-se sorridente achando que era Sasuke.

- Oi. – Disse abrindo a porta sorridente.

- Sakura. – Sorriu Yoko para a rosada. – Podemos conversar?

- Oh claro. – sorriu tímida. – Aonde?

- Pode ser lá na biblioteca.

- Claro, já irei descer. – Sorriu para o pai.

- Certo. Espero-lhe lá em baixo.

Fechou a porta e foi ate o espelho pegando a escova e penteando os cabelos. Observou seu reflexo onde podia se notar a face levemente avermelhada e os lábios pouco inchados pelo beijo recente. Respirou fundo tentando se recompor.

Saiu deixando o quarto para trás e descendo as escadas. Encontrou o pai sentado na escrivaninha da biblioteca. Podia notar que ele estava nervoso e até mesmo ancioso.

- Você esta bem? – Perguntou aproximando-se do moreno e ajoelhando-se diante dele.

- estou querida. – sorriu nervoso.

Passou as mãos pequenas pela testa sentindo-a úmida.

- Acho que esta febril. – Falou preocupada.

- Não, estou apenas cansado e precisando muito falar com você.

- Oh claro. – Sorriu levantando-se e afastando-se do pai para sentar na outra cadeira disponível.

- Sakura eu pensei muito nestes últimos dias.

Sentiu como se o ar faltasse, percebendo que estava sem respirar voltando a puxa-lo devagar pelas narinas.

- E sobre que exatamente andou pensando? – Perguntou sentindo que naquele momento seria decisiva a conversa que teriam.

- Eu fui, quer dizer, sou um pai relapso. – Suspirou ele passando as mãos pelo rosto contorcido pela dor.

Levantou depressa indo até o homem a sua frente sem conseguir pensar direito no que estava acontecendo.

- Oh, acalme-se você não foi um pai tão mal assim. – sorriu tentando fazer piada. – afinal estou viva e bem.

Sentiu quando Yoko levantou o rosto e a encarou. Os olhos deste fixo nos seus, com lagrimas de dor.

- Não sofra pelo que já passou. – Falou decidida.

- Como não? – Suspirou cansado. – Ver você com este olhar esmeraldino tão sofrido foi a pior coisa que poderia ter me acontecido. – Passou as mãos de leve pelo rosto de Sakura. – Você é minha menininha. A garotinha que vi nascer, que nasceu do amor.

- Oh Yoko. – Balançou a cabeça tentando não deixar as lágrimas caírem. Lembrou-se da mãe, Dara, de como a mulher era quando ainda moravam na ilha. Da felicidade do pai com a mulher e a filha por perto. Mas também acabou lembrando-se das brigas constantes depois de certo tempo, das caras tristes e da infelicidade da mãe.

- Você sempre foi bem vinda desde o seu nascimento. Fui o homem mais feliz do mundo quando lhe peguei pela primeira vez no colo.

Não conseguiu segurar as lagrimas que agora rolavam pelo seu rosto alvo.

- Lembro-me como se fosse ontem os seus primeiros passinhos, as suas primeiras palavras. – sorriu Yoko ainda a encarando. – você sabe qual foi sua primeira palavra?

- Não. – sorriu de volta ao pai.

- Foi amor. -Ambos sorriram juntos. – Achei tão diferente, mas era você. – Passou o dedo na lagrima que caia pelo rosto da rosada. – Eu tinha mania de chamar você e sua mãe de amor.

Viu quando as pequenas lágrimas ganharam vida no rosto bronzeado do pai.

- Você sempre foi especial, Saki. Tinha um carinho imenso pelas pessoas e pelas plantas. Amava estar em meio às flores, tanto que não me arrependi de ter escolhido seu nome. Afinal você combina com ele. – sorriu o moreno. – Não somente pelos cabelos róseos, mas pela forma como você sempre conseguiu se misturar as plantas.

