Enquanto você dormia

The Party, Part III


Pov. Elena

– O prazer é todo meu. – Ele sorriu mostrando alguns dentes.

– Se importa de ficar olhando ela? – Questionei colocando Bella deitada na cadeira.

– Eu levo. – Damon se pronunciou e Andrew se virou um tanto assustado.

– Prometi para ela que não deixaria você chegar perto e diferente de você não minto para minha filha – Andrew riu baixo e eu lhe lancei um olhar ameaçador – Se encostar na minha filha, eu te mato.

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– Oh, fica tranquila, vou te esperar aqui. – Acomodei Bella deitada em duas cadeiras enquanto Andrew pedia uma bebida ao garçom.

– Vem por aqui. – Damon segurou minha mão antes que eu pudesse impedir e me puxou por entre as pessoas me levando para um canto vazio do salão.

– Oh, não se preocupe nossa filha parou de chorar – Ironizei depois que paramos – E não, eu não acho que ela ficara traumatizada pelos eventos de hoje.

– Sabia que cuidaria bem dela, não me preocupei – Ele murmurou apertando minha mão que ele ainda segurava, tirei rapidamente minha mão – Sobre oque queria conversar?

– Não, não é uma conversa, eu vou falar e você vai ouvir, simples assim – Ele assentiu cruzando os braços – Até agora, eu vi meus filhos irem embora todos os dias pela tarde, mas eu não me senti pronta para pedir ou deixa-los dormirem comigo, eu achava que vocês eram melhores para eles do que eu, mas não, hoje eu percebi que não, o melhor para eles é estarem com alguém que os ame, e eu os amo muito, essa foi seu segundo fora no terceiro você está expulso e eu vou pegar a guarda deles.

– Tudo bem, você tem razão a Fran extrapolou, mas qual foi meu primeiro fora? – Ele encostou as costas na parede.

– Ter mentido, estamos conversados? – Ele deu de ombro e eu me virei para ir embora porém ele segurou meu braço.

– Só mais uma pergunta, porque estava conversando com o Parker? – Ele fixou os olhos azuis em mim com o corpo próximo ao meu, respirei fundo fechando os olhos e assim que voltei a abrir me afastei dele o suficiente para as palavras voltarem a sair.

– Não te devo nenhuma explicação. – Caminhei até onde tinha deixado Bella dormindo, ela estava acordada e brincando com o homem.

– Olha quem voltou. – Andrew parou de brincar com Bella e se virou pra mim.

– Como você esta? – Perguntei a Bella ignorando a presença dele ali.

– Bem, ele disse que você foi conversar com o papai. – Ela apontou para o homem que sorriu debochado para mim.

– Fui, e a Fran não vai mais gritar com você, ok? – Ela assentiu passando a mão no seu vestido e se levantando para dar lugar a mim e depois se sentou na minha pernas.

– Queria que você ficasse lá em casa, você é mais legal. – Ela passou um braço sobre meu pescoço e o outro ainda estava em seu vestido.

– Eu sei, mas não posso. – Percebi que não havia entregado o presente dela – Eu trouxe isso para você.

– Obrigada – Ela agradeceu passando para outra cadeira e rasgando os papeis do presente – É a Elsa!

– Tem mais uma coisinha ai, não tem? – Ela tirou os olhos da boneca de cabelos loiros que eram quase brancos e voltou para outra caixa.

– A Anna, obrigado! – Assisti a esse filme com as crianças no dia do shopping, e acho que fiquei tão encantada quanto ela, claro que ela já havia assistido mas segundo Paola ela sempre fazia os mesmos comentários.

– Isa, vem brincar comigo! – Miguel chegou a puxando pelo braço sem dar escolha a ela que saiu agarrada a caixa das bonecas.

– Sua filha é uma fofa. – Me assustei com o comentário do homem, já havia esquecido que ele estava aqui.

– É... obrigada, como ela acordou? – Ele me entregou um copo com um liquido vermelho – Desculpa, não bebo.

–Ok, você saiu e alguns segundos depois ela acordou olhando em volta e procurando por você, eu disse que você tinha ido conversar com o pai dela e ai nós ficamos conversando. – Ele explicou calmamente e enquanto pegava uns salgados que estavam em cima da mesa.

