O Mistério da Angel

Capítulo 15


–Thalia, o que você esta fazendo aqui? – Perguntou Percy assustado com a presença da garota, o que o fez ficar de mau humor.

–Vim falar com meu primo. – Disse ela olhando-o de forma acusadora. – Mas eu não sabia que ia encontrar minha colega aqui.

–Como assim, colega? – Perguntou ele confuso.

–Eu e Thalia vamos à mesma faculdade. – Disse Annabeth ainda chocada por saber que os dois eram primos “e ela sabe que eu to a fim dele, agora lascou tudo de vez”.

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–Mas você não fazia música Thalia?

–Sim, mas o papai disse que não dava futuro, então, pela primeira vez na vida, resolvi fazer a vontade dele e mudar de curso.

–Você nunca foi de se deixar mandar.. – Começou Percy.

–Eu sei, mas não foi por isso que vim aqui. – Disse ela “Pronto, to perdida!”

–Então diga criatura! Que a gente estava no meio de uma conspiração sobre um assassinato. – Disse Percy sentando.

–Pra começar, eu sabia que a Annie estava com um detetive, mas não que era esse idiota falido do meu primo. – Disse Thalia lançando um olhar de “depois você me conta tudo” para Annabeth. – Mas na realidade, vim aqui porque o tio Poseidon pediu.

–O que aquele homem quer? – Perguntou Percy furioso.

–Fazer as pazes, óbvio. – Disse Thalia sentando ao lado do primo. – Percy, pensa, já faz mais de ano que vocês estão brigados e o assunto nem era tão sério assim.

–Como não Thalia?! - Gritou Percy, indignado.

–Não era. – Repetiu Thalia de maneira calma. – Percy, aonde vai te levar uma briga por causa de mulher? Pelo amor de Deus, parece uma criança!

–Eu sei disso! – Falou Percy. – Mas é simplesmente inadmissível.

–Tudo bem. – Disse ela ao levantar. – Vou falar isso pro meu tio, mas se mudar de ideia, ele ainda mora no mesmo lugar e trabalha também naquele lugar que você odeia. – Depois de ter dito isso, Thalia saiu deixando Annabeth sem palavras e Percy que começou a chorar no sofá, um choro tão de dentro e assustado que fez a garota ficar chocada.

“E agora? O que eu faço?” Perguntou-se Annabeth assustada “Ele é meu chefe, mas não existe um meio impessoal de fazer alguém se acalmar, acho que vou fazer do jeito normal mesmo”. Após pensar isso a garota sentou ao lado de Percy e o abraço, o que fez com que diminuísse um pouco os soluços.

Após alguns minutos, quando ele parou de chorar, a garota se afastou dele, ficando simplesmente sentada ao seu lado.

–Sabe, até hoje me pergunto o que fiz pra merecer uma pessoa como você aqui comigo. – Disse ele olhando-a de forma carinhosa, enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto. – Pois, não importa quem fosse, iria ficar me perguntando o que foi isso que acabou de acontecer.

–Não vou negar que não estou com vontade de saber. – Disse ela fazendo-o sorrir um pouco. – Mas tem determinados assuntos da vida pessoal que não devem se misturar com o trabalho.

–Sei disso. – Falou Percy ainda a encarando. – Mas, com você é diferente, tenho certeza que é muito inteligente, como por exemplo, quando cheguei mais cedo, seu olhar me dizia que você havia percebido alguma diferença, não sei se foi pela roupa que vim, ou o cabelo molhado, e provavelmente deduziu alguma coisa e foi tão correta sua conclusão e sua pontualidade que não pediu nada.

–Mas seria errado de minha parte. – Respondeu ela. – Porque é sua vida particular, se quer sair à noite, não precisa dizer inclusive depois você comentou que estava com Reyna.

–Verdade. – Disse ele relaxando no sofá, pois mesmo sem saber o que estaa acontecendo, ficou mais calmo. – Mas agora, eu preciso de uma amiga e não assistente pode ser?

–Claro. – Disse ela olhando-o fixamente. – Pode começar.

–Há mais ou menos quatro anos atrás, eu estava namorando uma garota, muito bonita por sinal, Calypso era o nome dela, tínhamos nos conhecido na faculdade e eu estava disposto a seguir uma vida com ela. – Começou ele enquanto encarava a parede. – Nos dávamos bem, muito bem por sinal, mas tudo mudou quando apresentei ela para o meu pai. – Ao dizer isso seus olhos que antes demonstravam saudades, mudaram, para raiva. – Ai começou o pior pesadelo da minha vida.

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–Como assim, pesadelo? – Perguntou Annabeth ao perceber que Percy havia ficado tenso.

–Sabe aquele preconceito idiota que as famílias tem devido às classes sociais? – Diante da afirmativa de Annabeth, continuou. – Então, Calypso era de uma família de classe baixa, já eu sempre tive uma vida muito boa por sinal, ganhava tudo o que queria de meus pais e um pouco mais, já a situação dela era muito pior, tinha 5 irmãs mais novas, a mãe tinha câncer e o pai trabalhava dobrado pra conseguir o mínimo de sustento pra eles. – Lágrimas começaram a brotar dos olhos do garoto. – Então, como eu ia falando, meu pai não aceitava nosso namoro, por nada no mundo, e fez uma proposta pra ela.

–Dinheiro, provavelmente. – Cogitou Annabeth.

–Sim, ele ofereceu 2 milhões de dólares pra ela nunca mais aparecer em minha vida. – Disse ele com raiva. – E quem não iria aceitar? Principalmente com o estado precário em que viviam.

Annabeth olhava para o garoto ao seu lado, que desde o principio ela pensou ser um cafajeste que simplesmente usava as garotas, mas agora percebia que tudo isso tinha uma razão.

–Então, eles foram embora, sem dar notícias. – As lágrimas começaram a fluir com mais facilidade. – E eu fiquei louco praticamente, larguei a faculdade e decidi viajar por todo o país em busca dela, mas nada, até, que quando eu desisti dessa loucura, voltei pra casa, e havia uma carta dela sobre mesa, falando que era melhor que eu nunca a procurasse, todas essas coisas.

–Mas como você descobriu que foi seu pai que armou tudo? – Perguntou Annabeth que estava prestes a chorar também.

–Meu tio, Zeus, que por acaso é o pai da Thalia, não aceitava ver o estado em que eu estava e como ele também havia brigado com meu pai, devido à herança de meu avô, ele resolveu que como vingança ia contar tudo pra mim, e desde que descobri nunca mais falei com ele.

–Mas e quanto ao carro?

–Minha mãe exigiu que eu ficasse com ele. – Falou Percy secando as lágrimas. – Porque ela não aceitava me ver percorrendo toda Nova York a trabalho, de metro, até mesmo, porque pensamento de gente mesquinha, nunca muda. – Ao dizer isso ele sorriu, o que fez Annabeth o acompanhar.

–Só não entendi uma coisa, o que te fez virar detetive?

–A vontade maluca de fazer com que a polícia sempre se ferre nos casos deles e que eu tenha descoberto as coisas certas. – Ao dizer isso ele sorriu mais uma vez. – Falando nisso, temos uma entrevista com Hazel Levesque daqui a pouco e eu to mais vermelho que um pimentão de tanto que chorei.

Annabeth começou a rir, seguida por Percy, sem saber o motivo ambos estavam mais tranquilos, pois uma cumplicidade começou a se instalar entre os dois.

–Pode lavar o rosto. – Disse ela ainda rindo. – Juro que não conto nada a Thalia sobre isso.