Há uma fase em nossas vidas

em que nos vemos tomados por nossas emoções

e arrebatados por nossos sentimentos;

muitas vezes confusos e indecifráveis.

Há momentos em que nos vemos envoltos

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por um turbilhão de pensamentos, e outros

em que nos vemos dominados,

amarrados,

querendo gritar,

quebrar tudo,

mas não podemos.

Então só o que nos resta é escrever,

pois a única certeza que temos é que,

pelo menos o papel e a caneta

sempre estarão ao nosso lado nestes momentos;

que nunca dirão que estamos exagerando,

fazendo tempestade num copo d'água;

e que eles nunca vão rir,

debochar ou nos repreender.

Pode até parecer loucura,

bobagem,

coisas de adolescentes,

mas todos nós sabemos

que em certas fases da nossa vida,

a caneta foi nossa voz,

que sussurrou,

que bradou,

que gritou,

que clamou,

que chorou!

E o papel foi aquele ouvinte que escutou,

que compreendeu,

que entendeu e que guardou

os nossos tão valiosos segredos.

Muitos, com o passar do tempo,

deixaram a caneta e o papel de lado,

pois aprenderam a calar e esconder suas emoções,

seus sentimentos e seus pensamentos,

até mesmo do bloquinho

que o acompanhou durante a juventude.

Mas sabemos também,

que muitos aprenderam que para serem ouvidos

é necessário mover os lábios

com a mesma agilidade que moviam suas canetas.

Alguns deixaram seus bloquinhos na cabeceira da cama

e se postaram diante das pessoas,

firmes a proferir aquilo que seus corações

e suas mentes almejarão.

Outros, no entanto,

nunca largaram a caneta e o papel,

e mesmo criando calos nas pontas dos dedos,

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com muito empenho espalharam seus sentimentos,

suas emoções,

seus pensamentos,

sonhos e anseios pelo mundo,

através de milhares de bloquinhos

que serviram e ainda servem de inspiração para outros jovens,

que assim como nós, um dia,

só teve uma caneta e um pedaço de papel como amigo.

(2012)