Carmina Burana

Bondade em vão

Que sempre leva a nada

(Carmina Burana – O Fortuna)

A pior parte do meu trabalho era como as pessoas eram mal agradecidas. É de se imaginar que elas seriam gratas por você estar arriscando a sua própria vida para salvá-las, e algumas eram, mas várias outras não. Não quero presentes ou algo assim por fazer o meu trabalho, mas acho que um “obrigado” já seria ótimo.

Eu via tanta coisa ruim, que qualquer coisa boa já era um alivio, e se eu soubesse que as pessoas estavam vivas e felizes pelo que eu fiz, eu ficaria muito melhor. Mas às vezes achava que era sem sentido salvar todas essas pessoas que pareciam que no fundo não queria ser salvas.

Por que eu arriscaria a minha própria vida indo para lugares escuros para que os outros tivessem uma vida feliz e tranquila se outros não pareciam nem preocupados em viver? Se eles pareciam só preocupados com o dinheiro? Era exaustivo e sem sentido.

Mas, tinha algumas pessoas, que eram realmente gratas e que eram as únicas que me faziam a continuar caçando. Elas eram um exemplo de bondade e gratidão. E, enquanto houvesse esse tipo de pessoa, o mundo ficaria bem.