Descobrindo o Amor

A um passo da verdade


Christian PDV

- Chris!

- Calma Nicole, estamos chegando.

- CHRIS! – gritava ela.

Suas mãos suadas passavam sob o cabelo bagunçado. Ela segurava a barriga, como uma proteção. Não sei como, mas de uns tempos pra cá Nicole tem ficado linda, sim linda.

Ela estava diferente, mais carinhosa, talvez sensível. A pessoa fria em que ela se tornou no passar dos tempos estava morrendo, enquanto nascia uma criança em seu útero.

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- Nick, vai dar tudo certo.

Ela olhou profundamente em meus olhos, buscando a esperança de me ter de volta. É, talvez ainda existisse mesmo.

- Vai nasce! – disse o médico, pedindo para Nicole fazer mais força.

- É um menino!

- Um menino – eu repeti a mim mesmo.

Passou um tempo. Eu fui ver meu filho. Ele é lindo. Suas bochechas rosadas, sua boquinha pequena, seus dedos minúsculos. Leandro é lindo. Peguei-o no colo, sentindo seu hálito, sem nunca ter colocado um alimento na boca. Seu hálito de vida.

Eu estava olhando em seus olhos, quando ele sorriu. Vi suas gengivas e seus olhos brilhar. Meu filho é lindo.

Olhei para o lado, Nicole dormia depois de um parto difícil. O bebê está calminho no meu colo. Foi quando o pano que o cobria escorregou e eu vi uma coisa. Uma mancha de nascença, mas não era uma manca qualquer. Eu já a tinha visto antes.

Flashback

- Cara, o que você fez no braço? – perguntei, passando a não em cima do machucado.

- Áh, isso. Não é nada, é uma mancha de nascença. Meu vô tem, meu pai tem, eu tenho. É feia, eu sei. Não é nada.

- Nossa, é muito feia. – eu disse rindo.

Caio me deu um empurrão.

- Você é um idiota.

Fim do Flashback

Será que Nicole estava mentindo para mim? Ela tem sido falsa esse tempo todo? Nicole estava mudada, eu tenho certeza.

- Enfermeira – eu chamei qualquer uma que estava passando.

- Sim?

- Eu quero fazer um teste de compatibilidade, com esse bebê – eu disse.

- Bem, vamos ter que conversar com seu medico e esperar uns dias, ele é muito pequeno. E vai demorar a sair.

- Eu não tenho tempo, sei que podemos chegar a um acordo.

- Vou chamar o médico aqui.

(...)

- Bem, daqui três dias sai o resultado, e como o senhor disse, em segredo – o medico confirmou.

- Obrigado doutor.

Emily PDV

- Você tem certeza Chris?

- Tenho Mi, eu me lembro direitinho dele falando da mancha.

- Então você pediu pro doutor fazer o teste de compatibilidade?

- Pedi, também pedi para ele não mencionar nada com Nicole.

- Isso é importante.

Realmente o que ele me dizia que surpreendia um pouco, eu sabia que Nicole não prestava, mas ela seria capaz de enganar Chris sobre uma coisa tão séria? É, seria.

- Oh amor, eu estou com tanto medo.

Ele encostou sua cabeça no meu ombro. O quarto estava quente para o dia frio que fazia. Sentada na cama eu podia sentir as lagrimas do olho de Chris.

- Calma Chris...

- Como ela pode me enganar? Como? Eu que fui o único em apoiá-la com isso, e ela me engana, fala que o filho é meu. Estamos falando de uma vida, ela não pode ter feito isso.

- Você ainda não sabe direito.

Tentei confortá-lo.

- O pior é que eu tenho certeza.

Eu sei o quanto isso é importante para ele, afinal, ele sempre quis ter um filho. Ele tinha esperanças de ser uma ótima experiência, mesmo sendo muito cedo e com a Nicole. Eu o entendia.

- Amor, você sabe que eu estou do seu lado.

- Eu te amo Mi.

Dei um sorriso bobo. Deitei na cama e ele deitou do meu lado.

