Capitulo Vlll

Cheguei em casa com a Naruto e fui direto jogando minha bolsa no sofá e fui para a cozinha com o Naruto na minha cola, sentou em uma cadeira de frente para o fogão, enquanto eu lava a mãos e pegava os ingredistes para fazer brigadeiro, um doce rápido e gostoso.

– Bom enquanto eu estou fazendo o brigadeiro, você podia me contando o que está acontecendo entre vocês, pois a última vez que eu vi os dois, vocês estavam dormindo agarrados no meu sofá. – Ele suspirou.

– O que você quer saber?

– O que vocês tem no momento? Vocês estão namorando?

– Não, não estamos namorando. – Virei para olha-lo, ele estava com as mãos juntos em cima da mesa e de cabeça baixa.

– Posso saber por que?

Ele virou-se e me olhou.

– Porque estamos vendo no que vai dar tudo isso. - ele fez uma pausa. - eu tenho medo de magoar ela. – me confessou.

– é só não magoa-la.

– Não é tão simples assim.

– Então me explica. – Já tinha terminado o brigadeiro, e está pondo ele na geladeira para esfriar um pouco. Me sentei em sua frente.

– Bom como eu posso explicar. – Ele coçou a cabeça. – Lembra da Shion? – Afirmei com a cabeça. – Depois que a Hina acordou, nós conversamos e decidimos que iriamos tentar, quando estávamos conversando tranquilamente a Shion me ligou.

– Ai você foi atrás dela? – Falei brava. – Se você me falar isso...

– Não. – Balançou as mãos nervoso. – Mas ela começou a falar algumas coisas e a Hinata acabou escutando. – Ele suspirou. – Quase que ela desiste de tudo, ela me disse que não queria sofrer, e que essa Shion devia ser mais bonita e mais “ideal” para mim. O que é uma grande baboseira, eu sei que eu não sou o suficiente para a Hinata, mas eu estou disposto a mudar por ela.

Cara esses dois são complicados mesmo, está na cara que os dois se amam, mas os dois não querem aceitar isso.

– Olha Naruto vou ser bem sincera, está na cara que os dois se gostam muito, mas se vocês dois não se entregarem de vez a isso, nunca vão dar certo juntos, e essa Shion ai você tem que despachar ela de uma vez. Não é certo fazer isso com a Hinata, ela é um amor de pessoa.

– Você acha que eu não sei? – Falou alto, mas depois abaixou. – Ela é uma joia.

– Exatamente, uma joia. Por isso não perca essa preciosidade que a Hina é. – Ele continuava sem me encarar. – Vamos lá Naru eu sei que você fara de tudo para não magoa-la.

– Como você pode ter tanta certeza? Você sabe como eu sou. – Agora ele me olhava, eu via tristeza e um pedido de socorro nos seus olhos. - Sou idiota, imatura, levo tudo na brincadeira, não consigo ficar fixo muito tempo em um emprego.

– Você tem razão você é tudo isso. – Ele se encolheu abaixando a cabeça. – Mas... – Ele voltou a me encarar. – Você amoroso, companheiro, fiel, você consegue alegrar todos a sua volta, além de ter um sorriso que contagia a todos. – Ele me olhava, mas sem mostrar emoção. – Vamos lá Naru, todos temos nossos defeitos, mas você tem algumas das melhores qualidades. – Segurei sua mão. – Você a ama?

– Logico que sim Saky. – falou sem hesitar e eu sorri com isso. Queria algum dia ter um amor como o deles.

– Então para de ser idiota e resolva de uma vez com ela. Você já teve coragem uma vez, dessa vez você terá coragem de falar que a ama.

– Mas e se ela...

– Pare de procurar impedimentos vá logo Naruto antes que te expulse daqui a ponta pés.

Ele sorriu correu até a sala. Suspirei.

– Vá atrás do seu amor Naruto.

Senti alguém beijar minha bochecha.

– Obrigado Saky. – Sorri para o Naruto esse seu espirito de criança me encantava.

– De nada idiota. – Ele sorriu esse era meu jeito de dizer que o amava. E ele sabia disso.

– Também te amo. – E ele saiu correndo, e eu fiquei sozinha na cozinha sentada na mesa.

Me levantei e fui até a geladeira pegando o prato de brigadeiro, meu sorriso aumentou.

– E como prêmio para mim, um monte de brigadeiro só para mim.

Passei o restante da tarde que já estava virando noite comendo o meu brigadeiro e assistindo vários filmes.