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– Você pode me dizer oque ainda está fazendo aqui? – Questionei e ele parou de comer.

– Metades daquelas mulheres querem casar comigo – Ele apontou para um grupo de garotas – E a outra com meu pai, não acho isso legal, e você não parece maluca.

– E como você sabe que eu não quero casar com você? – Provoquei enquanto ele riu tomando o liquido do copo.

– Você é linda, e se quisesse, já estaríamos na igreja – Engasguei com a agua que tomava e ele gargalhou – Uh, te peguei.

– Você é engraçado – Garanti, rindo um pouco – Então todas as mulheres dessa festa querem se casar com você? Isso não é narcisismo?

– Acredito que o mito de Narciso não se encaixe a mim, Narciso se apaixonou por si mesmo, já eu gosto de rostos mais femininos, mesmo que me ache incrivelmente irresistível...

– Além de Narcisista, é convencido! – Ri enquanto ele pegava mais um copo de bebida.

– Não, você quer uma prova? – Assenti enquanto ele olhava para o grupo de mulheres – Escolha uma!

– Aquela. – Apontei para uma loira com um vestido incrivelmente justo e um salto maior que todos da festa juntos, ele assentiu se levantando e foi até um pouco depois da loira e depois voltou sorrindo para ela não falou nenhuma palavra e voltou a se sentar na minha frente – Está vendo? Não conseguiu!

– Espere! – Ele falou rindo e em alguns segundo a loira veio na nossa direção.

– Só pode ser brincadeira. – Murmurei enquanto a loira abaixava mais o vestido e se debruçava sobre a mesa.

– Você me chamou? – Ela falou para ele enquanto ele ria.

– Não, eu chamei? – Ele perguntou para mim.

– Eu não vi. – Murmurei recebendo um olhar mortal da mulher.

– Então eu me enganei. – Ela saiu passando a mão no ombro dele que caiu na gargalhada.

– Acho que você deve sair daqui, ou alguma dessas mulheres vão acabar me matando. – Falei ainda rindo.

– Não se preocupe, cão que ladra não morde. – Meu celular tocou e eu peguei o aparelho, vendo o visor do celular, a palavra “mãe”.

– Desculpe. – Falei ao Andrew e me levantei – Andrew, eu volto daqui a pouco, ok?

– Estarei esperando por você. – Ele deu mais um sorriso de lado.

Atendi o telefone em uma parte mais afastadas dos grupos de pessoas, e ainda sim foi difícil ouvir oque ela falava.

– Filha? – Coloquei a mão no outro ouvido para ouvi-la melhor.

– Sim?

– Eu já posso ir te buscar? – Ela parecia cansada.

– Conte 10 minutos e pode vir. – Ela murmurou um “claro” e depois desligou.

– Elena? – Ouvi uma voz chamar meu nome e virei parte do meu corpo para vê-la, era a italiana.

– Oque quer? – Perguntei me virando e travando o celular.

– Eu queria me desculpar. – Ela tentou parecer fofa esfregando as mãos, que pena, não conseguiu, para mim pareceu uma mosca.

– Não, você não quer, Damon te mandou aqui! – Ela se mostrou assustada com meu tom de voz, mas depois um sorriso presunçoso surgiu em seus lábios.

– Bem, então pulamos para parte em que eu peço desculpas e você aceita. – Ela se virou lentamente para sair.

– Quer saber? Eu queria ver você pedir desculpas, seria interessante. – Ela soltou todo o ar dos pulmões e se virou para mim.

– Sinto muito por gritar com minha filha. – Ela falou rápido.

– Ah, sua filha, claro, não se preocupe, a minha filha já superou isso, de todo modo, eu preciso ir. – Passei por ela indo em direção a mesa aonde Andrew ainda estava sentado ele mexia no celular – Conversando com a namorada?

– Ciúmes? – Revirei os olhos me sentando na outra cadeira – Não se preocupe Baby, estou livre.

– Não é isso, você é muito bobo. – Bati levemente em seu braço.

– Só porque me acho irresistível? Isso se chama autoestima, se eu não me achar bonito quem vai achar? – Assenti levemente, ele tinha razão – E estava resolvendo uma coisa de trabalho.