- Sempre tive esta vontade imensa de estar ao ar livre. – Suspirou fechando os olhos pensando em como sua vida no internato a fez sofrer. Lá quase não podia sair e natureza era praticamente extinta.

- Sim, isso está no seu ser. – Yoko sorria vendo-a de olhos fechados.

Abriu os orbes fitando o pai que lhe sorria amável.

- Sabe o que descobri, Saki?

- Não. – respondeu sinceramente.

- Que não importa o que tenha acontecido nas nossas vidas. – Levantou-se e puxou a filha consigo. – Não importa quem esta certo ou errado, o que importa é que nós nos amamos e não há nada neste mundo que me separará de você!

Abraçaram-se em meio à dor e a felicidade. Dor de relembrar coisas que os deixavam tristes e felicidade por finalmente poder colocar uma pedra em cima de tudo, podendo enfim viver em paz.

Afastou o rosto do ombro largo do pai.

- Então o senhor me perdoa por todos estes anos longe? – Perguntou com lagrimas na face.

- Não tenho o que perdoar querida. Você é minha filha, nunca poderia culpa-la das coisas que nos aconteceram.

- Oh o senhor me fez muito feliz. – Abraçou-o depressa afundando o rosto novamente nos braços do pai.

- Só quero lhe pedir que me perdoe. – suspirou beijando os cabelos rosados. – E que me chame de pai novamente.

Afastou-se sentindo os braços de Yoko em torno de si amparando-a.

- Sempre serei sua menina e nunca precisarei lhe dar perdão, pois não tem o porquê pedir, pai.

Viu os olhos do pai encherem-se de lagrimas que caiam como cascatas sobre a pele do rosto. Abraçou-o, trazendo a cabeça deste no seu ombro onde acariciou os cabelos negros. Sentiu-se amada e finalmente em casa. Ali era teria finalmente uma família.

- Dara tentou lhe tirar de mim. Usou-me para muitas coisas, mas sempre a agradecerei por ter me dado você.

- Oh papai. – sorria enquanto pequenas lagrimas caiam de seus olhos verdes.

Separaram-se mais uma vez. Tocou o rosto do pai com ambas as mãos sorrindo e vendo-o sorrir.

- Dara era uma mulher que sonhava e que buscava a juventude. –suspirou. – Nunca poderia culpa-la, tinha e sempre terei pena do que se transformou antes de morrer.

- Assim como eu filha. – Encararam-se. – Gostaria muito que morasse aqui comigo.

- Oh. – falou chocada. – Aqui na ilha?

- Sim. – sorriu apreciando o rosto iluminado da filha.

- Seria maravilhoso pai, mas tenho meu trabalho e muitas coisas a resolver. Tem também...

- então morará comigo e não se fala mais nisso.

O sorriso de ambos aumentou quando se abraçaram mais uma vez. Finalmente as coisas estavam dando certo para ela.

Estavam sentados tomando café na farta mesa posta por Chyo. Sakura sentara ao lado de Sasuke e Yoko ao lado da cozinheira.

- Está uma delicia Chyo. – Falou Yoko colocando mais um pedaço de bolo na boca.

- Concordo. – Sasuke estava com a boca cheia mal conseguindo falar.

- Seus esfomeados. – Chyo falou sorrindo para os dois morenos. Voltou-se então para Sakura. – Está satisfeita querida?

- Oh com certeza, estava tudo uma delicia. – Sorriu docemente a mulher que lhe sorria também.

- Esses dois parecem ter dois estômagos. – Falou sorridente.

- Ah Chyo não reclama, por que você adora cozinhar para nossos estômagos. – Sasuke falou sorrindo para as duas mulheres.

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- Isso é um fato. – Admitiu a velha senhora. – Não sei como não engordam.

- ah isso é o havido trabalho. – Yoko sorriu batendo a mão na barriga seca.

- Ou um metabolismo muito bom. – Sakura falou sorrindo para o pai.

- Talvez os dois. – Respondeu Sasuke olhando-a maravilhado.