...

Estava já me aprontando para dormi quando a campainha tocou, não me preocupei em colocar uma roupa mais decente, pois achei que poderia ser o Naruto ou a Hinata, os dois eram os únicos que vinham a essa hora.

Doce engano, quando abri a porta primeiramente fiquei surpresa depois assustada. Em seguida só vi um vulto passar correndo pela minha porta e me abraçar, e ouvi os soluções.

No começo não tive reação, mas depois devolvi o abraço.

– Calma vai ficar tudo bem, você está comigo agora. – Apertou os braços mais forte em volta de mim.

Puxei para dentro da minha casa, não queria dá um show para os vizinhos a essa hora da noite. Entramos, fechei a porta e ficamos abraçados até pararem os soluços, quando os soluços pararam limpei seu rosto e só agora tomei noção da gravidade, suas roupas estavam rasgadas e sujas, e no seu rosto tinham alguns cortes, mas o que me chamou mais atenção foi um roxo no seu olho direito e do lado esquerdo uma marca perfeita de cinco dedos no seu rosto. Fiquei ainda mais chocada a ver o tamanho e a gravidade em que ela estava.

– Quem fez isso com você, Ino?

Lagrimas saiam abundantemente dos seus olhos, ela fungou e limpou seu rosto. Sentamos no sofá, ela respirou fundo e me encarou.

– Desculpa Sakura, mas você era a única pessoa para quem eu podia contar. Se eu estiver incomodando eu vou embora.

– Ino você não está incomodando em nada, não se preocupe com isso, está bem? – Ela afirmou com a cabeça. – Você vai tomar um banho, e eu vou cuidar desses seus machucados, depois vou fazer algo para nos comermos, ok? – Ela mais uma vez apenas afirmou com a cabeça. – Ino, eu te perguntei e você não me disse. – Fiz uma pausa. – Quem fez isso com você?

Ela desviou os olhos, mas vendo que não tinha mais como desviar do assunto olhou para mim e chorou e chorou.

– Se foi um assalto ou algo parecido temos que dar a par da polícia e ...

– NÃO. – Ela gritou e eu me assustei. Ela voltou a falar mais baixo. – Não chame a polícia, pois quem fez isso não foi nenhum assaltante.

– Então quem foi Ino? Me fale já estou ficando preocupada com você. – Falei aflita, eu estava ficando apavorada com o que poderia ter acontecido com ela. Então ela falou algo que me deixou mais surpresa do eu já estava.

– Foi o meu pai...

...

Depois que a Ino me contou que quem tinha a machucado foi o pai dela eu entrei em choque, como um pai poderia fazer algo desse tipo com a própria filha?

Levei ela até o meu quarto peguei uma toalha e pedi para que ela tomasse um banho, ela entrou para tomar uma banho. Depois de ter me contanto que foi seu pai ela não falou mais nada nem chorou, ela apenas acenava com a cabeça.

Preparei uma sopa, nós tomamos no meu quarto depois cuidem dos seus machucados que eram vários, o que me deixava cada vez mais indignada. Depois que cuidei dos seus ferimentos levei tudo para a cozinha.

Quando voltei para o quarto a Ino estava encolhida na ama. Sentei do seu lado e fiz carinho em seus cabelos.

– Eu sei que você não quer me contar o que aconteceu, mas saiba que eu estou aqui para o que der e vier. Quando você se sentir segura e pronta pode me contar o que está acontecendo.

Ela pulou no meu colo.

– Obrigada Sakura, eu não sabia com quem contar. Eu achava que estava sozinha... – Voltou a chorar e eu abracei.

– Agora você sabe que não está mais sozinha.

Ela deitou na minha cama e acabou dormindo. Como estava sem sono resolvi lavar a louça e depois escrever um pouco da minha matéria. Já era umas 2:00 da manhã quando a porta foi aberta e por ela passou a Hinata com os sapatos na mão andando na ponta dos pés e nem me viu sentada do outro lado do sofá com o notebook na mão resolvi usar isso ao meu favor.

– Isso são horas mocinha?

Ela pulou e deu um gritinho me olhou com os olhos arregalados, desatei a rir.

– Isso não tem graça Saky. – Falou emburrada, mas continuei a rir.

– Você deveria ter visto a sua cara. –Ri mais ainda. – Você ficou muito engraçada.

– HAHAHA, muito engraçadinha. – Falou cruzando os braços e fez bico.

