They will dream you real
The tale that reads you
IV.
Alec gritou.
Por um instante, achou que estava caindo de novo. Fechara os olhos por um momento e lá estava caindo, caindo, caindo, sozinho e consigo e com o vento e com o tempo — e sem o chapeleiro.
Ei, está tudo bem.
Mãos e lençóis e um chão. Ele abriu os olhos, e então um rosto. O rosto. Não havia um sorriso, mas havia olhos preocupados.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O dono dos olhos preocupados o abraçou. Está tudo bem, tudo bem. Foi só um sonho ruim.
Alec não tinha sonhos ruins com frequência, mas sempre que os tinha, ele estava lá. Alec afundou o rosto em seu peito e deixou que o cheiro dele invadisse sua mente: o chapeleiro tinha um cheiro familiar de hora do chá.
Foi só um sonho ruim.
Alec concordou e suspirou e sorriu, e então lábios. O chapeleiro tinha gosto de bolo e de chá de festa de desaniversário.
Já passou.
E passara, mas não totalmente.
Alec deitou de novo, mas não teve coragem de fechar os olhos. Não queria se lembrar de cair, mesmo que não fosse real dessa vez.
O tempo já passara e passara novamente desde que ele chegara ali, mas se recusava a levar embora as lembranças ruins da mesma maneira que levara embora as lembranças boas do antes. O chapeleiro dissera que era assim mesmo, que o tempo não gostava muito de levar memórias ruins.
Alec não o culpava por isso.
Está acordado?, murmurou, mas a única resposta que recebeu veio do silêncio. Não, não estava.
Alec suspirou e não sorriu, mas se ajeitou nos braços do homem que amava: o dono da voz e do chá e do sorriso e dos chapéus — e de Alec.
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