– Trabalha em que? – Ele deu mais um sorrisinho.

– Está começando a se interessar, não é? – Balancei levemente a cabeça, ele era insuportavelmente engraçado – Sou advogado da empresa do meu pai.

– Parece um trabalho horrível, ter que trabalhar para o pai, sabendo que tudo vai ser seu um dia. – Ele riu e depois fixou os olhos em mim, cheguei a pensar que acabei fazendo algo errado.

– Eu não quero isso, sabe ser filho do presidente de uma empresa tem suas vantagens, nunca me faltou nada, por exemplo, mas também vem com consequências, meu pai nunca ficou em casa no meu aniversario, e eu não quero isso com meus filhos, quero estar sempre perto deles. – Foi a primeira vez que ele não falou em tom de brincadeira.

– Você tem filhos? – Questionei me ajeitando mais na cadeira.

– Não, até onde eu sei, não. – Seu tom normal de brincadeira voltou.

– Você é péssimo paquerando, sabia? Em menos de uma hora você mostrou que é, narcisista, convencido e galinha. – Ele não disse nada só sorriu amistoso passando a mão nos cabelos deixando-os um pouco bagunçados.

– Eu não sou galinha, só não encontrei a pessoa certa ainda. – Ele pegou novamente o copo de bebida.

– Minha vida é mais complicada do que parece, mudanças drásticas aconteceram e se você vê em mim pessoa certa, deve olhar para o outro lado porque não é aqui que vai achar. – Ele negou com a cabeça.

– Nunca disse isso, e mudanças acontecem a todo momento e nem sempre podemos prevê-las – Me perdi um pouco nos seus olhos, talvez pelo jeito como ele já chegou derrubando qualquer muro que eu tenha construído, para me tirar desses pensamentos meu celular vibrou, era uma mensagem da minha mão avisando que ela tinha chegado.

– Bem, Andrew...

– And, pode me chamar de And. – Ele me interrompeu e eu respirei fundo.

– Bem, And, eu espero que você encontre a pessoa certa, mas eu tenho que achar meus filhos, me despedir e ir embora, obrigada pela companhia. – Passei por ele e senti sua mão segurar meu pulso e fazer um leve carinho no local.

– Não vai nem passar seu telefone? – Ele questionou jogando seu sorriso mais sexy pra cima de mim.

– Algo me diz que você vai descobrir sozinho. – Sorri e passei por ele indo em direção aos meus filhos que estavam sentados de frente um para o outro, ele com os dois carrinhos que eu dei e ela com as bonecas.

– O Miguel está querendo colocar a Elsa dentro do carro dele – Minha garotinha falou manhosa enquanto eu me abaixava do lado dela – Diz pra ele que ela não anda de carro!

– Ela não anda de carro, querido. – Falei e ele fez um bico enorme – Mas aposto que Anna pode andar não é?

– Se for só um pouquinho. – Bella esticou a boneca com duas tranças ruivas para o irmão que rapidamente a colocou no carrinho e começou a andar com eles.

– Bebês, eu tenho que ir. – Os dois ergueram os olhinhos para mim fazendo um biquinho e juntando as mão como se implorassem.

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– Por favor fica brincando com a gente – Bella pediu balançando as mãozinha juntas – Se não, o Miguel não vai devolver a Anna.

– Eu vou sim! Já pode ficar com ela, ela nem dirigi bem. – Ele jogou a boneca na irmã que não conseguiu pegar a tempo e ela pegou na barriga dela, que começou a chorar.

– Você não pode jogar as coisas assim na sua irmã, você pode machucar ela. – O repreendi mais em tom neutro.

– A desculpa Bella, vai, nem doeu. – Ele veio para perto dela passando a mão nos bracinhos dela.

– Doeu sim! –A abracei e aos poucos ela parou de chorar.

–Eu preciso ir, mas fiquem bem. – Me levantei e Bella fez o mesmo segurando em minha mão.

– Me leva junto? – Ela pediu coçando o nariz.

– Não acho que...

– Pode leva-los – A voz de Damon me fez virar e vê-lo sem o blazer só com uma camisa branca – A festa ainda vai demorar, e só deve acabar de madrugada, eles precisam dormir antes disso, se não se importa.

