Eu vou até o fim
Abril de 2004 - Parte II
Depois de assinarem o livro de saída da Instituição, Naruto e Hinata foram em direção ao carro do loiro estacionado perto da entrada do local. Ele, como um bom cavalheiro, abriu a porta à moça e se dirigiu para o lado do motorista.
— Alguma preferência de restaurante? — perguntou Naruto, depois de dar partida no carro, decidido a começar logo a conversa, pois queria saber mais da linda e tímida garota sentada ao lado, ou pelo menos a parte que ela pudesse lembrar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Não, eu passei os últimos cinco meses comendo comida de hospital, qualquer coisa vai ser maravilhoso.
— Tudo bem, então que tal pizza?
— Na hora do almoço?
— E daí?! Nada que o Napolle's não resolva. Aliás, qual seu sabor preferido?
— De pizza? — ela perguntou, vendo-o assentir — Essa é uma das coisas que eu não me lembro.
— Sério? — ele parecia verdadeiramente surpreso. — Mas é pizza! Esse é o tipo de coisa que você nunca esquece.
Hinata riu desse comentário.
— Não é como se eu fosse escolher o que esquecer ou não.
— Ainda assim! — Naruto aproveitou que o sinal estava vermelho e se virou para o lado, indignado. — E sua banda favorita? — Ele prestava atenção em todas as reações de Hinata enquanto falava... — Filme? Série? — E percebeu que se importava mais do que ela, já que a morena estava a ponto de rir. — Já vi que vou ter muito trabalho com você, mocinha.
E toda conversa em direção ao shopping D foi assim, leve e descontraída.
Quando chegaram, depois da leve demora em achar uma vaga no estacionamento, se dirigiram à praça de alimentação, pegaram dois cardápios e folhearam para saberem os sabores de pizzas disponíveis.
— Tudo bem, — começou o loiro, com o rosto enfiado no cardápio. — temos apenas cinco opções: mozzarella, calabresa, bauru, portuguesa e frango com catupiry — olhou a garota por cima do papel — alguma preferência?
— Nada que tenha presunto. — ela parecia com nojo.
— O que você tem contra? — Hinata deu os ombros e virou o rosto para o lado, ainda assim, o loiro pode ver um lampejo de decepção nos olhos dela — Deixa eu adivinhar, você lembra de ter nojo mas não lembra o por que? — ele viu a menina assentir — Beleza, então... Isso descarta bauru. Ainda temos quatro opções.
— Hum... Meio calabresa e meia mozzarella? — ela disse.
— Ótimo! — fizeram o pedido e a moça do caixa perguntou o que eles queriam para beber. — Uma coca pra mim, e você?
Hinata deu mais uma rápida olhada no cardápio:
— Pode ser... Um suco de abacaxi com hortelã.
A atendente anotou tudo e depois de pago, entregou a nota fiscal com uma senha.
— Vai escolhendo uma mesa, que eu espero aqui. — disse Naruto.
Quando os pedidos chegaram, o loiro os levou à mesa escolhida.
— Agora, por que você não me conta sobre aquele nome... Como é mesmo? — olhou interrogativo para morena.
— Hanabi?
— Isso.
— Ah... — A garota respirou fundo, parecia estar pensando no que iria falar antes de continuar. — Eu não sei ao certo... Mas às vezes eu sonho com ela.
— Mas você sabe quem é?
— Eu acho que é algum parente, sei lá... A maioria dos sonhos é sobre duas garotinhas, normalmente brincando, em parques ou quintais, ou até mesmo um quarto rodeados de bonecas... — E o mais incrível, para Naruto, era o olhar nostálgico que Hinata exibia, como se lembrasse perfeitamente desses dias de sua infância. — e eu sinto que das garotinhas eu sou a mais velha, a outra eu acho que se chama Hanabi.
— Então, ela é provavelmente sua irmã!
— Talvez... Eu nunca vejo seus rostos direito, sabe, pra tentar achar alguma semelhança. Talvez fosse só uma amiga.
— Tem algum policial investigando o seu caso?
— Tem, mas até agora nada. O mais perto que já chegamos foi de uma tal de Hinata Hyuga, mas eles descartaram essa possibilidade.
