Chegamos no porto uma hora antes do navio partir, para dar tempo de arrumar tudo. Kate e eu decidimos passar as férias em um cruzeiro com destino à Itália.

− Vamos Ana? − Kate perguntou com um tom de ordem depois de me ver a procura de alguém.

− Claro. Gabriel ligou e disse que já estava aqui, mas acho melhor levar as malas antes de encontrar com ele. – Então, pegamos nossas malas, que não eram muitas e partimos em direção ao cruzeiro, quando meu celular começou a tocar.

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− Pode ir andando, te encontro depois. − Falei sem dar muita atenção, pois estava na difícil tarefa de procurar meu celular na bolsa.

− Tudo bem.

Quando finalmente consigo encontrar o celular tropeço em meus próprios pés e caio estatelada no chão.

Caio de quatro e mãos delicadas me envolvem, ajudando-me a levantar. Que vergonha, maldita falta de jeito! Tenho que me armar de coragem para erguer os olhos. Caramba... Ele é lindo!

− Você está bem?

− Estou. Só estava... − O telefone parou de tocar.

− Sou Christian Grey! − Ele estendeu a mão.

− Anastácia Steele. − Segurei as mãos dele, eram tão macias que me deixou em transe.

− Anastácia...

− Pode me chamar de Ana.

− Você está indo para a Itália?

− Sim. Vou passar as férias com minha amiga Kate e meu... − O telefone começou a tocar novamente. Mas eu não atendi continuei olhando para o Christian.

− Não vai atender?

− O quê...? Ah... Claro. − Atendi o telefone e Christian me olhava com grande intensidade. − Oi ... Gabriel, onde você está? ... Estou na entrada do cruzeiro. Tudo bem. Te amo... Tchau.

Houve um momento de silêncio.

− Então... nos vemos depois Anastácia?

− Claro. Até mais, Christian.

− Até mais.

− Ana! − Assim que Christian saiu virei para trás e vi Gabriel. Ele veio até mim e me abraçou e depois me beijou.

− Oi Gabriel. Está preparado?

− Não muito, mas espero que o navio não afunde... Odiaria te perder.

− Não diga isso. Você não vai me perder.

− Quer dizer que o navio pode afundar?

− Sempre tem essa possibilidade... − Ele me olhou com olhar assustado − Não seja bobo. Vamos, temos que guardar as malas.

...

POV Kate

− 23... 24... 25... 26... Qual é mesmo o número do quarto? ... 31... Lembrei! 32. − Coloquei as malas no chão para abrir a porta e depois entrei. − Finalme... − As palavras mal saíram de sua boca e a porta do banheiro do quarto fez um barulho. E de repente, saiu um homem alto de cabelos loiros, sem camisa e enrolado na toalha.

− Oh meu deus... Você é muito gostoso. − Falei para mim mesma, um pouco alto demais.

− Como?

− Acho que entrei no quarto errado.

− Você acha?

− Me desculpe. Eu...

− Não tem problema. Quer dizer... Teria se...

− Ok. Entendi. Eu já vou indo. − Peguei as malas e me virei e ele segurou meu braço, delicadamente. E eu estava torcendo para que ele estivesse segurando a toalha com a outra mão... nem tanto.

− Não vai nem me dizer seu nome?

− Katherine Kav... − Não quero contar meu sobrenome a um cara nu − Kate.

− Prazer Kate. Sou Elliot Trayde.

Ele disse "prazer" e está só com uma toalha. Estou me esforçando para não olhar para baixo. Será que ele está mesmo com "prazer"? Meu Deus! Tenho que tirar isso da cabeça.

− Tenho que ir. Minha amiga deve estar me esperando...

− “Deve estar”?

− Ou ela está com o namorado dela e não está nem ligando pra mim. Do mesmo jeito, tenho que ir. E você, com certeza tem coisas para fazer. − Droga, olhei para baixo e não... ele não teve “prazer”... mentiroso!

− É claro. Até mais ver, Kate.

− Até. − Saí sem nem olhar para trás e ele fechou a porta...

...

− O que você estava fazendo ai? − Kate tomou um susto quando viu Ana e Gabriel.

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− Ana, porque você disse que o número do quarto era 32?

− 32? Não, eu não disse. − Ana falava enquanto procurava o papel na bolsa − É 34. Você entrou no quarto de outra pessoa? Ele estava ai...

− ...Não... Vi as coisas de outras pessoas e sai.

− Você hesitou. − Gabriel disse a Kate com um sorriso no rosto − Você viu ele sim. Não viu?

− Kate? − Ana estava rindo de Kate, que estava com uma cara envergonhada.

− Me deixe paz, vocês dois. − Kate saiu dando passos rápidos em direção ao quarto.

− Vou deixar você aqui então, Ana. Também tenho que arrumar minhas coisas.

− Tudo bem amor, nos encontramos no salão?

− Sim, as 20h.

− Ok. Tchau. − Ana beijou Gabriel e depois ele olhou com atenção em seus olhos.

− O que foi? Algum problema?

− Não. Nos vemos depois, tchau.

Ana esperou até que Gabriel virasse no corredor e foi para o quarto.