Secret - Hiatus

And Now?



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–Ah não é nada. - disse nervosa segurando a manga da blusa.

– É sim, me deixa ver por favor. - ele disse se aproximando mais, ficando na beirada da cama e segurando meu braço com cuidado.

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– Não precisa já disse que isso não é nada. - disse tentando puxar meu braço de volta.

Quando tentei puxar de novo ele seguro com um pouco mais de força, e o puxão que dei fez com que os machucados ardessem, e com certeza algum corte deve ter abrido, isso fez com que eu mordesse os lábio segurando o gemido que quase soltei.

...

– Beatryz por favor me deixe ver só quero lhe ajudar. - ele falou tentando levantar a manga da blusa.

– Mais eu não preciso de ajuda. - disse segurando sua mão para a manga da blusa com os olhos marejados.

Eu não precisava de ajuda, por mais que me falasse isso eu não preciso, eu sei me controlar, e eu faço isso por que quero, posso muito bem parar, mais não paro e sabe por que? Por que isso me alivia, e esse o jeito que encontro pra me aliviar. As vezes essa dor que sinto com os cortes, não chega nem perto do que realmente sinto por dentro.

– Precisa sim, só não quer admitir, por favor me deixa te ajudar, eu juro que não vou contar pra ninguém. - ele disse segurando minha mão e me olhando com aqueles olhos azul, que te hipnotizavam.

Dava para ver que ele estava sendo sincero, mais eu tinha medo de falar algo e ele me julgar, os únicos que sempre souberam de meus problemas era minha mãe e o Danny, eles sempre foram os únicos em que eu confiava até mesmo a minha vida.

Mais o jeito que ele me olhava, fazia você querer confiar nele, se abrir com ele, ele parecia ser tão sincero.

– Por favor me deixa te ajudar. - ele pediu mais uma vez.

Soltei a barra da manga e deixei que ele subisse a mesma.

Ele se sentou na beira da cama e subiu a manga da blusa com cuidado, sua expressão mostrou o espanto ao ver a bandagem manchada de vermelho com meu sangue, aos poucos ele foi desenrolando ela do meu pulso, quando ele já havia tirado tudo, fechei os olhos deixando algumas lagrimas escorrerem, e esperei ele me julgar, por mais que ele parecesse ser diferente, nós nunca conhecemos realmente a pessoa.

Porem não ouvi nada, resolvi abrir os olhos, sabia que ele ainda estava segurando meu braço pois dava pra sentir o calor da sua mão, olhei pra ele, e vi que seu olhar estava triste e que ele não tirava o olho dos cortes, eles estavam ainda inchados e manchados com sangue.

– Por que faz isso consigo mesma? - perguntou em tom triste e baixo.

– Talvez por que esse seja o único jeito de me castigar pela morte da minha mãe, ou por não ser perfeita como a sociedade quer. - disse baixo dando de ombros. - Ou também por ser o único modo que encontro pra me aliviar.

– Você não deveria fazer isso consigo mesma. - ele disse com voz carregada de tristeza balançando a cabeça.

Não sei por que, mais de algum modo isso mexeu comigo, fez com que eu me sentisse culpada.

Mais por que eu deveria ficar me sentindo culpada, ele não é nada meu, não é meu pai, meu irmão, nem mesmo meu amigo ele é, então por que eu me sinto culpada por ver ele triste desse jeito, saber que é por minha causa que ele esta com esse olhar como se estivesse sentindo dor.

– E por que não, que diferença isso faria, o que eu perderia? - disse com a cabeça baixa.

Eu não perderia nada, minha vida já não tinha o mesmo sentido de antes.

– Tem sim, a sua vida. - disse dessa vez um pouco mais alto me encarando.

Eu não conseguia lhe encarar, não tinha coragem suficiente pra isso.

– E por acaso ela importa pra alguém, eu estou sozinha Rogers, não tenho mais ninguém pra se importar comigo, minha mãe morreu por minha culpa, e meu único melhor amigo não fala comigo á meses, me diz pra quem eu sou importante ?! Me diz!- disse me exaltando e levantando da cama.

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Algumas lágrimas escorriam por meu rosto sem minha permissão, já não conseguia controla-las.

–Mais é claro que ela importa, e você não esta sozinha, você tem seu pai, a Pepper, eu e tenho certeza de que qualquer outra pessoa que mora nesta torre também, todos nós passamos a nos importar com você a partir do momento em que entrou por aquela porta. - disse um pouco mais alto apontando pra porta. - Você não esta mais sozinha Beatryz!

Naquele momento não consegui dizer e nem fazer nada, apenas me deixei desabar no chão chorando.

