Tenshi no Tamashi
Capítulo 25 - Praia do Vórtice
Os três acordaram cedo. Ralph se levantara, escovara os dentes, tomara um banho e descera para tomar o café. Ele encontrou os dois anjos já lá na cantina. Ele sentou na mesa onde estavam e os dois o saudaram com um sorriso.
– Bom dia. – Ralph ainda estava sonolento.
– Bom dia. – Mariah deu um bocejo e se levantou. – Nesse, eu vou lá pagar a estadia.
– Ok. – Nesse concordou. – Já estamos indo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Depois que Mariah se afastou, Ralph não conseguia se segurar.
– Nesse, o que houve ontem? Por que vocês dois coraram mais do que um pimentão?
Nesse quase se engasgou com o café. Depois de um tempo, ele disse:
– Tivemos a mesma recepção de quando viemos a sua cidade. Fala sério. Quantos quartos de solteiros eles têm por aqui?
– Bom, mas qual foi o problema? Vocês dois são amigos, afinal.
– Você não entenderia.
– Porque não?!
– Quieto. A Mariah está voltando.
Mariah tinha voltado. Estava com as suas coisas prontas. E chamara os dois amigos.
– Essa conversa ainda não acabou. – Ralph cochichou bem baixinho na orelha de Nesse para Mariah não escutar.
– Acabou sim! – Nesse havia corado novamente de vergonha e sussurrava gritando. Ralph não aguentava olhar pra cara dele sem rir. – E isso não é engraçado!
– O que não é engraçado? – Mariah havia virado na direção deles. – Posso saber?
– Nada. É só uma piada de mau gosto. – Ele cutucou de ombros para Ralph. – Não é?
– Claro, claro. Nada de mais.
– Ótimo. E sem cochichos durante a viagem.
Os três saíram do motel e prosseguiram a viagem. Antes das 11horas eles haviam chegado na praia. A praia não era muito grande. E por isso não chamava muita atenção, dando um lugar perfeito para um portal ser mantido em segredo. Eles pousaram na área branquinha, mas como estava perto do meio-dia, a areia tinha uma cor amarela alaranjada.
Ralph percebeu que aquela área a membrana era bem fina, como um leve lençol. Os três caminharam à alguns passos.
– Bem, aqui estamos. – Nesse deu um suspiro. – O vórtice.
De repente, um vento violeta surge em espiral um pouco à frente de Nesse. O vento se tornou maior, virando um redemoinho que não movia a areia.
– Porque esse vórtex não está espalhando areia?
– É porque ele não está no plano físico. – Explicou Nesse. – Nós só podemos passar por ele se estivermos desmaterializados.
– Nossa. Isso explica porque a aqui me sinto tão leve.
– Isso é porque estamos numa área onde o tecido da realidade é fino. – Concluiu Mariah.
– Bom, então vamos lá! – Ralph estava curioso para conhecer os Sete Céus.
– Eu acho que não. – Uma voz soou atrás deles.
Os três se viraram para trás. Um inimigo estava ali. E um que já era conhecido por eles. Não era nada menos que Slam. Aquele com quem Ralph lutara na floresta.
– Slam?! Como...
– Isso não interessa. Não posso permitir que vocês sigam aos Sete Céus.
– E vai fazer o quê?! – Mariah estava nervosa. – Vai nos impedir?
– Se fizerem isso, eu acabarei com Melissa, sua mãe, Ralph.
Ralph engoliu em seco. Mas não se intimidou.
– Então tente procura-la seu idiota. – Ralph estava confiante no Cobridor que Nesse dera para a sua mãe. – Nunca vai acha-la.
– É isso mesmo! – Nesse encorajou mais ainda o amigo. – Já sabíamos que tentaria algo contra ela e fiz as minhas precauções.
– Se é assim...- Slam aquecera os seus braços, mostrando o seu poder de explosão, que era um tanto intimidador.
– Eu não vou voltar! – Ralph berrara para Slam decidido. – Não vou desistir agora! Não há nada que faça você me fazer desistir!
– Veremos.
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