Alma Gêmea

O pedido


Depois do beijo, Edward havia falado sobre T-U-D-O que havia acontecido, e por mais estranho que pareça, eu comecei a me recordar de algumas coisas. A história era que, há um século atrás, isso mesmo, 100 anos. Edward é mesmo um vampiro, imortal. Quando ele morava em Forks - uma cidade pacata, que chove quase todo santo dia -, junto com a sua família, uma garota nova (que era \"eu\") filha do chefe de polícia, Charlie Swan, havia mudado para a cidade. Com o tempo nós havíamos nos apaixonado, mas como ele era vampiro e eu era humana ele tinha medo de me matar, porque meu sangue para ele, era mais atrativo que os demais. Era como se meu sangue fosse mais suculento do que os dos outros. Por que ele não bebia meu sangue? Simples, ele e sua família eram vegetarianos, ou seja, só caçavam animais.
Ele descreveu nossos encontros nos mínimos detalhes, uns eram parecidos com os dos meus sonhos. Na verdade eram idênticos. Mas a minha \"vida\" acaba quando, os Cullens decidiram jogar uma partida de Beisebol, e foram interrompidos por um trio de vampiros nômades, James, Victoria e Laurent. James, era um rastreador, e ficou fascinado pela proteção de Edward por mim, - e também achou o cheiro de meu sangue delicioso - então decidiu me caçar, ah, eles não eram vegetarianos como os Cullens. Ele conseguiu me atrair, falando que ele havia pegado minha mãe, e caso eu não aparecesse, a mataria. Eu fui ao seu encontro, e então conversa vem, conversa vai, ele me matou.
Edward falou que se sentia culpado pela minha morte na outra vida, e que a culpa era dele, \"Se eu não tivesse me envolvido com Bella, ela, ou melhor você não teria morrido\", eu falei que não era culpa dele, e que o destino havia nos dado uma segunda chance...
- O que você está pensando? - Edward me tirou da minha tagarelice interior. Ah, e uma coisa, ele lia mentes, menos a minha. As vezes ele tinha um deslumbre nada de mais. E isso era frustante para ele, menos à mim.
- Edward, você tem certeza que me ama? - Eu ainda tinha algumas dúvidas, mesmo sabendo de tudo, eu achava que ele só estava comigo porque eu era a Bella.
- Sabe Aya, nem eu sei ao certo o que sinto. Apenas sei que é muito bom, e que eu quero sentir isso para minha eternidade.
- Você quer ficar comigo? - Fui direta, se ele era lerdo, não tinha nenhum problema eu ser direta.
- Tá me pedindo em namoro? - Ele perguntou com um sorriso bobo no rosto, o que deixava-o ainda mais lindo.
- Não, estou apenas perguntando se VOCÊ vai me pedir em namoro. - Não sei o que deu em mim para falar em namoro, eu nunca fui de namorar, e de repente, me bateu uma vontade de namorar, ser dele. Só dele. E ele ser meu, só meu, e de mais ninguém.
- Sim. - Ele sorriu. Eu falava como se não estivesse falando de nós, dos nossos sentimentos.
- Então... - Eu comecei, estimulando-o a continuar.
- Então... - Ele enrolou.
- Edward Cullen. - Fiz cara feia, o que aumentou ainda mais o seu sorriso.
- Tá bom, tá bom. Sabia que você fica ainda mais linda quando está nervosinha?
- Como é a primeira vez que namoro, quero um pedido bem bonito, viu! - Exigi, brincando é claro.
- Minha doce amada, me concede a sua mão para namorar? - Ele falou, pegando minha mão. Sua voz era doce. Tive que fazer muito esforço para não agarrá-lo.
- E o resto? - Falei pondo as mãos em minha cintura. Tentei não rir, para não estragar.
- Que resto? - Ele perguntou confuso.
- Só vai pedir minha mão? Só vai namorar com a mão é? Que taradisse é essa? - Falei sem pensar. Oh, Deus, me mate agora. Estava fazendo papel de idiota e como confirmação Edward riu.
- É claro que não, bobinha. É obvio que eu vou querer o resto. - Então me puxou para si.
Nossas bocas estavam à milímetros. Ele acariciou meus cabelos e meu rosto. Seus olhos estavam fixados em meus lábios rosados. E de leve pousou sua boca na minha. Que se entreabriu permitindo que sua língua invadisse minha boca e percorresse cada centímetro dela. Era o melhor beijo que eu já havia ganhado, como um prêmio por ser uma \"boa menina\". Seu sabor era maravilhoso e indescritível, o que fazia não querer nunca cessar esse beijo. Mas para minha infecilidade ele o fez, talvez seja por eu estar ofegando. \"Mais que merda, agora que estava ficando bom!\", pensei.
- Desculpe. - Ele falou se afastando - Preciso me controlar. Você é demasiado quebrável. Não posso te perder. Novamente.

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