Chris me puxou para mais perto dele e selou nossos lábios. Não nos mexemos, estávamos apenas de olhos fechados, sentindo a pele e o calor um do outro. Eu sentia sua respiração doce entrar na minha boca.

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Foi então que o celular de Chris começou a tocar.

- Só um minutinho – disse ele a mim, com nossos lábios ainda colados. Demos uma risada – É o Mike. Alô? – Ele começou a ouvir, sua testa franziu em preocupação – Tem certeza cara? Vou ver aqui, já te ligo – ele desligou o telefone – Onde Bruno está?

- Acho que no quarto.

- Acho que não. Mike disse que Bruno passou na casa dele, deu um beijo de despedida e saiu montado em uma moto com uma mochila nas costas.

Não acredito que Bruno fugiu com aquela garota e largou Mike.

Levantei correndo e fui até o quarto de Bruno. Em cima da cabeceira tinha um envelope.

Emily,

Você é a minha única irmã, e aquela que eu sei que realmente posso contar. Espero que você entenda meus sentimentos. Estou confuso e fugir com Alexandra foi à única solução razoável. Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde.

Tomara que você encontre essa carta antes de mamãe, e se for você que está lendo isso, saiba que eu sempre fiz de tudo para te ver sorrindo e ver mamãe ao seu lado. Voltarei em breve, assim espero. Não irei tão longe, apenas me espere todos os dias.

Com amor,

Bruno.

- Meu Deus, coitado do Mike – disse a mim mesma.

- Não acredito.

Peguei meu celular do bolso e disquei o numero de Bruno, a cabeceira começou a vibrar, abri a gaveta e ali estava seu celular.

- Ótimo, mais problemas. Não quero nem pensar na reação da minha mãe, e de Nonna.

- O que tem minha reação Mi? – olhei para porta e estava Nonna parada.

- Bruno fugiu.

- Ele me avisou – disse ela calmamente.

- Como assim? Nonna, a senhora não fez nada para impedir?

- Impedir o que Mi? Ele queria ir, que vá. Mas lembre-se, no final do dia todos voltamos para casa.

- Não acho que ele vá voltar.

- Não agora.

Chris também parecia meio pasmo. Voltamos para o quarto.

- Meu irmão fugiu – disse,a inda me recuperando do choque.

- Calma Mi, ele disse que vai voltar – disse Chris, me abraçando.

- Quando? Para onde ele foi? Porque ele fez isso?

- Ele precisava de um tempo.

- E minha mãe? Ela vai querer se matar.

- Não exagere amor. Vem cá.

Ele me puxou para mais perto, olhou em meus olhos e me beijou. Sua língua me explorava como nunca feito antes. Ele lambeu meu pescoço, subiu até minha orelha e sussurrou:

- Estava com saudades.

Arrepiei-me.

- Onde você estava esse tempo todo?

- Te esperando – respondi, deitando na cama.

Estava muito frio e já era de noite. Puxei o edredom para cima de nós dois. Ele não estava afim e eu também não. Só queríamos curtir um ao outro.

Deitados ali eu podia sentir o calor de nossos corpos, um grudado no outro.

Não conseguia para de pensar em Bruno, ele fugiu por quê?

Tudo bem que aqui não é a melhor casa do mundo, mas não é tão ruim. Ele tinha a mãe só para ele e ainda um namorado perfeito. Aquela Alexandra chegou para estragar, estava tudo harmonioso antes dela.

- Posso fazer uma pergunta?

- Claro amor.

- O que vai fazer se o filho não for seu? – ele olhou para mim com intensidade, desejei não ter feito pergunta nenhuma.

- Se não for meu com certeza é de Caio, e eu vou falar com ele, um papinho especial – eu sabia o que isso significava.

- Chris, não faça nenhuma burrada.

- Não vou bater nele, apenas botar um medo, assustar.

- E Nicole?

- Essa criança era o único motivo para eu ainda estar falando com ela, se esse bebe não for meu, então não há mais motivo para manter contato.

Olhei para o teto e dei um sorriso torto, eu sei, não deseje o mal para as pessoas, mas acho que Nicole merece mais que isso.