Senti um puxão nos cabelos do pescoço e logo o ar adentrava novamente em meus pulmões. Arfei, desesperado para sugar todo o ar que conseguia. Apoiei minhas mãos na lateral do grande tanque de agua, como se pudesse impedir que tentassem me afogar novamente. Parem, eu queria dizer. Mas eu não encontrava a minha voz.

E então eu pensei nela.

Lembrei de seu lindo rosto, seus labios rosados, seu olhar intenso. A curva daquele sorriso meio torto, seus cabelos cor de chocolate balançando contra o vento forte, e sua voz doce e melodiosa.

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Era essa a visão que desejava levar comigo, para onde quer que eu fosse. Afundaram novamente minha cabeça no tanque, e dessa vez a escuridão quase me alcançou.

Isabella

Isabella

Eu repetia seu nome como mantra, até podia sentir como ela era minha ancora, minha chance. Tão linda...

- Agora me diz, porque fez isso idiota? Onde ela está? - Jacob cuspiu no meu rosto, a voz carregada de ira. Mas não me importei. Tampouco senti quando chutaram novamente a costela quebrada. Eu estava em um estado de torpor ao perceber o que estava tão claro todo esse tempo

Porque eu fiz isso? Um sorriso se formou em meu rosto, e consegui abrir os olhos suficientemente para encarar meu irmão ao dizer:

- Porque eu a amo.

E a escuridão me engoliu completamente.