Capítulo 4 - Festas nunca são apenas festas

Minha cabeça rodava e era como se eu não pensasse. A música me envolvia e pouco a pouco eu ia me soltando mais. Eu não sabia o que estava fazendo, mas tudo o que eu queria era me divertir.

Joguei a cabeça para o lado e vi Katherine e Jack jogados em um sofá se agarrando. Sem pensar duas vezes eu subi em cima da mesinha que ficava na frente do sofá. As pessoas começaram a gritar e aplauir enquanto eu rebolava. Logo Katherine estava ao meu lado dançando. Nós dançavamos em sincronia e eu me mexia como nunca. As pessoas queriam mais.

Tirei minha jaqueta, rodei ela no ar e joguei-a em um canto da sala. Jack parecia se divertir com a situação. Katherine fez o mesmo com sua jaqueta e nós continuamos a dança, mas eles queriam mais e eu não pretendia parar. Segurei a barra da minha blusa e Brianna da sua calça. Começei a subir minha blusa lentamente, indo até o sutiã e voltando, enquanto Katherine segurava sua calça e descia até que a barra da sua calçinha fosse vista. Os garotos iam ao delírio e as meninas que ainda estavam sóbrias nos lançavam olhares mortais, mas eu havia "ligado o foda-se", como costumava dizer.

Segurei novamente a minha blusa e dessa vez eu iria levantá-la de verdade. Olhei para Katherine que apenas sorriu. Ela segurou sua blusa e eu a minha e quando nós iamos puxá-las a mão de Jack agarrou nossos pulsos e nos puxou para fora da mesa. Eu cai ao seu lado e ela em seu colo, o que com certeza não foi uma coincidência.

– Hey! - Disse em desaprovação, junto com as vaias de todos.

– Hey! Digo eu. - Ele disse imitando minha voz. - O que vocês são agora? Strippers? - Ele disse nos encarando. - Pois saiba que o único aqui que vai ver vocês sem roupa sou eu. - Nós rimos.

– Com certeza. Idiota. - Disse dando um soco fraco no braço de Jack. Me levantei para pegar minha jaqueta e foi só minha bunda descolar do sofá para Jack e Kat voltarem a se engolir.

Respirei fundo e começei a me afastar. Senti uma mão em minha cintura e me virei. Um garoto loiro, passou uma das mãos pela minha cintura e me grudou ao seu corpo e a outra mão foi para o meu rosto. Mattew Beauregard, um idiota da minha sala, mas que com certeza era uma gato desejado por muitas.

– Tá afim de se divertir? - Ele perguntou. Minha mente gritava para eu sair dali e dizer que não, mas a bebida funcionava como um silenciador para o meu raciocinio. Segurei o rosto de Mattew e o beijei. Ele correspondeu e logo sua língua pediu passagem. Eu cedi. Nós demos alguns passos e logo senti minhas costas acertarem a parede, mas eu não estava nem aí. Sua mão apertava minha cintura e outra brincava com o meu cabelo. Senti sua mão escorregar em direção a minha bunda. Então eu a puxei de volta para minha cintura sem desgrudar do beijo.

– Ah, vai dizer que não é isso que você quer, sua vadiazinha. - Ele disse desgrudando nossos lábios e apertando minha bunda.

– Não me chama assim. - Disse enquanto ele beijava meu pescoço.

– Por favor, eu sei que você é apenas uma puta gostosa fingindo ser boazinha. - Ele falou rindo e voltando a beijar meu pescoço enquanto suas mãos passeavam pela minha bunda e minha coxa.

– Ok. Já deu. - Disse empurrando-o. Ele acertou as costas em uma pilastra e eu saí em direção a piscina. Meus pés deslizaram graças ao piso molhado e por pouco eu não caí na piscina.

– Vem cá gostosa. - Mattew segurou meu braço.

– Me deixa em paz. - Eu gritei, mas graças a música saiu quase como um susurro.

– As difíceis são minhas preferidas, putinha. - Ele disse e uma raiva dominou cada pedacinho do meu corpo. Dei um tapa forte em seu rosto e me virei para sair. Ele segurou novamente em meu braço e agora eu já estava de saco cheio.

– Vai se ferrar. - Eu gritei e o chutei, bem lá embaixo. O problema foi que eu acabei escorregando, então enquanto Mattew ajoelhava no chão, eu caia na piscina.

POV Tyler

E aqui estou eu jogando vôlei tranquilamente quando de repente algum Ser vivo cai em da minha pessoa. Voltei à superfície xingando todos os palavrões que eu conhecia e me dei conta de que a pessoa era ninguém mais ninguém menos do que Thalia Grace.

Tirei ela rapidamente da água. Ela parecia bem bêbada, pois não conseguia nem ficar em pé. Peguei ela no colo e levei-a até meu carro.

– Eu não quero ir. – Ela disse.

– Você não tem escolha Thalia. Você esta encharcada e bêbada. – Falei sentando ela no banco da frente sem me importar que ele ficaria todo molhado.

– Mas quem me garante que você não vai me estuprar? – Ela disse séria, o que me fez rir.

– Para de drama Thalia. – Disse entrando no carro e colocando minha jaqueta nela antes que ela pegasse um resfriado.

– Tá só me leva em casa. – Ela disse sem ter muita certeza disso.

– Ok. Onde é? - perguntei, mas ela havia dormido.