Inserção
Epílogo
Duas figuras estavam sentadas enquanto acontecia o banquete de encerramento. Harry e Luna tinham terminado mais um ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O garoto estava evitando todas as pessoas – perdera o padrinho Sirius pouco tempo antes. Luna foi uma das poucas que ele engrenou uma conversa. Porém, agora, a ideia inicial lhe pareceu uma burrice.
Sentados no último degrau de uma escada que levava para fora do castelo, os olhos grandes de Luna como coruja o fitavam depois de uma complexa história que ela lhe contou.
– Você quer dizer que aqui não é real? – perguntou Harry, incrédulo.
– Tudo é real, Harry. – respondeu Luna surpresa. – É como um sonho. Eu durmo em Zion e sonho aqui. Eu durmo aqui e sonho com Zion. Tudo é real.
– Não é simples de compreender. – respondeu Harry se perguntando se ela estava tendo uma espécie de alucinação. E o que era pior, como os Testrálios, ele acreditava.
– O que eu quero dizer, Harry – começou Luna vagando o olhar pra lá e pra cá – é que Sirius morreu como ele precisava. Então, se existe algo além daqui, ele estará bem. E eu quis dizer que conheci seus pais também e eles acreditaram em você. Lily é legal.
Harry relaxou os ombros.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Sua Zion é uma espécie de céu?
Luna deu uma gargalhada gostosa.
– Não. Nunca conheci o céu, não que me lembre. Nem Zion, embora seja bonito em meus sonhos.
Harry arqueou as sobrancelhas.
– Todas as realidades são verdadeiras, Harry. Para algo ser real, basta que alguém acredite. Se você acredita que Sirius está bem, ele está. Você acha que ele é capaz de ficar indefeso ou ir para algum lugar feio? Você acha que ele o abandonaria?
Harry pensou bem. No padrinho corajoso. No padrinho que morreu por justiça. No padrinho que cuidou dele e fez de tudo pela sua segurança.
– Não. - respondeu sinceramente.
– Então ele está em algum lugar como Zion. – Luna deu de ombros. – Seus pais também.
Harry suspirou.
– Ah. E a profecia. Eu não a ouvi. Mas a ideia do Oraculo também serve para a profecia.
– Eu... – começou Harry, mas não conseguiu terminar.
Os olhos de Luna estavam próximos demais. A calmaria que lhe trouxe explicando tanta filosofia para que o peso da morte de Sirius, envolvendo até seus pais e a profecia se extinguisse foi um gesto tão inesperado e doce que Harry chegou mais perto dela.
E a beijou.
Luna não se afastou. Parecia esperar o gesto.
Pouco depois, um Harry sem graça a convidou a se levantar.
– Voldemort é um vírus? – riu Harry.
– Não, não. – respondeu Luna séria. – Um antivírus.
Deram as mãos e assim foram apreciar o resto do banquete.
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