Together By Chance

Chapter 12 - The worst day of their lives begins...


Chapter 12 - The worst day of their lives begins...

[Steve Rogers]

Uma semana. Foi só esse período de tempo que o universo precisou para transformar a minha vida num completo pesadelo. Ultimamente tudo tem dado errado pra mim...

Primeiro: Sra. Hastings me colocar no mesmo grupo que a Romanoff no qual terei que contracenar com a mesma uma cena de Romeu e Julieta.

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Segundo: Parar na diretoria por causa de uma briga com a mesma Romanoff e ser obrigado a participar junto com ela de uma expedição no Museu.

Terceiro: Levei um par de chifres da garota que meus amigos detestam e sempre me disseram não prestar, mas que eu gostava o suficiente pra não dar ouvidos a eles.

Teatro com a garota que odeio, diretoria e expedição chata, traição e término de namoro. Acho que resumi bem minha semana. Mas claro que não iria acabar por aí... Para fechar com chave de ouro eu tinha que ficar preso no corpo de Natasha Romanoff. Com tantas garotas nessa porra de planeta tinha que ser justamente a garota que eu mais odeio.

Não deveria dizer isso, mas...

— Acho que as coisas não podem ficar piores. – digo a mim mesmo, olhando para o reflexo da ruiva que agora de alguma forma era eu, ouvindo aquela voz irritante dela pronunciando as minhas palavras.

Respiro fundo, ainda observando o corpo pequeno semi-coberto da garota, sentindo uma curiosidade repentina me dominar, até que uma ideia me vem à mente, e por mais maliciosa que possa parecer, que mal faria dar apenas uma olhada? Afinal de contas, esse corpo tecnicamente é meu agora.

Sorrio malicioso. “Pelo menos posso tirar algum proveito dessa situação esquisita”, comento em minha própria mente.

Um pouco mais rápido do que pretendia, levo as mãos até a barra da camiseta, erguendo-a um tanto afoito, tirando o tecido do corpo, revelando o próprio na sua forma natural. Engulo seco, um pouco surpreso e ao mesmo tempo excitado. O corpo a minha frente não era nada do que eu imaginava, felizmente ultrapassou qualquer expectativa minha. Natasha tem o corpo mais lindo que eu já vi, e olha que eu já despi muitas garotas. Ombros bem alinhados, uma pele lisa e clara, uma barriga nem muito chapada e nem muito elevada, curvas que certamente fazem qualquer homem perder a sanidade, uma bunda firme e avantajada semi-coberta pela calcinha preta colada e pernas muito sensuais.

Porém o que me deixou mais hipnotizado foram os seios dela, fartos e arredondados, os mamilos rosados levemente endurecidos por causa da brisa fria da manhã, e ao tocar nos mesmos pude me sentir extasiado ao constatar a maciez de ambos.

Isso é loucura! Acabado de descobrir que a garota que eu odeio é muito gostosa, e longe de mim admitir isso em voz alta algum dia. Porém isso não muda o fato de que agora que o descobri, estou desejando esse corpo, que agora tecnicamente é meu. Esquisito e ao mesmo tempo excitante.

Balanço a cabeça. “Foco Steve!” minha consciência me repreende, e do mesmo jeito que tirei a camiseta, vesti novamente, saindo do banheiro o mais depressa possível, tentando tirar a imagem nua de Natasha da minha cabeça, o que provavelmente não seria nada fácil.

[...]

Sinto um cheiro bom enquanto desço as escadas, sem saber ao certo para onde ir, já que nunca tinha estado na casa de Natasha antes. Felizmente o aroma delicioso me levou até a cozinha da casa, onde encontrei uma mesa com o café da manhã perfeitamente preparado e duas pessoas sentadas a ela, aparentemente esperando pela ruiva.

— Bom dia Natasha! – exclama o senhor de cabelos castanhos e óculos que parara sua leitura do jornal para me fitar, com um ar engraçado, a julgar pelo leve sorriso em seu rosto – Parece que alguém brigou com a escova de cabelo hoje.

Sons de risadas vindas da mulher com traços orientais ao seu lado me deixaram confuso, até eu perceber que eles estavam me zoando, no caso, zoando a Natasha. Vai levar um tempo pra eu me acostumar com isso... Espero de verdade nem ter que me acostumar.

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De fato eu não me preocupara em pentear os cabelos antes de sair do quarto, e muito menos me importei com a escolha de roupas. Uma calça jeans escura que ficava um pouco mais larga nesse corpo e um moletom preto masculino que se estendia até metade da coxa. Me surpreendi ao encontrar uma roupa do sexo oposto no guarda roupas da garota, a constar que Natasha não costuma passar muito tempo com garotos pra ter um namorado ou ao menos um “ficante”. Céus! Nem duvido que a guria seja virgem ainda.

Meus pensamentos são cortados por um pigarreio do homem a mesa. Por quanto tempo eu fiquei ali parado divagando?

— Ahn... Bom dia... Pais?! – me atrapalho um pouco, não sabendo ao certo como chama-los, afinal de contas, Natasha não se parece com nenhum dos dois, porém eu acabo de constatar que não sei nada da vida pessoal dela, então eu estou às cegas.

— Você está bem querida? Parece um pouco confusa. – a mulher chinesa indaga, me deixando nervoso logo de cara.

— Eu to de boa, nem esquenta. Apenas não dormi muito bem. – respondo depressa, arrancando olhares confusos do casal, e sorrindo amarelo, dou um jeito de deixar o momento em família pra depois, ou nunca – Acho melhor eu ir logo, ou vou me atrasar.

Pego umas cinco torradas em cima da bandeja e saio da cozinha o mais depressa possível, ouvindo um “boa aula” ao fundo enquanto me aproximo da porta da frente, desembocando em uma área simples, descendo as escadas e atravessando um pequeno quintal com flores e arbustos pequenos. Uma típica casa de família em Nova York.

Devoro as torradas antes mesmo de chegar a calçada. Mesmo em um corpo de menina, continuo com uma fome de cão. E as torradas estavam uma delícia, diga-se de passagem.

Continuo andando, me questionando como iria para a escola. Nunca vi Natasha chegando de carro, o que significa que provavelmente ela não tem um. E isso quer dizer que só me resta uma opção... Transporte escolar.

Reviro os olhos. O ponto mais próximo deve ser o que estou vendo a umas seis casas de onde estou. Mas no momento em que decidi andar até lá para esperar o ônibus escolar, o som do mesmo passando por mim me fez entrar em desespero e começar a correr. Segurando a mochila em uma das mãos, e agradecendo pela ruiva gostar tanto de tênis, tentei alcançar o veículo antes que chegasse ao ponto, e quando estava quase lá, o maldito motorista acelerou a porcaria do ônibus, me deixando para trás e sem qualquer chance de alcança-lo.

— Mais que merda! – grito bem alto no meio da calçada, jogando a mochila no chão pra descontar a raiva do babaca que estava dirigindo.

— Olha os modos menina, isso não é jeito de uma moça falar. – uma senhora que passava naquele momento, me repreende, olhando pra mim com certa desaprovação.

— Ah, vai cuidar da sua vida vovó. – rebato, o que com certeza a deixou indignada, enquanto eu pouco me lixava para o que ela pensava.

Apenas dei as costas a velhinha, peguei a mochila, e comecei a andar, já que aparentemente esse seria o único jeito de chegar a escola agora. Constatando que eu encontrasse o caminho pra lá, porque eu não faço a menor ideia de em que parte da cidade eu estou.

É fato. Esse está sendo de longe o pior dia da minha vida.