A Filha Da Empregada
Intercâmbio
— E aí, primo!
— Malfoy? O que está fazendo aqui?
— Bom te ver também! — ele pulou no sofá em que o primo estava.
Draco havia acabado de chegar na mansão Weasley.
— E por que me chama de Malfoy? Eu faço parte dos Weasley's também!
— Só no sangue mesmo, pois é uma doninha albina feito todos os outros Malfoy's. — disse o ruivo.
— Aff, deixando isso de lado. Vim falar sobre a Tory.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— O que tem ela?
— Sei lá cara, acho que fui um babaca! Não consigo ignorá-la e acho que ela nunca teve ninguém.
— Ué, por que acha isso?
— Não sei, intuição talvez... estou com medo dela seguir em frente e me esquecer.
— Ela não faria isso.
— Não sei, ultimamente ela tem trocado uns comentários nas redes sociais com um cara ai.
— Você fica stalkeando ela nas redes sociais?
— Fico.
— Você é um idiota então, está querendo sofrer.
— Olha quem fala, o cara que sofre por uma garota que gosta de outro.
— Ela não gosta mais de outro. Pelo menos eu acho.
— Como assim?
— Eles meio que terminaram sabe?
— Hm, e você?
— E eu o quê?
— O que você vai fazer? Vai pegar ela ou não? — perguntou animado.
— Não, claro que não! Tá pensando que eu sou o quê? Um pegador?
— Sim, isso mesmo.
— Não seu idiota, com ela é diferente! Não sei mais se devo tentar algo com ela sabe... vou só me aproximar, sermos amigos. Porque assim não correrá o risco de tudo acabar e eu acabar sem ela de uma vez.
— Acha que devemos pedir conselhos a Gina?
— Não, acho melhor não. Ela me pergunta às vezes se os conselhos que ela nos deu deram certo, mas... eu não lembro de conselho nenhum!
— Gina nos deu conselhos? Quando? Meu Deus, se formos pedir conselhos pra ela seremos linchados!
— É claro que seremos! Ela vai dizer que não damos atenção pra ela!
— E não vamos magoar nossa princesinha, não é?
— É claro que não! Vamos nos resolver sozinhos, cara!
— Ok, é o melhor a fazer! Mas, quando foi que ela nos deu conselhos?
— Eis a questão.
Os dois tentavam se lembrar de quando haviam recebidos conselhos da tão amada e adorada Gina, mas nenhum dos dois se recordava de nada. Afinal, não estavam completamente sãos quando os receberam...
(...)
Dividiam a pequena cama de Hermione e a morena não podia negar que estava desfavorecida, já que o ruivo tinha duas vezes o tamanho dela. Ela e Ronald estavam deitados um ao lado do outro dividindo o mesmo travesseiro, enquanto a morena lia mais um de seus romances, o ruivo escutava música em seu fones de ouvidos.
Estavam daquele jeito à quase uma hora, Hermione já pedira ao ruivo para abaixar o volume dos fones já que ela conseguia ouvir um pequeno chiado saindo dos mesmos, porém o ruivo não lhe deu atenção e ela tentou se concentrar na própria leitura que tinha ficado difícil de fazê-la, já que Ronald havia acabado de começar a tocar uma guitarra imaginária enquanto fazia o barulho dela com a boca.
— Será que dá pra parar com isso? — Hermione percebeu que ele tinha a ouvido e a ignorado, então segurou uma de suas mãos impedindo que ele continuasse – Você não me ouviu não?
— O quê? — perguntou cínico.
— Não tente ser mais idiota do que já é. — ele continuou com o barulho — Ron, se quer me falar algo é melhor dizer logo.
— E quem disse que eu quero falar alguma coisa?
— Acho bom dizer agora, antes que eu parta para a ignorância. – disse e o ruivo riu.
— Ok então. — ele se sentou ficando frente a ela. — Você está sabendo do baile não está?
— Sim, o baile da faculdade não é? — sentou-se também.
— É sim, você quer ir comigo?
— Ah, Ron... não.
— Por que não? — perguntou sem acreditar na resposta dela.
— Bem, eu já tenho um par. E eu realmente espero que eu não possa ir...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Não poder ir? Por que Hermione, com quem você vai?
— Eu, Luna e os meninos, combinamos que não iriamos com ninguém de fora.
— Mas eu não sou de fora!
— Assim, fora do nosso quarteto de melhores amigos entende? Luna vai com Victor e eu vou com o Neville.
— E por que você não quer ir?
— Sabe, eu me inscrevi em um programa, uma espécie de intercâmbio em Dublin. A universidade disponibilizou duas vagas, com tudo pago para os alunos da minha turma... será uma prova difícil mas se eu conseguir será uma experiência incrível!
— Ah, eu não sabia disso...
— Pois é, foi tudo meio de última hora. Luna, Victor e eu nos inscrevemos e eu realmente espero que as vagas sejam preenchidas por dois de nós... eu esqueci de te contar, mas é que eu estou estudando tanto pra isso nas horas vagas, que quase nem te vejo. — ela disse sem graça por não ter contado á ele.