Sentiu a respiração lhe faltar ao ver aqueles olhos negros a encarando tão apaixonadamente.

- Interessante. – Yoko falou observando os olhares dos dois jovens a sua frente.

- O que é interessante? – Sasuke perguntou desfazendo o contato e olhando para o senhor.

Sakura seguiu o olhar do moreno vendo então os dois mais velhos com sorrisos que não pode definir como maliciosos ou brincalhões.

- Vocês dois. – Sorriu o moreno mais velho.

Sasuke olhou para a rosada e depois voltou-se para Yoko.

- Bem não vejo nada demais. – Sorriu.

- Quando pretendiam me contar algo? – Perguntou Yoko desfazendo o sorriso.

- Pai eu... – Tentou argumentar, mas foi cortada por Sasuke.

- Iria lhe contar Yoko. – suspirou o moreno.

- Mesmo? – ergueu uma das sobrancelhas e repousou os cotovelos na mesa. – então não teria problema em me explicar agora Sasuke.

-Sim. – sorriu olhando-a novamente com um brilho no olhar. – Estamos juntos.

Sentiu o coração acelerar ao ver a expressão de incredibilidade do pai. Realmente ele não parecia feliz com o que Sasuke havia falado. Já Chyo sorria baixo olhando para os três.

- Estão juntos? – Sorriu zombeteiro fechando a cara logo em seguida. – No meu tempo nós homens não falaríamos assim de um relacionamento que para nós é serio.

- O que quer dizer? – Sasuke olhava-o incrédulo.

- Pai o senhor...

- Não Sakura. – Yoko a olhou pacientemente. – Está tudo bem. Realmente quero escutar isto da boca do Sasuke.

- Não estou conseguindo entender aonde quer chegar Yoko. – O moreno estava com a cara levemente retorcida.

Estava preocupada. Não queria estragar a amizade dos dois homens a sua frente, mas era cortada por ambos. Nenhum deles deixava-a falar uma só palavra. Olhou como se pedisse ajuda a Chyo tentando ao máximo fazê-la compreender e auxilia-la. Recebeu como resposta apenas um olhar calmo além de um sorriso zombeteiro e contido.

- Quero saber o que realmente quer com minha filha. – Encarou o moreno.

- Estou apaixonado por ela Yoko. – suspirou Sasuke enquanto passava as mãos pelos cabelos desalinhados. – Não sei viver sem ela.

- Hm. – passou a mão pelo queixo. – agora começamos a nos entender. – sorriu Yoko.

- Quero compromisso serio com ela e gostaria muito que você aceitasse. – Olhavam-se fixamente.

Yoko direcionou o seu olhar para ela e sorriu.

- Você o ama Sakura?

- Ah, sim pai. – Sorriu sentindo o rosto esquentar.

Sasuke discretamente segurou sua mão por debaixo da mesa o que a fez olha-lo.

- Espero que não a faça sofrer Sasuke. Eu o vi crescer e o trato como meu filho, mas não deixarei minha menina, minha filha, sofra mais do que já sofreu.

- Não a farei sofrer Yoko. Amo-a demais para isso.

Sorriram um para o outro felizes.

- Gostaria de aproveitar e pedir a sua autorização para levar Saki para passear.

- Hm. Aonde irão? – Perguntou curioso.

- Irei leva-la até as plantações. – sorriu para Yoko.

Olhou para Sasuke e depois para o pai sem compreender de qual local se referiam. Ao ver que de nada adiantaria encarou Chyo.

- Não posso fazer nada menina. – A senhora ergueu as mãos sorridentes. – Pelo jeito Sasuke quer deixar como surpresa.

- Hm. – Falou envergonhada ao ver os três a observando.

- nada de bico sakura. – Sorriu Sasuke.

- Você é muito misterioso Uchiha. – Falou sem encará-lo.

- Ah, mas você gosta dele exatamente assim. – Chyo sorria brincalhona para o mais novo casal.