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— Nossos perfis bateram na sessão de desaparecidos, — falava Hinata enquanto o loiro a servia uma fatia da pizza — mas durante as investigações acharam um corpo, então...
— Eu sinto muito.
— Acredita que ela tinha uma irmã chamada Hanabi?
— Sério? — o loiro franziu as sobrancelhas em forma de dúvida. — Isso foi coincidência demais. Eles têm mesmo certeza que essa garota não é você?
— Sim, a polícia me garantiu que, infelizmente, eu não sou essa garota.
— Infelizmente?... Você queria ser ela?
— Eu só queria saber a verdade, seja ela qual for. Descobrir logo quem eu sou entende?
— Entendo. — Ele disse pegando a mão de Hinata tentando conforta-la — Mas até lá vamos trabalhar com o que temos. Enquanto a polícia não descobre quem você era em sua antiga vida, nós vamos construir uma nova. O que acha?
— Acho uma ótima ideia! — disse a garota com o semblante mais animado.
— E por onde quer começar? — perguntou o loiro com expectativa.
— Que tal começarmos comendo essa pizza antes que esfrie?!
— Acho uma ótima ideia! – respondeu contando um pedaço – Só mais uma pergunta, eu não vi dormitório no instituto...
– Eu estou morando em um albergue da prefeitura. Por isso a minha pressa em sair de lá. É horrível.
– Imagino. Hoje mesmo vamos começar a procurar um emprego pra você, tá legal, assim vai sair mais rápido, beleza?
Hinata assentiu.
~
Assim que terminaram de comer, foram atrás de uma banca de jornal para comprar o Amarelinho, um jornal de vagas de emprego. E ao dar uma olhada, Hinata pareceu desencorajada.
— Tá tudo bem? — perguntou o loiro.
— Eu mal sei meu nome, o que eu colocaria num currículo? Quem iria me contratar? — respondeu aflita.
Naruto não tinha parado pra prensar nisso, quem contrataria alguém sem referencia nem nada? O melhor seria recorrer a um profissional.
— Vamos para uma agencia de emprego, lá talvez saibam o que fazer.
~
— Olha, temos que ser realistas aqui, vai ser difícil. — disse a senhora da agência de empregos. Naruto e Hinata estavam sentados em frente à mulher, que teria algo na faixa dos quarenta anos, numa mesa de mogno cheia de pilhas de papeis em um escritório simples. A senhora, que parecia ser bem baixa, mesmo sentada, analisava a situação da Watanabe. — Tudo que posso te oferecer nessa situação é alguma coisa relacionada com faxina em alguma em empresa, no máximo atendente em fast-food.
— Tá ótimo... — ia dizendo Hinata esperançosa quando foi interrompida pelo Uzumaki.
— Hinata, você tem certeza? São opções bem cansativas e que pagam pouco...
— Naruto que outra opção eu tenho? — perguntou a morena retoricamente — O que vier é válido. Fora que não vai ser pra sempre, mas eu preciso começar de algum lugar.
O loiro entendeu e concordou.
— Eu só preciso fazer mais algumas perguntas — começou a agente — você tem algum documento oficial?
— Sim, eu tenho um documento temporário, pra pessoas na minha situação que serve como um RG.
— Ótimo. — prosseguiu a senhora, anotando as informações em uma ficha que continha informações sobre Hinata — e quanto a doenças ou sequelas do acidente? E as vacinas?
— Sem sequelas. — respondeu Hinata — Ou qualquer doenças, nem estou tomando mais remédios. E quanto a vacinas, tenho exames que comprovam que tomei todas quando criança, e a dos 15 anos também.
— Tudo bem — terminando as anotações a mulher informou — vou analisar as anotações e ver o que está disponível. Esse número para contato aqui na ficha é de quem?
— É meu. — respondeu Naruto.
— Então, assim que algo surgir entrarei em contato.
— OK. Obrigado. — agradeceu Naruto se levantando e estendendo a mão para cumprimentar a senhora.
Hinata fez o mesmo e juntos foram para o carro de Naruto para ir embora.
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