— Relaxa, fico aliviado em saber que se não vai ao baile comigo também não vai com ninguém!
— Por que não?
— Ué, uma das vagas já é sua! — a resposta dele fez a morena sorrir.
— Estou rezando e estudando muito para que seja, é uma oportunidade única, Ron.
— E vai ser sua! — ele segurou as mãos dela — Diga para seus amigos estudarem muito mesmo, a partir de agora só existe uma vaga, para acompanhante de Hermione Granger.
— Obrigada! — o abraçou.
— Mas, caso muito dificilmente, assim muito difícil mesmo, em hipótese alguma, realmente impossível, com chances de 0,1%, se você não conseguir, você dança uma música comigo? — ela riu e se desvencilhou dele para encará-lo.
— Mesmo se as chances fossem nulas eu dançaria com você. — então Hermione lhe ofereceu um sorriso que o ruivo retribuiu no mesmo instante.
Ficaram daquela maneira por um pequeno espaço de tempo, um silêncio surgiu, não um silêncio constrangedor, um silêncio aconchegante que acompanhava maravilhosamente a troca de olhares e sorrisos entre os dois.
Não soube por qual motivo ou razão Rony teve a coragem de seguir seus impulsos, e quando deu por si estava com uma de suas mãos envolvidas nos cabelos de Hermione e aproximava cada vez mais o seu rosto do dela, cada vez mais próximo de suprir um desejo que lhe perseguia a um bom tempo, e a falta de resistência da garota o incentivava a aproximar-se cada vez mais.
— Oi filha. — disse Helena abrindo a porta do quarto de Hermione, fazendo com que os dois se desvencilhassem corando no mesmo instante — Oh Roniquinho está aqui, estão conversando? — entrou no quarto.
— Estávamos. — disse Hermione sem graça. — Estava contando a ele sobre Dublin.
— Ah claro, Dublin! Foi liberada mais cedo?
— O senhor Weasley disse que meu horário agora é até às 22hrs.
— Bom, eu imagino que queiram conversar... — Ronald se levantou e foi em direção à senhora.
— Pode ficar meu querido.
— Não, já está na minha hora né? — ele trocou um olhar significante com Hermione.
— Tudo bem então, depois conversamos Roniquinho!
— Bom, pelo menos mereço um beijo de boa noite antes de ir?
— Merece sim! — ela beijou a bochecha dele — Boa noite meu ruivinho lindo. — apertou as bochechas dele.
— Mereço um beijo de boa noite seu também? — ele perguntou para Hermione que de inicio ganhou um semblante assustado, mas depois abriu os braços para que ele a abraçasse.
— Merece!
Ele se encaminhou até ela e a abraçou a suspendendo poucos centímetros do colchão, lhe deu um beijo na bochecha e recebeu outro dela.
— Durma bem. — ele sussurrou.
— Você também. — disse quando ele a soltou.
— Me deem licença madames, meu grande amor chamado sono me espera. Boa noite pra vocês. — ele saiu, mas voltou rapidamente para provocar Hermione — E eu sou um ótimo guitarrista, invejosa!
— Fico feliz em saber que estão se dando bem, estão à tanto tempo sem brigar que estão me deixando com medo. — Helena disse sentando-se na cama da filha.
— Pensei que diria que está com saudade das discussões.
— Deus me livre! Ninguém merece as picuinhas de vocês. Pareciam duas crianças.
— Eu não parecia uma criança!
— Pra mim sempre vai parecer, você querendo ou não. Tão fofos os dois se abraçando, se me contassem eu não acreditaria!
— Tão fofos que estou com medo dele quebrar as minhas costelas com esses abraços exagerados! — ironizou.
— Bom, boa noite pra você.
— Já vai?
— Sim, só queria saber como estava. Moramos no mesmo lugar e mesmo assim quase não te vejo!
— Trabalho estudo, estudo trabalho, trabalho estudo... minha vida vai se resumir nisso até a prova mamãe.
— Ah sim, aquela prova cujo resultado nós já sabemos?
— Não fique tão animada mamãe, depois se eu não consegu...
— Nem pense em dizer uma coisa dessas! A vaga já é sua! Agora vá dormir porque você precisa de descanso, ou virou um robô como seu irmão?
— Não, eu ainda sou a Fadinha e ele o robô! — ela riu tristonha, sentia saudades do irmão. — Será que um dia ainda vou reencontrar nosso robô por aí, mãe?
— Vai sim filha, tenho certeza disso! Boa noite.
— Boa noite. — Helena saiu do quarto.
Hermione deitou-se e tentou voltar a ler, mas não conseguia se concentrar. E resolveu tentar dormir, o que foi uma tarefa difícil, pois não conseguia relaxar, estava pensando no ruivo, o que ele iria fazer? Será que iria beijá-la? Não, não podia ser. Estava sendo idiota, como poderia pensar numa coisas dessas? Eles eram amigos! Apenas isso, bons amigos.
Quando finalmente o cansaço chegou, uma dúvida pairou em sua mente, e ela entregou-se ao sono com ela: Mas e se realmente ele fosse beijá-la, ela teria correspondido?
Então adormeceu.
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