- Chyo! – Ficou vermelha com o comentário da senhora.

Todos riram alto da conversa, deixando o ambiente descontraído.

- Dou a permissão. – Yoko sorria ainda.

- Certo. – Sasuke voltou-se para a rosada. – Então rosada podemos ir?

- Hum, claro. – Sorriu para o amado.

- Ótimo.

Levantou encarando os dois mais velhos e segurando Sakura pela mão.

- Voltaremos até o meio da tarde. – Sorriu gentilmente.

- Está ótimo.

- Certo.

Estavam no carro fazia algum tempo e já haviam chegado à zona rural fazia alguns minutos. Agora não se podia mais visualizar as casas, mas sim as plantações e eram muitas. Vários equitares de terra com plantas amareladas crescendo e se desenvolvendo. Seus olhos corriam por aquela vasta região e seu coração parecia estar prestes a explodir de alegria.

- Está gostando do que vê? – Sasuke perguntou sorridente ainda encarando a rua a sua frente.

- Não sabia que tinha uma zona tão vasta de plantações aqui na ilha. – sorriu olhando para o moreno.

- Pois é, tem uma família que ainda planta por aqui.

- Hm. Pensei que todos estavam se dedicando a outros campos depois que começaram a chegar os turistas.

- Sim a grande maioria, mas esta família não queria acabar com algo que os sustentava a gerações.

- Entendo. Acho que se fosse comigo também não gostaria de terminar com algo da família. – Olhou para frente podendo visualizar ao longe uma casa típica do campo, mas muito grande e majestosa. – Que casa linda. – Sorriu ao ver algo tão antigo e maravilhoso.

Sasuke sorriu ao vê-la com os olhos brilhantes.

- Você realmente gostou da casa?

A garota apenas balançou a cabeça em sinal afirmativo.

- Então acho que podemos fazer uma parada para olhá-la mais de perto. – Sorriu o moreno para a garota.

- E não terá problema? – Estava nervosa. Invadir propriedade alheia é crime, mas estava curiosa. Parecia que havia algo que a chamava.

O moreno parou o carro sorrindo de canto ao vê-la com o rosto franzido em duvida se fazer isto era certo.

- Acho melhor não Sasuke. – Suspirou tristemente, mas convicta.

- E por que não? – Sorria para a rosada.

- Por que é errado. – Olhou-o irritada. – não é obvio?

- Não vejo o porquê. – Saiu do carro batendo a porta.

- Sasuke! – Gritou, mas este já estava caminhando na direção da casa.

Saiu do carro caminhando apressada para poder acompanhá-lo.

– És louco?

Sasuke não se conteve e soltou uma risada alta. Sakura apenas o encarava duvidosa de tudo aquilo.

- Não sou louco, querida. – Sorriu maroto passando as mãos pela cintura delicada da garota, trazendo-a mais perto de si. – Quer dizer sou louco quando estou perto de ti.

Beijou a curva do pescoço claro fazendo-a se arrepiar.

- Sasuke. – Suspirou o nome do amado. – Isso é errado estamos invadindo a propriedade de outra pessoa.

Viu o sorriso maroto se alargar ainda mais.

- Não é de uma pessoa desconhecida. – O moreno a olhava enquanto esta passava os braços em torno do pescoço dele lentamente.

- Ah é? – Sorriu irônica. – Então por que não me disse que conhecia o dono?

- Por que você não me perguntou, gata. – Deu um pequeno selinho nos lábios rosados.

- Ótimo. Então de quem é a casa? – Falou curiosa.

- Você realmente gostou do lugar não é?

- Amei. – Sorriu virando a cabeça levemente para o lado a fim de apreciar a arquitetura local. – É linda demais.

- Fico feliz que tenha gostado. – Sorriu malicioso.

- Ah é? Por quê? – Olhou-o curiosa.

- Por que esta é minha casa.

Sabia que naquele momento sua expressão era incrédula.

