Pray For Love

Capítulo 11 - Take On Me


Lucy passou geleia em seu pãozinho, dando um sorriso ao observar Happy derrubar o atum de seu sanduíche no próprio nariz devido ao entusiasmo com que o comia. Gray mexia polidamente seu café com leite e Juvia o imitava minuciosamente — dando pausas periódicas para observar o movimento dele e copiar até a velocidade — enquanto Natsu resmungava sobre acordar antes do meio-dia enquanto mordiscava uma torrada.

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Era uma manhã relativamente normal, como deveria ser. Após irem ver as irmãs no bar na noite anterior, elas lhes indicaram um local onde poderiam se hospedar pela noite — muito curta, por sinal — e a loira deu a todos menos de quatro horas de sono antes de acordá-los para irem tomar o café da manhã e irem visitar as irmãs, afinal, ainda pretendiam ir ver onde estava Erza, de preferência logo.

— Como vamos fazer hoje? — perguntou a Loxar, colocando sua colherzinha de lado num arco meio torto semelhante ao de Gray, à sua esquerda.

— Vamos visitar a Lisanna e a Mira — respondeu Lucy, mordendo seu pãozinho e aproveitando tudo o que a geleia de morando tinha a oferecer. — Ela me passaram o endereço delas ontem, nem é tão longe daqui mesmo.

— Pode ser então — concordou Gray, como ele tivesse opção na escolha. Levantou seu café e bebericou um pouco antes de colocar a xícara sobre o pires novamente. — Mas sugiro que a gente vá logo, parece que essa cidade não é muito boa. — A última parte foi murmurada.

— O que quer dizer? — Natsu indagou, a expressão entediada enquanto mastigava a torrada com um pouco menos de entusiasmo do que ela merecia.

— Que vem muita gente estranha aqui, grupos armados de ladrões, procurando só bares e prostíbulos — explicou o moreno.

Então Happy levantou a cabeça para olhá-los e, oh, o brilho em seus olhos definitivamente era um problema! Lucy estremeceu em antecipação, e sua expressão ficou cética quando ouviu:

— O que é um prostíbulo?

~*~

Após uma longa conversa sobre opções de carreira profissional e personalidades duvidosas, o grupo finalmente chegou a casa das irmãs albinas. Ambas os receberam muito felizes, embora provavelmente tivessem dormido ainda menos que eles, e Lisanna sentou para conversar com todos no sofá enquanto Mirajane se ocupava em preparar alguma bebida para todos, mesmo sob os protestos veementes de Lucy.

Gray e Juvia ocuparam um sofá de dois lugares ao canto. A loira se acomodou no estofado azul e logo em seguida Natsu se jogou ao seu lado, provocando um protesto vindo da garota. Nem era o espaço ou a brutalidade o problema, mas ele havia batido em seus ferimentos ao sentar, provocando dor à garota.

Sua reação foi em reflexo à dor em seu braço direito. Não havia ido ao médico ainda, mas estava bem roxo e desconfiava que o osso estivesse ao menos trincado, o que significava que doía bastante, e Natsu havia sentado sua bunda gorda em cima dele!

N-natsu! — reclamou, mesmo após ele levantar, e o rosado a olhou estranho antes de arregalar os olhos preocupados.

— Luce, desculpa! Machucou, né? — perguntou atenciosamente. — Vou te deixar sozinha pra não doer.

E migrou para a poltrona pálida na qual Lisanna se sentava. Ao ocupar o braço do assento, esticou-se preguiçosamente, jogando um braço pelas costas da albina e efetivamente agarrando seu outro ombro.

E. Ele. Não. Soltou. Durante. A. Reunião. Inteira.

Claro, a Strauss não parecia estar pensando em nada fora do padrão com relação ao toque, muito menos o rosado, mas a mente estúpida e ciumenta de Lucy não parava de dar voltas! Isso era tão injusto!

Argh!

Saiu batendo o pé após conversarem sobre o que iriam fazer — e estava parcialmente consciente de que planejavam ir ver a cidade em que Erza supostamente estava morando a seguir. Sinceramente, seu humor era, como Natsu julgava, bem bipolar, mas o que exatamente ela devia fazer sobre aquela porcaria de — ugh — ciúmes estúpidos!

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Gray e Juvia pareciam não saber de seu mal humor, mas mesmo assim deram um jeito de infelizmente sair para visitar algum restaurante de frutos do mar com Happy, deixando-a sozinha com o espécime desmiolado de ser humano, vulgo Natsu, para voltarem ao hotel.

E adivinha? Eles escolheram dividir o quarto de novo, por conveniência financeira.

A loira se jogou na cama assim que chegaram — ignorando veementemente os protestos que seus músculos perfurados e ossos provavelmente danificados gritaram em seu sistema nervoso. Quer saber, saúde física não queria dizer nada se não era acompanhada de saúde espiritual.

E no momento a saúde espiritual de Lucy estava no nível psicopata, o que levaria muitas pessoas a ficarem com medo e algumas a aplaudir e dar notas positivas — e sinceramente, se todos entendessem a situação do ponto de vista dela, estariam no segundo time!

Ok, eles não estavam em um relacionamento oficialmente. Mas quer saber, e daí? Ela não se importava! Natsu devia se tocar sobre o significado da palavra espaço pessoal! Certo, certo, talvez sejam duas palavras, mas enfim, duas palavras muito importantes.

Então, quando ele se aproximou e perguntou o que estava errado, ela simplesmente grunhiu e virou para o outro lado.

E o ignorou descaradamente.

Natsu franziu as sobrancelhas. Ela estava irritada? Da última vez que isso aconteceu, ele nem ficou sabendo o que exatamente fez de errado, afinal, como em seus devaneios, ela pediu desculpas e o perdoou pelo que quer que fosse.

Aproximou-se, tocando os cabelos dela com a mão, mas Lucy rapidamente usou a dela para dar um tapa em seus dedos e virar novamente, sem dizer uma palavra.

E lá estava ela, afastando-o novamente sem motivo. Nem quis rever em sua mente para ter certeza de que não estava esquecendo qualquer comentário espertinho ou coisas do gênero. Quando ela iria aceitar o jeito dele de ser — talvez bobo, mas sempre, em sua própria opinião, carinhoso, meticuloso, gentil? Sinceramente não queria brigar com Lucy — odiava ter que ser duro com seus amigos, ainda mais com a loira, que não parecia um amigo comum.

Bingo. O que diabos eles eram?

— Vou te deixar esfriar a cabeça — murmurou, a mente perdida em seus próprios devaneios. — Vou pra Erza primeiro, nos encontramos lá em um ou dois dias.

Lucy arregalou os olhos, ainda jogada de lado. Fez o movimento para virar rapidamente, o que lhe causou uma dor aguda no braço direito e a fez se encolher, murmurando palavras calmantes para si mesma. Então, quando levantou a cabeça novamente, chamando por ele, não havia mais ninguém no quarto.

E por qualquer motivo que fosse, isso não a fazia se sentir muito melhor.