Cannoball
Quarto Rosa.
A vida é tão sem graça sem você aqui
As noites estão frias , não consigo dormir.
Meus dedos dedilhavam cada tecla, com tanta leveza, tanta paixão, tanto amor. Que eu ate desconhecia e chegava a achar que não era e que estava tocando. Em certa parte este pensamento não estava errado, não era eu ali. Era meu coração, minha alma, minha vida. A musica era minha paixão, tocar era a minha vida, e amar era a arte. Quando eu tocava, cada pensamento ruim que eu tinha se disfasia no momento que meus dedos chegavam a tocar nas teclas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Como o prometido, eu estava tocando para o Damon. Não só para o Damon, como também para Rose.
Assim que terminei, as dous pessoas a minha frente tinham lindos sorrisos espalhados em seus rostos. Eu também sorri, eu adorava aquilo. Saber que a minha arte deixava as pessoas admiradas sempre foi o que mais me deu paixão pela musica.
_ A senhorita tocou admiravelmente bem – Rose sorriu enquanto colocava champanhe em duas taças.
_ Concordo – Damon disse me estendendo um copo com, ... água?!
_ Aguá? – Exclamei pegando o copo.
_ Sim senhora, você está gravida Elena. Não pode beber – Rose disse e eu apenas revirei os olhos.
– Damon riu balançando a cabeça – Ela nunca muda.
_ Nem pode – Rose o olhou de lado – Se não, não seria a nossa Elena. Sorriu.
_ Exato- Concordou.
Os dois brindaram e beberam saborosamente suas taças me deixando com água na boca e um copo de água na mão.
_ Voces são ruins. – Abaixei o olhar.
_ Por que? – Disseram juntos.
_ Tão me deixando com água na boca.
_ Amor você sabe que não pode.
_To com desejo – Falei do nada.
_ De?? – Damon perguntou
_ Romeu e Julieta – Sorri sem jeito.
_ Romeu e que??
_ Goiabada com queijo – a Rose falou rindo – Tem na geladeira.
_ Ata. Já volto- Avisou.
_ Elena. Você precisa fazer isso querida.
_ Eu sei mas... – Abaixei a cabeça.
_ Se você quiser eu posso ir com vocês?
_ Não precisa – Neguei- Mas... e se o Damon surtar Rose?
_ Ele não vai querida. Nós mudamos tudo.
_ Eu sei mas, nós não mudamos os moveis.
_ Nem poderíamos. Não somos ricos, não temos tanto dinheiro – Riu – Mas os moveis são brancos. E não não faz diferença se eles são do Dan ou da Sofia.
_ É – Sorri.
_ Cheguei.- Damon entra na sala todo feliz com a minha goiabada com queija em mãos.
_ Ta legal, me da!- Disse arrancando o doce das mãos dele e saboreando aquela coisa deliciosa.
Minha mãe sempre me disse que quando estava gravida de mim ela comiga o doce. Mas eu nunca acreditei. Se ela realmente comia o certa era eu ser viciada. Mas ... na verdade, eu nunca gostei. Mas sempre quando eu fico gravida este é meu doce preferido. Então talvez, la tivesse razão.
Rose me olhou com um olhar de compreensão como se dissesse “ ta na hora, vai lá” . Eu sorri e concordei, apenas peguei as mãos do Damon e o guiei. Ate aquela bendita porta. Os olhos de Damon que estavam em pura confusão, derrepente ficaram em pura compreensão quando chegamos a porta.
A porta do quarto do Dan e da minha Sofia. O meu filho que nunca abriu os olhos e a minha filha que, se Deus quisesse iria abrir os seus olhos. Sorri.
Peguei a chave no bolso do meu vestido e coloquei na fechadura. Porém minhas mãos travaram, elas tremiam de mas.
_ Eu te amo. Damon beijou minha cabeça colocando as mãos em cima das minha e girando na fechadura.
E então, a porta se abriu...
Revelando um quarto branco, com moveis brancos de madeira e decorações em rosa. Era o quarto perfeito, para a criança perfeita.
A minha ideia era deixar tudo em azul como estava antes, mas a Rose me convenceu a colocar rosa já que seria menina. Eu não gostei muito a principio, mas com o tempo fui me apaixonando pelo quarto, pelas cores enfim, por tudo! Rose me ajudou a comprar todos os enfeites e todas as roupinhas. Quase tudo em rosa, quase. Eu sou quase uma estéril, não posso sair comprando tudo sendo que eu nem sei se a criança vai nascer realmente. Isso faz com que a metade das roupinhas sejam brancas, as que eu comprei e as que ela herdou do irmãozinho. Os moveis sempre foram brancos. Eu sempre fui apaixonada, um quarto azul com moveis brancos. Quando eu soube que estava gravida do Dan a primeira coisa que impus a Damon foram os moveis. E até que deu certo, hoje a Sofia pode aproveitar tudo. Se não fossem brancos, hoje nós teríamos que comprar tudo de novo, e moveis são muito caros.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Você e a Rose que decoraram? – Dsamon perguntou entrando no quarto e pegando um ursinho de pelúcia Rosa.
