Ice girl [Hiatus Permanente]

Felicidade de pobre dura pouco, né galinha?


Que droga.

Anna resolveu aparecer na minha vida logo agora?

Depois de lavar o rosto e secar a cara, saí do banheiro e cruzei um corredor na esquerda. Estava pretendendo matar aula, mas eu tinha que manter minha adorável reputação de boa moça-qq

Entrei no anfiteatro de novo e sentei no mesmo lugar, fingindo que olhar a cara da Gothel era mais interessante que fugir.

Depois de toda aquela porcaria de discurso acabar e sermos liberados, fui imediatamente atrás de Hiccup. Precisava de alguém pra perturbar e ele seria a vítima.

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Encontrei ele no ginásio, conversando com quem?

Com o estorvo daquele albino maldito.

Fui andando até lá, e parei na frente de Hiccup, esperando ele terminar de falar de qualquer coisa para Jack. Os dois conversavam algo sobre sabres de luz e pudins (?)

– Hiccup. - Chamei dando um sorriso e ignorando alguém – Depois preciso falar com você.

– Oi Elsa! - Ele deu um sorrisinho.

– Olá pra você também, loira infeliz. - Jack revirou os olhos.

– Eu vou ignorar você, jéguissu. - Virei a cabeça para o lado. - Não preciso de mais estorvos.

– Não preciso de mais estorvos. - Jack imitou minha voz de um jeito irritante. - Avá.

– Cuide de você, Frost. - Resmunguei me sentando do lado de Hiccup, que estava só olhando com aquela carinha de palerma. - Vai dar o cu na esquina vai.

– Olha quem fala! - Riu sozinho. - Tooth me falou de você.

– Ah! - Dei um sorriso. - Por isso ela ainda não veio perturbar, arranjou alguém pra comer ela!

Eu simplesmente achei tudo muito engraçado e comecei a gargalhar como uma doente mental, com os dois meninos me encarando.

– Do que você tá rindo, loira de farmácia? - Jack perguntou, com um ponto de interrogação flutuante do lado igual nos desenhos. - Tá o sujo falando do mal lavado.

– Você não tem provas que comprovem que eu dou na esquina. A Tooth é que nem amostra de comida em supermercado, todo mundo já pegou pra comer. - Olhei o teto do ginásio, precisavam reformar aquilo. - E eu sou loira natural, querido.

– Eu não acred-

– JAAAAAAAACK QUIRIDOO! - Alguém interrompeu tudo e pulou naquele ser intitulado Frost. Era Rapunzel.

– Ah droga, se puta fosse flor meu colégio seria uma floricultura e das grandes. - Murmurei sozinha. Seria legal pendurar uma faixa escrito isso na entrada da escola. Eu com certeza ia bombar do Twitter.

– Oi Punzie! - Jack riu. Ó a intimidade, já. - Tudo bem?

– Oi Elsa, e você é o Hiccup, né? Merida me falou de você, é verdade que você pulou um ano na escola? Você tem quinze? Ou já completou dezesseis? Eu tenho dezessete mas faço dezoito daqui a seis meses!

Pronto, Rapunzel jogou a bomba, agora ela não cala a boca.

– EI, EI, EI! - Rapunzel se virou e ia falar alguma coisa, mas eu levantei a mão e fiz um gesto de bico fechado. - Respira pra falar criatura, e não chega nessa intimidade com o Hiccup.

Ouvi Jack estalar a língua e resmungar algum palavrão para minha pessoa, Hiccup apenas piscou os olhões de forma confusa e Rapunzel ficou me encarando até dar um sorriso.

– Elsie, nem falei direito com você! Viu a Summer?

Summer estava sumida desde cedo, não tinha visto ela nem em casa ontem. A bicha devia tá fugindo para o Brasil com algum negão escondida do meu pai (??)

– Não Rapunzel, eu não vi a Summer. Mas a dona Helena continua de boas suportando você? - Perguntei calmamente.

