Love Remains

Colegas de Quarto


MEGAN

Um mês.

Há um mês fui sequestrada por um cara que era obcecado pela minha melhor amiga e pelo poder. Também foi quando conheci Steve Rogers, o Capitão América, de quem nunca mais tive notícias.

Agora a Julie se tornou uma agente de uma organização da qual minha tia fez parte, mas que nunca se incomodou em mencionar. Digamos que minha vida mudou um pouco.

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— Você vai levar isso? - meu pai aponta para uma caixa cheia de tralhas que eu não uso mais.

— Acho que não - falei.

As minhas coisas já estavam todas empacotadas e fechadas em caixas. O primeiro semestre em Princeton ia começar dali a três dias. Eu iria morar na república da faculdade com os outros estudantes.

— Está pronta? - papai perguntou. Olhei uma ultima vez no espelho para a minha camisa branca e saia de cintura alta preta.

— Estou - falei, colocando os saltos pretos e meus óculos de sol.

— Pai, não precisa ficar triste - falei a ele que já estava com aquela expressão de pesar - Vou vir visita-lo e o senhor também vai ir até lá, não é?

— Claro que sim - ele disse olhando para mim - mas você é a minha princesinha.

— Eu sempre serei - falei, o abraçando - Vamos?

— Vamos.

Chegamos ao campus e meu pai pegou minhas malas. Eu ajudei já que não eram poucas.

— Se acontecer qualquer coisa, me ligue ok? - ele disse, preocupado.

— Pode deixar, pai - falei, pegando minhas malas de rodinhas, pois só assim para aguentar o peso das minhas roupas.

Entrei no prédio em que ficavam os dormitórios. Havia gente de um lado para o outro, correndo para achar o quarto ao qual fora designado.

O número do meu era 7A e eu estava ansiosa para saber quem seria minha colega de quarto já que a Srta. Stark me trocou pelo arqueiro júnior. Coisa pelo qual não posso culpa-la.

Encontrei minha porta e a empurrei, pois a mesma estava encostada. Já havia alguém ali, pois havia malas espalhadas pelo chão. Ouvi o som do chuveiro.

O quarto era espaçoso. Havia uma cama em um canto e a outra no canto oposto e ao lado de cada cama havia um criado mudo e um grande armário para ser dividido. Provavelmente algumas das minhas roupas teriam que ficar dentro da mala.

Coloquei minhas malas em cima da cama e me deitei, exausta.

Escutei o som da água acabar. Sentei-me na cama, ansiosa para conhecer minha colega de quarto.

O que saiu do banheiro foi diferente do que eu havia imaginado.

Era um cara.

Ele tinha a pele bronzeada, cabelos molhados, olhos verdes e estava sem camisa.

— Quem é você? - perguntei me recuperando da visão à minha frente.

— Eu é que pergunto - falou, colocando uma camiseta preta - Como você entrou aqui?

— A porta estava aberta - falei, levantando da cama - e eu tenho a chave. Achei que iria ter uma colega de quarto.

— E eu achei que iria ter um colega de quarto, mas talvez isso seja mais interessante - ele disse e já pude notar que ele era daquele tipo de garoto do qual as garotas faziam fila para falar.

— Vai sonhando - falei, dando um sorriso falso - Quer saber, eu vou falar com o responsável.

Saí sem dar atenção a ele. Minha semana havia começado fantasticamente.

— Srta. Underwood? - abri a porta cuidadosamente - Tem um minuto?

A Srta. Underwood era a encarregada do campus, por isso, ela iria ter que resolver isso. Ela aparentava ter um quarenta e cinco anos, cabelo castanho e olhos escuros afiados.

— Claro. Problemas com o quarto Srta... - ela fez um gesto para eu me aproximar e sentar a sua frente.

— Hoffman - completei - e sim, meu colega de quarto é um rapaz e eu achei que isso não era permitido.

— Deixe-me ver - ela voltou sua atenção para o computador - Ah sim. Não há mais vagas, por isso você e esse rapaz estão no mesmo quarto.

— E não tem como mudar isso?

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— Infelizmente não será possível agora - ela disse.

Voltei para o quarto derrotada. Agora eu teria que conviver com um completo estranho. Claro que minha colega de quarto também seria uma estranha, mas ele é um homem e muito bonito por sinal.

— E então, conseguiu o que queria? - ele perguntou, lendo um livro deitado na cama.

— Parece que vamos ter que nos aturar - falei mais para mim mesma do que para ele enquanto abria minha mala.

— Isso pode funcionar muito bem - ele disse, abaixando o livro - Só depende de você.

— Aliás, qual é o seu nome? - ele perguntou.

— Megan Hoffman. E você?

— Scott Black - ele respondeu, voltando a encarar o seu livro.

Meu telefone começou a tocar freneticamente a música Sweet Child Of Mine do Gun's N Roses. Peguei e atendi.

— Onde você se meteu? - escutei Julie quase gritar pelo telefone - Estou telefonando há uma meia hora.

— Eu to aqui em Princeton. Onde você está? - perguntei, sentando na cama.

— Acabei de sair de mais um dia de treinamento da nossa querida SHIELD - ela respondeu - e estou indo te ver.

— O quê? - perguntei surpresa chamando a atenção do meu novo colega de quarto - Quando?

— Agora mesmo - ela respondeu, rindo - Preciso saber se você está bem instalada aí.

— Você nem imagina - falei sarcástica.

— Que tom é esse Srta. Hoffman? - ela perguntou.

— É melhor eu te contar quando chegar - falei - Até mais.

Desliguei o celular, sorrindo. Finalmente algo bom.