– Por favor, leve a gente. – Miguel se levantou e também pegou minha mão, apertei levemente a mão deles e assenti.

– Peguem os brinquedos de vocês. – Os dois se abaixaram recolhendo os brinquedos e as caixas.

– Vou pegar as cadeirinhas no meu carro e levo para o da sua mãe. – Assenti e o vi sair pela porta, enquanto as crianças pegavam os brinquedos.

– Olha quem apareceu de novo. – A voz que estranhamente era conhecida para mim, virei para ver novamente o par de olhos azuis que eu já olhei muito essa noite.

– Andrew, você de novo? Você está parecendo um perseguidor – Ele riu e me esticou um papel com dois telefones, um era meu – Oque é isso?

– Quero te mostrar que já consegui o seu número – Vamos combinar, ele era bom nisso – E o debaixo é o meu, pode anotar para não usar a desculpa “O numero era desconhecido”, até porque eu vou te achar onde quer que esteja.

– Você com certeza é perseguidor. – Ele riu esticando a mão para mim e eu segurei, ele como um legitimo cavalheiro deu um beijo nas costas das minhas mão.

– Foi um verdadeiro prazer conhece-la, Elena. – Dito isso ele saiu em direção ao bar.

– Vamos? – Bella perguntou segurando minha mão.

– Claro. – Segurei a mão do Miguel e os guiei para fora, Damon conversava animadamente com minha mãe e eu apenas abri as porta traseira do carro e as cadeirinhas já estavam presas e eu me esgueirei por uma delas e me sentei entre elas.

Damon arrumou as crianças uma por vez e eu prestei bastante atenção no jeito como ele prendia as crianças, depois disso ele se despediu delas e fechou as portas, continuei olhando para frente, depois eu voltei meus olhos para frente.

Me consultei com a psicóloga algumas vezes essa semana e nós descobrimos um jeito para eu não ficar maluca quando entro em um carro e ainda sim não ter ficar basicamente inconsciente, pelo jeito meu medo vem de me sentir sozinha no carro então eu sempre tenho que segurar a mão de alguém, e nunca segurei mãos mais macias do que as dos meus filhos.

O caminho até em casa foi tranquilo, Miguel e Bella cantarolavam as músicas que minha mãe colocava, eles brincavam com seus novos brinquedos e eu estava fascinada com a historia que minha menininha contava para as bonecas.

– Chegamos? – Bella perguntou enquanto minha mãe parava o carro.

– Sim – Comecei a soltar os cintos das cadeirinhas mas me enrolei enquanto soltava o do Miguel – Quer ajuda filha?

– Não – Respondi rapidamente para minha mãe e tentando soltar mais uma vez – Porque isso é tão difícil? Eu já revolvi equações menos complicadas que isso!

– Eu ajudo. – Miguel se pronunciou soltando facilmente o feixe com o qual eu lutava.

– Meu Deus, eu sou uma péssima mãe. – Sussurrei para mim mesma e meu celular vibrou.

Tinha duas mensagens não lidas, a primeira era de Nathan e a segunda de um numero desconhecido, abri primeiro a de Nathan que dizia:

“Espero que tudo esteja saindo bem aí, estou aqui estudando como um condenado, e vou ter que cancelar a fisioterapia dessa semana, vou embarcar amanhã para ver meus pais no Texas, mas nada de boicotar os exercícios que eu deixei para você viu! Até semana que vem””

Rapidamente a mensagem com um:

“Tenha uma boa viagem, e por falar no Texas eu quero um chapéu de cowboy! Uma dica, e fique tranquilo mesmo se eu quisesse minha mãe me proibiria! Até semana que vem, seu chato!”

Depois de responder a dele, passei para a outra mensagem, quase cai para traz a pegar o papel que Andrew me deu, era o mesmo número, com certeza ele era um psicopata, ainda sim abri a mensagem:

“Porque você foi embora? Tem garota surgindo do chão atrás de mim! Estou trancado no banheiro pensando em um jeito de fugir! Brincadeiras a parte, adorei te conhecer, mas se você ainda estivesse aqui àquela garota que eu tive que seduzir para te convencer não teria me atacado, você consegue colocar medo nelas! Sua companhia com certeza me fez sentir melhor essa noite! Então obrigada, Elena.”