Senti um par de braços me abraçando, e não precisei olhar pra saber quem era, não sei por que ele estava me abraçando, e nem por que retribui, não sei por que apenas o apertei mais forte o colando em mim.

Mais senti que ali naqueles braços eu me sentia protegida.

Então apenas me deixei ser embalada por aquele par de braços fortes.

– Shh não chora. - ele disse baixinho perto de seu ouvido passando a mão em seus cabelos. - Vem, levanta.

Me deixei ser levada por ele até minha cama, onde ele me ajeitou e me embalou como uma criança.

E por aqueles instante me deixei ser mimada por uma pessoa, que é um total desconhecido pra mim, mais que consegue me fazer sentir segura com apenas um abraço.

Steve Rogers Pov's

Desde o primeiro momento em que vi aquela garota pela primeira vez, senti que de algum modo deveria ajuda-la, estava aparente que ela não estava bem.

Seu rosto estava pálido e magro, como o restante de seu corpo, ela parecia abatida, perdida, sem chão. E algo em mim, me diz que devo ajuda-la a se recompor, e voltar a ser uma garota cheia de vida e bela, que um dia foi.

Quando vi todos aqueles cortes em seu pulso, foi horrível. Eu sabia que nos dias de hoje muitas garotas tem esse problema, mais nunca imaginei que Bea fazia isso também.

Eu precisava fazer algo para ajuda-la, não poderia deixar que acabasse com sua vida desse modo.

Meu coração se apertou ao vê-la caída no chão chorando, nunca soube como lidar com mulheres chorando, mais não poderia deixa-la daquele jeito, me abaixei perto dela e a abracei, assim que reparou em mim me puxou para mais perto, lhe ajudei a levantar e á levei até sua cama, tentando lhe deixar o mais confortável possível, nesse momento pude ver que ela ainda não passava de um criança, que estava perdida, se culpando pela recente morte de sua mãe.

Fiquei ali lhe embalando até que vi que ela pegou no sono, lhe ajeitei melhor e tentei sair dali com cuidado sem que a acordasse, arrumei seu cobertor até o ombro e me levantei para sair dali, antes de sair depositei um beijo em sua testa, apaguei a luz e encostei a porta.

Eu precisava conversar com alguém sobre isso, mais pra quem eu falaria? Se eu falasse com o Stark ele com certeza surtaria, com a Pepper também não daria muito certo.

E o que poderia falar, aquele segredo não era meu, eu não tenho o direito de ficar falando da vida dela, sobre o que ela esconde, mas me sinto tão impotente sem saber o que fazer para ajuda-la. Eu precisava fazer algo, mais o que fazer se eu nem mesmo entendo sobre isso direito, quando nem mesmo eu sei como agir.

Nesses momentos salvar o mundo de um perigo iminente parece até mais fácil, afinal ali você sabe o que esta enfrentando, mais agora eu ao menos sei o que enfrento.

Estava tão distraído pensando no que deveria fazer que não notei Natasha vindo em minha direção até que esbarrei na mesma.

– Desculpe Natasha, eu estava um pouco distraido. - disse lhe olhando vendo seu olhar curioso sobre mim.

– Eu percebi, está tudo bem? - perguntou me analisando.

– An mais ou menos. - disse coçando a nuca.

Acho que Natasha seria a pessoa certa pra me ajudar com a Beatryz, ela deveria entender melhor dessas coisas, e acho que é mais facil ela entender a Bea, já que muitas vezes as mulheres são parecidas no jeito de pensar ou até mesmo agir.

– Claro, aconteceu alguma coisa Steve? - perguntou aparentando preocupação.

– Sim quer dizer não... vamos conversar em um lugar mais particular. - disse lhe puxando pra varanda na sala.

Não havia ninguém por ali e era disso que precisava, um lugar vazio.

– O que aconteceu Steve, você esta me deixando preocupada tem como falar logo. - ela disse já impaciente.

– Tudo bem, vamos nos sentar que vai ser melhor. - disse me sentando na cadeira que tinha ali.

– Tudo bem, já sentei, agora que me conte o que tanta te pertuba, o que aconteceu para estar tão inquieto. - disse depois de sentar ao meu lado.

– É sobre a Beatryz...

– A filha do Stark? - perguntou me interrompendo.

– Ela mesmo... - disse acenando com a cabeça.

– O que aconteceu com ela? - perguntou me interrompendo de novo.

Caramba será que ela nã cansa disso.

– Se você parar de me interromper eu falo. - disse lhe mandando um olhar repreensor.

– Claro, desculpe, continue.

– Ela.. - não sabia como continuar agora, eu não podia ficar expondo a vida dela assim, mais ela precisava de ajuda.

– Ela o que Rogers? - perguntou com o tom de voz impaciente, se levantando e aumentando o tom de voz.