Respire, respire, respire.

Estas eram as palavras que eu continuamente repetia em minha cabeça. Isso não poderia ser tão ruim não é mesmo?

Mas é claro que era ruim, eu vou me casar! Com um estranho!

Porém, ainda que minha cabeça estivesse a mil, minha irmã Elisa não reduzia suas passadas longas e rápidas que vinham carregadas de um pesar silencioso que parecia que iria se perdurar por uma eternidade. E naquele momento, eu tive medo.

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Quanto mais avançávamos para o salão de visitas, mais eu gostaria de poder voltar para trás, quem sabe até voltar no tempo e de algum modo conseguir sair daquele situação. Mas isso não aconteceria, eu precisava ser forte, não só para mim mas também por minha irmã . E sendo assim, apertei ainda mais a sua mão. Como se isso fosse possível.

Foi ai que ouvimos as vozes ritmadas vinda do salão, vozes alegres e que pareciam que eram vindas de uma criança.

Agora estávamos quase lá, sabia disso pois consegui sentir o corrimão das escadas tocar em minha mão. E eu o segurei com toda a minha força ainda desconhecida até o momento.

E assim descemos, degrau por degrau, e a cada passo que dávamos, mais frio em minha barriga e num piscar de olhos, chegamos ao final.

Dei um suspiro, e neste exato momento, mamãe soltou sua gargalhada certeira que vinha acompanhada de um falso entusiasmo.

– Queridas! Venham mais perto, quero que cumprimentem seus primos - começou com sua voz doce que me deu enjoos de raiva.

Elisa começou a se aproximar e assim me puxando junto. Começamos a caminhar devagar a partir do momento em que comecei a escutar a respiração pesada de papai.

Tentei relaxar um pouco, para que nossos convidados não percebessem o quanto eu estava desconfortável com tudo que estava acontecendo naquele instante, além de tentar não parecer odiar minha mãe pelo que ela estava fazendo conosco.

– Queridos, essas são Eliza e Briane - falou educadamente.

Assim, Eliza solta da minha mão. Por um momento tive vontade de gritar para que ela não o fizesse, mas assim só conseguiria fazer com que passeemos vergonha.

– É um prazer conhece-las - disse o primeiro com uma voz suave.

Escutei este se aproximar de nos e pegar a minha mão, plantando uma rápido beijo sobre esta. E por educação, fiz um mesura.

Ao que pareceu Eliza também o fez, o que levou mamãe a dar um risinho baixo achando que estávamos concordando com sua demência.

Depois disse esperei algum tempo, achando que eles se apresentariam, porém só o que se prestara a falar revelou seu nome. Nicolas. Já o outro, nada disse para nos.

– Senhoritas, desculpe-me pelo comportamento do Louis, ele não esta acostumando a ficar perto de duas damas tão encantadoras.

Fiquei pensando se esta não se cansaria de flertar conosco, e dei-lhe minha melhor cara de desprezo, e que assim se seguiram minutos até papai se pronunciar.

– Entendo, então pedirei para Tomas levar seus cavalos e pedirei para Meg acomoda-los em seus quartos para que possam tomar seus merecidos banhos.

– Agradeceria por isso - disse o cavalheiro.

Desta forma seguimos todos para as escadas, aonde por muito tempo consegui sentir olhos que me seguiam.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.