Helena era a mãe da loira de farmácias número um, já que Rapunzel era morena. Eu sempre achei a tia meio fumada, por causa que quando a Rapunzel nasceu ela tava com um fetiche por beterrabas com folhas absurdamente longas - Chamadas Rapunzel - e batizou a filha com o nome de um legume e uma marca de enlatados (??????)

– A mamãe tá bem! Mas e aí? Vocês vão lanchar ou não? Tocou a campa. - Ela virou e apontou para a penca de gente que entrava no ginásio.

Droga, vou ter que ficar suportando essa criatura o intervalo inteiro.

#

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As aulas acabaram, e caso se pergunte eu não esbarrei na Anna. O dia foi até tranquilo. Teve algébra, matemática, artes, sociologia..

Estava no caminho para casa e por acaso passei na frente da cerca do vizinho. Calma, isso me lembra alguma coisa...

A GALINHA! MEU DEUS!

Eu jurei vingança, e hoje eu vou ter ela. Corri até em casa e larguei a mochila na mesa, pegando o terçado e olhando em volta. Meus pais estavam no trabalho e Summer não estava em casa. Perfeito.

Com um sorriso do mal, pulei a cerca e invadi o quintal do vizinho, encontrando a galinha dormindo.

É HOJE QUE TU MORRE, MISERÁVEL! -qq

Fui bem devagar, sem fazer barulho. Ia dar o golpe final e escutei barulhos dentro da casa, e isso acordou a galinha. Droga.

Me escondi atrás de sacos plásticos e vi a galinha se espreguiçar, voltando a dormir. Imaginei o que o senhor meu pai faria e....

É isso!

Agarrei um dos sacos plásticos e devagar coloquei a galinha dentro. Ela começou a se remexer, mas eu fiz um nó nas pontas e provavelmente ela ficaria sem oxigênio. Sorri e voltei pra casa feliz e contente.

Agora é só Jason Winter chegar em casa.

Jason Winter

Estava voltando para casa depois de toda a porcaria do trabalho, e quando destranquei a porta da sala, vi Elsa com um sorriso suspeito sentada na cozinha.

– Oi filha. - Falei, jogando a mochila pelo chão e andando até a cozinha.- Pra quê esse sorriso na cara, ganhou na loteria?

– Eu não fiz nada! - Ela revirou os olhos.

Olhei o chão e estava cheio de penas brancas. Muitas penas.

– Elsa... - Falei em um tom acusatório, nem morta ela era inocente.

Vi ela bufar irritada e levantar do banco, tirando uma sacola plástica do além. Ela ainda teve a ousadia de piscar os olhos e me dar a sacola.

Abri e tinha.. uma galinha dentro.

– O que você fez, Elsa? Não me diga que armou treta com a Francesa de novo! - Passei a mão no rosto, a menina só me dava problema.

Quii– Ela fez um gesto de descaso e estalou a língua. - Eu peguei o frango pro senhor cozinhar! De preferência vivo!

Menina maléfica.

– E de onde você pegou?

– Do vizinho. Aliás, me enviaram um email dizendo que não posso embarcar na França a partir de amanhã, a vereadora me proibiu e disse que se eu tentasse entrar no país dela seria presa e deportada para uma ilha com canibais.

Pronto, agora que eu morro mesmo.

Estava louco pra meter uma bronca na criatura quando escutei batidas na porta. Atendi e vi o vizinho, o senhor Bochman, com uma cara irritada e um papel na mão.

– Senhor Winter, me explique isso. - Ele me entregou o papel com a caligrafia de Elsa.

Oi! Eu roubei sua galinha, ela era uma filha da puta e merece morrer, então vou cozinha-lá viva e mandar uma asinha frita de brinde! Beijos.

P.S: Espero que goste de molho barbecue.

Arregalei os olhos com raiva e virei pra trás, vendo só algumas mechas loiras voando escada a cima.

ELSA WINTER!