- Nossa. – Foi à única coisa que conseguiu dizer. – Então as plantações anteriores...

- Sim. – Sorriu o moreno encarando-a. – São todas da minha família a gerações.

- Pensei que você fosse piloto. – Falou baixo enquanto tentava similar a nova informação.

- Oh e sou. – Sorriu presunçoso. – Mas isso não quer dizer que não consiga deixar as coisas em ordem nas plantações e na casa.

- Claro, não estou falando que você é incompetente. –Sorriu sem graça. – Apenas achei que não fosse muito o seu tipo.

- Hm. Então é boa em julgar as pessoas? – Sorria zombeteiro.

- Não é isso Sasuke. – Estava sentindo o rosto esquentar. – Pare já de me fazer ficar envergonhada.

- Tudo bem gata. – Sorriu animado. – Quer ver a casa ou não?

Afastou-se do moreno sorrindo.

-Posso mesmo?

- Com certeza. –Pegou-a pela mão. – Como poderia deixar de mostrar algo que fez esses lindos olhos esmeraldinos brilharem?

- Ah Sasuke. – Ficou corada novamente.

- Vamos entrar. –Puxou-a levemente. –Venha.

Sorriu para o moreno deixando-se levar pela mão.

A casa tinha uma grande área coberta na frente e a entrada era feita de madeira maciça. Tudo era envernizado dando a aparência de nova, apesar de ser antiga. As janelas eram grandes e deixavam passar uma grande quantidade de luz durante o dia.

Abriram a porta e entraram. A primeira peça era uma sala de estar com uma lareira feita de pedra. Longas cortinas de renda eram estendidas em frente às aberturas. Os sofás eram antigos e muito bem preservados colocados de modo elegante pelo local.

- O que achou? – Sasuke estava com os braços abertos e sorridente.

- Sua casa é muito bonita Sasuke. – Sorriu para o amado. – Mas exatamente o que viemos fazer aqui?

- Ah sim. – Sorriu parando perto da entrada para o corredor. – Tenho que pegar alguns documentos.

- Hm.

- Você me espera aqui enquanto eu busco os papeis? – Olhava-a nos olhos.

- Claro. – Sorriu.

- Então... – Sorriu aproximando-se da rosada. – Depois lhe mostro o resto da casa. – Beijou-a levemente, apenas um roçar de lábios que a deixou arrepiada.

- Sim. – Sorriu ainda com os olhos fechados enquanto o moreno se distanciava.

- Se comporte rosadinha.

- sou comportada. – Abriu os olhos vendo-o desaparecer no corredor.

Virou-se e caminhou para perto da janela abrindo uma pequena fresta da cortina. Admirou a paisagem que já vinha olhando quando estava no carro de Sasuke. Sorriu pensando em como seria bom estar ali, morar naquele local. Poderia correr e plantar suas flores. Esticar-se em uma espreguiçadeira no final do dia observando Sasuke fazer o mesmo ou até mesmo ter crianças a brincar.

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Sacudiu a cabeça para afastar tais pensamentos, apesar de ser maravilhosos.

- Olha só quem eu encontrei aqui.

Sakura virou-se espantada.

- Karin?

A ruiva estava encostada na porta do corredor com os braços pousando no batente. Percebeu que ela continuava com a roupa do dia anterior, como se não tivesse ido para sua casa ainda.

- A rosadinha veio passear? – sorriu debochada a ruiva.

- Karin não quero discutir, certo? – Falou revirando os olhos.

- ah é? – Sorriu zombeteira. – Pois eu quero.

Karin caminhou com passos lentos até onde a rosada estava parando a apenas alguns centímetros longe. Sakura levantou o rosto encarando à ruiva que era mais alta que ela.

- O que faz aqui? – Perguntou curiosa.

- Vim dar um passeio ontem. – sorriu maliciosa.

- Ah é?

- Sim. – Encostou um dedo no ombro da rosada. – Sasuke fez questão de me trazer até aqui para passear.