_ Sim. Gostou? – Perguntei enquanto me sentava na cadeira de balanço.
_ Amei! – Sorriu e se sentando na cama.
_ Quando ela ficar maior, é só a gente se livrar do berço e pintar o quarto de azul. – Disse olhando cada detalhe do quarto.
_ Eu posso pintar essa cama. Que que se acha? – Olhando para o encosto da cama – Vou pintar de rosa.
_ Deus me livre. Se nós formos pintar alguma coisa dentro desse quarto a cor vai ser azul.
_ Elena – Suspirou – Não é por que azul é sua cor favorita que vai ser a dela também. – Ele começou a rir e eu atirei uma centopeia que estava encima da comoda nele.
_ Se ela me puxar, e ela vai me puxar. A cor favorita dela vai ser azul também. – me levantei da cadeira e me sentei no colo dele, passando meus braços por seu pescoço e ele passou os dele pela minha cintura – E sabe por que azul é a minha cor favorita? – Ele negou – Por que é a cor dos seus olhos. – Sorri.
_ Sério? – Sorriu também.
_ Não. É por que é a cor do céu mesmo. Mas se você quiser pode continuar acreditando que é por causa da cor dos seus olhos – Comecei a rir exageradamente e ele me deu leves tapas no braço.
O celular dele começou a tocar.
_ Alo? ... Sim ... Não mas eu olhei antes de vir pra cá e... Tudo bem ... Tem certeza?... Ok, eu já estou indo. – Ele desligou e colocou o celular de volta no bolso. O olhei despontada – Elena meu amor, você sabe que é o meu trabalho. – Suspirou.
_ E você sabe que eu sou sua mulher né? – Fiquei em pé.
_ Elena não complique as coisas, é o meu trabalho e eu preciso ir! – Falou serio ficando em pé também. Serrei os olhos – O que você quer que eu faça?
_ De mas atenção a sua mulher. Você disse que não is fazer mas isso.
_ Eu disse que não ia te trocar pelo trabalho, não que eu iria parar de trabalhar – Falou rude. – Não quero brigar com você. Eu estou indo, tchau – Chegou mas perto me deu um selinho e saiu do quarto.
Eu sabia o quanto ele gostava do trabalho, e sabia também que era egoismo meu fazer isso. Mas poxa, eu estava sentindo falta do meu marido. O que custa ele ficar aqui só mas um pouquinho? Mas claro que não chamou ele vai! Mesmo que não seja nada urgente ele sempre vai. Já perdi a conta de quantas vezes ele saiu no meio da noite só para ir atras de uma nova pista. De quantas vezes ele me deixava falando sozinha ou perdia a hora num jantar. Tudo por causa dessa maldita delegacia. Pode me chamar de possessiva ou o que quiser, eu não ligo.
Olhei pra cama e achei o ursinho que Damon estava brincando. Peguei ele e o abracei, estava com o cheirinho dele. Olhei em volto e o quarto realmente estava lindo. Faziam meses que eu não entrava aqui, talvez ate anos. Nem mesmo para a reforma eu entrei. Eu saia, comprava as coisas para a decoração com a Rose e quando chegava em casa, ela arrumava. Essa era a primeira vez em muito tempo que eu entrava aqui. Esse quarto me lembrava o Dan, e toda vez que eu entrava nele uma dor forte me atingia , e eu não conseguia me segurar. Mas agora... estando aqui e vendo ele desta maneira tão adorável, ele só me trás alegria e paz, muita paz.
Fechei os olhos enquanto inspirava o perfume do Damon e sorri. Arrumei o pequeno ursinho no lugar e quando estava prestes a sair do quarto senti uma água descendo pelas minhas pernas. Olhei pra baixo e sorri me escorando em algum móvel.
É parece que a minha bebe ta querendo conhecer o mundo rápido de mas – pensei.
_ Rose? – Gritei.
_ Oi Elena? – Respondeu do andar de baixo.
_ Pegue a minha mala, a Sofia já esta pronta para vir ao mundo. –Sorri .
Meu Deus o que eu fiz pra sofrer tanto assim?
Preciso desse amor, trás ela pra mim.
Continua.
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