Red
Today's another day to find you
A ligação que Renji tanto aguardava finalmente aconteceu, mas quando ele não estava em casa. Quem anotou o recado foi Grimmjow, que rabiscou numa filha de papel e deixou peso num ímã de geladeira, primeiro lugar que Renji ia quando chegava em casa, nos dias mais quentes.
Grimmjow estava no quarto, vestindo uma camiseta limpa, quando a porta abriu. Ele ouviu a voz de Renji e depois ficou silêncio. Reação diferente do que esperava, já que a ligação indicava que o emprego era dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Leu o bilhete que eu deixei na geladeira? — perguntou, caminhando até a cozinha.
— Sim, eu... sim. — Renji dobrou o bilhete e enfiou no bolso.
— Então porque essa cara de melão? Não queria arrumar um emprego legal?
— Claro, eu tô animado. É so que — o ruivo passou a mão na testa, estava suando — Está muito calor, então eu preciso descansar um pouco.
— Sei. — Grimmjow deu de ombros — Eu vou sair, preciso ir em algumas lojas para comprar os vitrais da portaria, esse síndico babaca está me deixando maluco.
— OK! — Renji lhe deu um beijo rápido e partiu para o banheiro. Tomou um banho e relaxou o corpo na cama, enrolado na toalha. O bilhete dizia para ele comparecer no endereço indicado para um almoço, onde seria discutido seu futuro na empresa.
A ideia de reencontrar Kuchiki Byakuya revirava o estômago de Renji. Já não estava sendo fácil tê-lo intrometendo-se em seus sonhos toda a noite, será que trabalhar junto a ele durante os dias, faria alguma diferença?
Renji remexeu-se na cama, virando de um lado para o outro, pensando se estava seguindo o caminho certo. Pois não teria volta. No momento, preferiu manter as coisas em sigilo, a reação de Grimmjow talvez poderia influenciar a decisão de Renji.
A manhã custou para chegar. Renji não dormiu mais do que três horas, o restante da noite ele ficou fazendo planos e mais planos. O almoço estava marcado para as treze horas, mas as dez da manhã, o ruivo já havia se arrumado e estava decidindo se usava o paletó ou se era exagerado demais. Na dúvida ele colocou.
Preferiu sair de casa antes que Grimmjow retornasse da reunião com o síndico, isso editava mais perguntas ou até mesmo deboches de sua aparência. Renji fez o percurso mais longo para não chegar muito adiantado e ficar esperando como um bobo no restaurante. Para a sua alegria, chegou em um horário que não demonstrava ansiedade. Ele ainda teve que aguardar um pouco na recepção até que a mesa reservada fosse liberada.
O restaurante era de bastante bom gosto e, para desespero de seu bolso, cinco estrelas. Provavelmente teria que usar o primeiro salário para pagar a refeição. Para relaxar, decidiu beber um chá gelado.
O garçom atendeu ao pedido prontamente com a bebida refrescante. Renji olhou ao seu redor, e quando seus olhos chegaram até a recepção, ele encontrou Byakuya. Após alguns minutos, enquanto o Kuchiki falava com a mulher da recepção, eles puderam se encontrar.
Renji se levantou da cadeira, para recepcioná-lo.
— Peço desculpas pelo meu atraso. — Byakuya falou, parecendo ligeiramente desconfortável com a situação. — Tive uma manhã difícil, alguns problemas com meu carro me fizeram demorar.
— Tudo bem, eu cheguei e só foi o tempo de beber um chá gelado.
Byakuya olhou para o copo vazio.
— Agradeço por aceitar almoçar comigo hoje, espero que minha secretária tenha explicado tudo, para adiantar as coisas.
Renji meneou a cabeça, ele admirava as feições de Byakuya, quando foi pego pelo outro.
— Algum problema? — Byakuya perguntou.
— Não, nenhum. Apenas estava lembrando de algumas coisas, mas sobre o assunto, eu não conversei diretamente com ela. Quando cheguei em casa, apenas li o bilhete anotado no papel.
Renji quis acreditar que Grimmjow não se negou a escrever todo o recado no bilhete.
— Hmm. Bem, já que é assim, eu mesmo explicarei. — Byakuya começou a falar sobre as viagens que seria necessário fazer, e que Renji o acompanharia. O projeto levaria cerca de oito meses para ficar pronto, mas o contrato seria de dois anos, apenas por precaução. Ele falou sobre o salário, o que deixou Renji bastante satisfeito. Dava para pagar dois almoços seguidos naquele restaurante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— É uma proposta muito boa. Não sei o que dizer.
— Apenas diga sim. — Byakuya o olhava pacientemente, aguardando uma resposta. Renji sentiu mais uma vez o estômago ferver.
— Acho que preciso conversar com meu colega de quarto.
— É algo sobre a divisão do aluguel? Se for esse o problema, podemos pagar os próximos três meses adiantados para que ele não saia no prejuízo.
Renji coçou o lado direito do rosto, balançando a cabeça, sem saber como falar sobre aquilo com Byakuya.
— Não é bem isso. — ele respirou fundo e olhou para Byakuya — Nós estamos dividindo esse apartamento tem alguns meses. Tudo aconteceu de repente, eu sequer imaginava ser possível, mas acabou que deu certo.
— Compreendo. — Byakuya não demonstrou nenhum tipo de decepção ou qualquer outra expressão em seu rosto plácido. Ele encarou o menu e continuou falando — Preciso de uma resposta ainda hoje. Tenho muito o que fazer até a primeira viagem na semana que vem.
Não era bem a reação que Renji aguardava, mas naquele momento tinha que se preocupar com outra reação.
O almoço transcorreu sem muitas surpresas. Byakuya manteve sua postura séria, enquanto Renji contava sobre os lugares que conheceu durante aquele ano que não se viram.
Ao pedir a conta, Kuchiki insistiu para pagar, ele quase precisou lutar para que Renji aceitasse a gentileza, mas não de uma maneira brutal.
Na saída, quando se despediam, Renji agradeceu mais uma vez pela oportunidade.
— Eu espero que faça o que achar melhor para sua carreira. — Byakuya falou.
— Não é somente uma carreira que eu quero de melhor, senhor. — o ruivo sorriu. — De qualquer forma, estou feliz em te ver. O senhor continua tão bonito quanto eu imaginava. — Renji falou baixinho e desceu os degraus, ele virou apenas para acenar para Byakuya, que estava parado no topo da escada.
Continua...
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