- Pare de mentir Karin. – Sorriu para a ruiva. – Sasuke esta com os garotos na casa do Naruto.

- Sim, estava. – Abriu ainda mais o sorriso. – Até certo horário, depois ele foi se encontrar comigo.

- Pois não acredito. – estava com o coração disparado.

- Mas devia acreditar rosadinha. – Pegou uma mecha de cabelo rosa levantando-o e largando novamente com repulsa. – acho que ele cansou desta cor de cabelo ou de estar com você. – sorriu com uma gargalhada.

- Não é possível, ele não mentiria para mim. – Sentia a respiração descompassada.

- Pois eu tenho certeza que ele mentiu. – Parou encostada na janela fazendo com que Sakura se afastasse e virasse de frente para a mesma.

- Não garota. – Respirou fundo lembrando-se do que ela disse na noite anterior. – Você falou que se encontraria com alguém.

- Sim eu avisei ontem, mas Sasuke pediu para que não disser nada então...

- Ele chegou pela manhã... – Fechou os olhos refletindo. – Oh meu Deus. – Suspirou segurando as lagrimas e colocando as mãos na boca. – Ele não faria isso comigo.

- Já fez rosada. – Sorriu presunçosa. – Ele é um homem de espírito livre, gosta de estar com muitas mulheres.

- Mas ele disse que me amava. – Olhou para a ruiva vendo-a fechar a cara e depois abrir um sorriso malvado.

- ah é, pois ele costuma dizer isto para as garotas que quer levar para cama. – Cruzou os braços encarando a rosada.

- Eu... – Não sabia mais o que falar. Tudo se encaixava.

- Sakura querida, o Sasuke é meu homem. Sempre foi e sempre será. – Sorriu mais ainda mostrando os dentes brancos.

- Ele não é de ninguém Karin. Não o trate como se ele fosse um premio. – Estava além de zangada triste.

- O Sasuke sempre teve suas quedas por outras mulheres, mas no final sempre para na minha cama, enroscado no meu corpo. – Passou as mãos lentamente pelas formas delineadas do próprio corpo.

Sakura reprimiu um soluço deixando apenas uma lagrima escapar.

- Você acreditava mesmo em tudo o que ele te disse? – sorriu maldosa. – Não se preocupe todas acreditam.

- Como pode ser tão malvada Karin. – Suspirou irritada.

- Não sou malvada rosada. Apenas falo a verdade, por isso Sasuke está comigo. – deixou as mãos repousarem na cintura. – Estou ainda aqui por que fiquei para dormir um pouco mais depois da grande noite que tivemos.

- Oh. – Fechou as mãos em punho.

- Nós nos divertimos muito até quase raiar o dia. – Sorriu. – ele me mandou sair pela manhã, mas não dei ouvidos como sempre. – Colocou o dedo indicador perto dos labios. – Acho que agora entendo o por que. – sorriu. – Afinal ele traria você para cá.

- Chega Karin! – Exclamou chorosa. – Você já diluiu o seu veneno. Pode ficar com ele ok?

- Ficar com quem Sakura querida. – A ruiva se fez de desentendida.

- O Sasuke é todo seu Karin! – Gritou sentindo uma lagrima escorrer por seu rosto alvo. Limpou-a rapidamente deixando apenas a raiva ficar em seu coração destroçado.

- Que bom saber que você é do tipo que compete Sakura.

Virou-se depressa olhando Sasuke parado no corredor por onde passou anteriormente. Não tinha percebido que havia trocado de posição para afastar-se da ruiva.

O rosto do moreno estava imparcial, não se lia absolutamente nada. Tentou o máximo que podia não demonstrar o quanto seu coração doía, mas sabia que não estava tendo sucesso. Olhou-o da forma mais irritada que podia depois girou e saiu pela porta da frente sem esperar por mais nada vinda daqueles dois, afinal se mereciam.