Em Busca

A Mulher e o Rato


No extremo leste da Floresta Encantada, em uma escondida caverna bem escura e fria, trabalhava uma mulher de longos cabelos pretos em alguma coisa mágica. Vários potes de vidros espalhados no chão e pela mesa, alguns com conteúdos coloridos e outros simplesmente quebrados. Bugigangas estranhas que faziam coisas estranhas e pareciam ter saído de filmes de ficção cientifica. Um grande rato cinzento de rabo pelado ficava ao lado da mulher, que mexia com facilidade e destreza nos potes e vidros com coisas coloridos.

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–Um pouco de pelo de rato... – ela disse estendendo a mão. O rato se coça um pouco e deixa cair uns pelinhos na mão da mulher.

–Asa de mariposa... – o rato vai até um pote que de dentro tira uma asa de mariposa e entrega à mulher.

–Sangue de barata... – o rato à entrega um pote cheio de sangue de barata.

–E por fim, uma lasca de um chifre de unicórnio... – bem, acho que você já sabe o que o rato fez.

A mulher coloca a lasca de chifre de unicórnio em um copo de vidro, mistura um pouco e dentro do pote acontece uma mini explosão amarela. O rato guincha um pouco.

–Sim, na realidade ainda falta um ingrediente, Fungo. – disse a mulher ao rato – Mas este, ainda vai demorar um tempinho para ser colhido. – Fungo guincha – Este ingrediente é muito especial para minha poção de retirada de poderes. – Fungo guincha novamente – Sim, envolve aquele bebê que raptei. – Fungo (ah, você já sabe) – Eu não poderia esperar treze anos, ir até àquele mundo estranho, e sem correr o risco de ninguém suspeitar de mim e ainda por cima, de Regina me reconhecer. Tive que fazer isso. – o rato... – Não, Fungo. Eu também não poderia correr o risco de criar a criança e me apegar à ela. Mas não se preocupe, Fungo... – ela guarda o copo em um pequeno armário, o tranca à chave e coloca um feitiço de proteção em volta dele – eu sei exatamente aonde essa criança estará, quando eu for precisar dela... – ela disse, olhando para um espelho que mostrava a imagem de uma mulher com um bebê no colo.