Oportunidades

▸Summer Nights.


Encarando-o com os olhos mais curiosos que uma criança de 7 anos poderia ter e com a maior morosidade na voz, Shikadai perguntou:

— Como você e a mamãe ficaram juntos?

Ante a pergunta, Shikamaru soltou um suspiro, que poderia ou não ser de cansaço antecipado, para depois ouvir o filho acrescentar:

— Vocês são estranhos, brigam e logo depois estão sorrindo um para o outro!

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Isso o lembrou de vários fatos, em questão. E foi narrando ao filho — omitindo uma ou outra ocasião inapropriada — a história dos dois, em poucos detalhes para se tornar algo rápido sem tomar muito seu tempo, afinal tinha sono quando Shikadai chegou com tais perguntas estranhas.

As imagens passavam em sua mente à medida que falava. Contou sobre o confronto durante o exame chuunin, onde Temari fora sua oponente e, apesar de ter desistido, Shikamaru foi o único a alcançar o título. Entusiasmou-se a rememorar as noites de verão desfrutadas da companhia de ambos, mesmo sem terem um relacionamento e a então kunoichi de Suna lhe parecer o tipo de mulher que queria distância. Falou sobre o tempo em que fora guia dela, quando o relacionamento começou a andar... Até achou um pouco de graça ao contar da vez em que Naruto os abordou, perguntando se estavam num encontro. Aquele poderia não ser, mas muitos vieram.

Dissertou brevemente sobre a guerra, não se aprofundando muito naquilo. Por fim, o casamento que o unira totalmente àquela problemática e a gravidez. Shikamaru mais perdia-se em suas memórias do que realmente relatava, mas o filho conseguiu captar as informações. Pelo menos ficou a impressão.

— Só não entendo uma coisa — o menino cutucou-o. — Se não gostava de mulheres problemáticas, por que se apaixonou pela mamãe?

A criança estava ficando esperta demais. Teria que conversar com Temari sobre tais influências. Bom, pelo menos o lado problemático dele não vinha sempre à tona, só às vezes. E o Nara agradecia muito por isso.

Mesmo a mulher mais problemática vai mostrar o seu lado doce para o homem que ela ama — repetiu as palavras em memória ao seu falecido pai, que tinah toda a razão. Esperava ensinar seu filho sobre isso também.

Só não daria muito certo se o problemático fosse ele.