Como alguém tão galinha consegue ser tão fofo? Só tendo muita lábia mesmo, respirei fundo antes responder:

“Você tem muitas companhias por aí, se distraia com uma delas, não sou esse tipo de mulher, você é um cara muito legal, mas é sedutor demais para ser meu amigo, então espero que tenha gostado de hoje porque é única vez que me viu!”

Era engraçado, ele era parecido com o Damon e por isso eu não queria me aproximar dele, achei que ele não responderia mas meu celular vibrou novamente:

“Não procuro distrações, Elena, e se o problema é que eu sou sedutor posso me jogar na lama antes de conversamos, mas não finja que não gostou de conversar comigo hoje a noite, porque eu sei que sim, e jamais suporia que você fosse qualquer tipo de mulher, você é um grande ponto de interrogação para mim e eu quero desvenda-lo”

Suspirei exausta antes de pensar na melhor resposta, então comecei a escrever:

“Quer saber? Você é maluco! Tem mulheres “brotando do chão atrás de você” e fica perdendo tempo comigo, sinto muito informar, mas eu sou casada!”

Tudo bem, não era totalmente verdade, mas no papel sim, legalmente eu e Damon ainda éramos casados, guardei o celular no bolso e entrei em casa, as crianças estavam sentadas no chão da sala brincando e minha mãe estava assistindo alguma coisa na TV, me sentei ao lado dela e meu celular vibrou novamente, e era ele de novo, abri a mensagem:

“Eu conheço sua historia, sei que é casada, sei pelo que passou, e prometo não te forçar a nada, só achei você uma mulher interessante e gostaria de te conhecer, sei que ainda ama o babaca do Salvatore, e que ainda leva o sobrenome dele, mas eu só queria te mostrar que nem todos os homens são como ele, eu luto pelo que eu quero Elena, e quando eu consigo continuo lutando para que permaneça ao meu lado, só peço uma chance para te conhecer, e do resto cuido eu”

Vi minha mãe debruçada quase sobre mim e notei um sorriso bobo em meus lábios, virei para que minha mãe não visse a conversa e respondi:

“Não posso te prometer nada, tudo ainda é recente demais, mas posso te desejar boa sorte! E durma Parker, tenho que colocar meus filhos para dormir!”

Guardei meu celular e me virei para minha mãe que ainda tentava ver oque eu falava no celular.

– Que feio Sra. Miranda! Bisbilhotando as conversas da filha mais velha – Ela riu dando de ombros – E oque é isso que você está assistindo?

– Uma série, é sobre contos de fadas – A olhei incrédula e ela riu – É assim a Branca e o príncipe tiveram uma filha, e ela é a salvadora da maldição lançada pela Rainha má e...

– Crianças, vamos subindo que a vó de vocês esta voltando a ser criança – Ela riu dando de ombros – É sério, está na hora de vocês irem dormir e eu também.

Eles resistiram um pouco mas por fim cederam, subiram comigo e minha mãe deu uma roupa de quando eu e Jer éramos crianças para eles vestirem, minha mãe fez chocolate quente para os dois que já começavam a ficar sonolentos sentados na minha cama.

– Conta uma historia? – Miguel pediu assim que eu me sentei ao lado deles.

– Tudo bem, oque querem ouvir? – Eles ficaram pensativos antes de dar de ombros.

– Qualquer historia.

– Ok, era uma vez... – Comecei a contar a história de uma princesa que queria ser do exército do seu reino mas seus pais não permitiram então ela foge de casa e se apaixona por um dos guerreiros, e ela não conta quem realmente é, oque desencadeia uma série de eventos, eles dormiram antes da parte em que ela foge, apaguei as luzes do quarto e me deitei próxima a eles sentindo o aroma infantil entrar em minhas narinas – Eu amo muito vocês.

Eles se remexeram um pouco na cama como se tivessem ouvido subconscientemente, me aninhei aos dois e deixei minha cabeça tombar para traz, não havia lugar mais perfeito no mundo do que aquele ao lado dos meus bebês, aquele era o meu lugar e nenhuma italiana tiraria isso de mim.