POV Kol

Assim que Ilsa caíra no chão, praticamente morta, meus irmãos foram todos embora e eu a segurei nos braços, não tive como não chorar por ela; Ilsa Makrof, minha eterna paixão, estava morta.

Enquanto eu a mantinha nos braços, pensei em todas as coisas que fizemos juntos desde que eu a conheci: Lembrei-me de quando ela tinha oito anos e eu a ensinei a tocar piano e violino; De quando passávamos as tardes na biblioteca lendo juntos livros estrangeiros e livros de feitiços. No aniversário de 10 anos, eu lhe dei de presente dois grimórios. – um para os feitiços e outro era como uma espécie de diário; Coisa que eu fazia em todas as ocasiões.

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Quando soube que ela crescera sem um pai por perto, no início me senti mal por ela, mas depois fui mais compreensivo, tentando ao máximo fazê-la se acostumar com minha presença diária. Em alguns momentos de nosso relacionamento, percebi que estava agindo com certo “ar paternal” em relação á ela, e isso parecia não incomodá-la de forma alguma.

Eu a eduquei e a tratei da melhor forma possível, sempre esclarecendo suas dúvidas e lhe mostrando algumas de minhas anotações; Lembro-me do dia em que a ensinei um feitiço que também funcionava como uma espécie de enigma com o objetivo de testar os conhecimentos que eu lhe transmitira nas aulas. Ilsa mostrava certa dificuldade na área de idiomas quando se tratava de italiano, francês e latim devido tanto á pronúncia quanto á grafia. E como geralmente ocorre na escola, não é só o aluno que aprende com o professor, mas o professor também é ensinado pelo aluno, e isso inevitavelmente ocorreu entre nós dois quando Ilsa me ensinou o árabe, utilizando algumas músicas infantis que ela ouvia para me ajudar, tem uma que ela me ensinou junto com a tradução em inglês e português brasileiro que achei perfeito para nós:

Ma’rafsh ezzay ; I Don’t know when ; Eu não sei bem

Ma’rafsh feen ;I don’t know how ; Como explicar

Baz Ana arfa andi haneen ; But I know something’s starting ;Que alguma coisa

Af’dal wayyak ; right now ; Vai começar

Wa a’eish ma’ak ; Watch and you’ll see, someday I’ll be ; Só sei dizer, que a você.

Barra F’donyak ; Part of your world ; Vou pertencer

Desde que aprendi essa música, fui me aprofundando mais e mais no idioma até que me tornei fluente neste e em mais de doze línguas – italiano, latim, espanhol, francês, mandarim, norueguês (língua do país de origem da minha família), aramaico ( Que aprendi com Klaus), russo, português, búlgaro ( quando conheci dezessete anos mais tarde Katerina Petrova), japonês, coreano, polonês e zulu.

Enquanto me lembrava de todos os lugares para os quais viajamos, eu senti seu corpo se mexendo ao mesmo tempo em que sua respiração foi se normalizando e nada mais estava sendo enfrentado com dificuldade.

– Kol? - Ao me chamar, me senti aliviado por ouvir sua voz.

– Ils... - A envolvi ainda mais em meus braços. Ela olhou bem nos meus olhos e sorriu.

– Eu estou bem.

POV Ilsa

Na verdade não estava bem, só não queria que ele se preocupasse tanto comigo. A pior verdade era que não sou uma bruxa "convencional" - como as outras - minha espécie rejeitava o sangue de vampiro e por isso ele saía rapidamente do organismo, ou seja, o sangue de Kol só me impedira de morrer, aquilo havia sido apenas um desmaio, mas o inevitável ainda estaria por vir e Kol Mikaelson não fazia ideia do que provocara. Então ele me levou de volta para casa depois de se alimentar de algumas empregadas e me assegurar de que ataques como os que eu vira não voltariam a ocorrer.

O monstro não voltou a aparecer tão cedo, mas eu estava preparada.