– Mas e ai? Onde você estava para ficar até essa hora fora?

– E-eu? N-ada – Gaguejou e ficou corada, ela achou mesmo que ia me enganar?

– Aham sei, eu acho que sei onde você estava. – Falei com um tom de malicia na voz. – Eu acho que você estava com o Naruto, resolvendo algo.

Ela corou até o último fio de cabelo, e eu ri e muito.

– Ta bom, estou vendo que você não quer me contar, mas depois eu quero saber dos detalhes.

– Ok, Saky depois eu te conto, está bem tarde mesmo. Falando nisso, por que está acordada até essa hora?

Eu esqueci de avisar a ela.

– A Ino está aqui.

– Por que ela está aqui?

Respirei fundo, não poderia esconder algo assim da Hinata, além do mais não ia deixar a Ino voltar para a casa dela, não com o pai dela agredindo ela.

– O pai da Ino bate nela. – A Hinata ficou assustadíssima. – Ela acabou vindo para cá.

– Meu Deus. – Ela colocou a mão na boca. – Mas onde ela está?

– Está dormindo no meu quarto, eu não vou deixar ela voltar a morar com o pai dela. Ela vai ficar aqui. Claro, se você não se importar, você se importa?

– Claro que não Saky. Ela parecer ser uma boa pessoa, pelo que você me contou.

– Ela é sim. Obrigada Hina. – A abracei.

– Não é nada Saky.

– Bom é melhor irmos dormi, pois já está bem tarde.

– Concordo. Boa Noite Saky. – Ele me deu um beijo na bochecha.

– Boa noite Hina.

Peguei minhas coisas e fui dormi, em um colchão que tinha debaixo da minha cama. Amanhã seria um longo dia.

...

No dia seguinte depois que todas estavam de pé Ino fez um café da manhã para agradecer por eu e a Hinata ter deixado ela passar a noite com a gente, nós ficamos surpresos, pois a Ino cozinhar muito bem. Depois de um café da manhã regado de risadas e eu e a Hina convencemos a Ino a ficar em casa por hoje. Foi para a escola.

Quando cheguei na escola fui direto para a sala, hoje a primeira aula era de literatura nem poderia cogitar a ideia de chegar atrasada.

Me sentei colocando a bolsa pendurada na cadeira e em seguida o sinal tocou, me virei para pegar meus cadernos, quando me deparei com o Gaara olhando para o lugar vazio na minha frente e depois para mim. Virei para frente na mesma hora em que o Senh... Digo Sasuke entrou na sala.

– Bom dia classe. Quero que todos passem seus trabalhos para frente, que eu vou recolher dos primeiros da fila.

Como a Ino não estava eu era a primeira da fileira. Os trabalhos foram passados e juntei todos, quando o Sasuke parou na minha frente ele olhou para a cadeira na minha frente e falou.

– Parece que o seu habito de chegar atrasada está sendo passado para outros alunos. – Ele falou alto o suficiente para todos na sala ouvissem

– Senhor Uchiha. – Falei seu nome com sarcasmo e ele percebeu. – A Ino faltou por problemas pessoais, eu acho que ela ficara sem vir por uns dias para a aula.

– Certo Senhorita Haruno, passe então as lições e trabalhos para ela. Mesmo com seus problemas pessoais não vou tolerar atrasos dela.

– Sim Senhor, mas como tudo aconteceu de noite não foi possível eu trazer o trabalho dela, mas no fim da tarde eu o trago.

Ele não disse mais nada, apenas pegou os trabalhos e foi passar as lições.

O resto das aulas passaram normalmente, a Matsuri e suas amigas, não vieram me importunar o que eu agradeci. Arrumei minhas coisas e fui almoçar antes de ir para a sala dos professores, não ia passar fome igual da última vez.

Estava indo para a sala dos professores quando sinto alguém me puxando, ia dar um grito, mas a pessoa tampou a minha boca, bati as costas com força dei um pequeno gemido de dor, minha bolsa voou longe, fechei os olhos devido a dor, quando o abri levei um susto com quem está na minha gente. A pessoa prendi as minhas mão fortemente com as suas.

– Vou tirar a mão da sua boca, mas não grite só quero que me responda algumas coisas. – Ele falou frio e eu tinha medo de contraria-lo Afirmei com a cabeça. Ele tirou a mão da minha boca e eu respirei fundo.

– O que você quer saber Gaara? – Falei calma, estávamos perto da sala dos professores, esperava que alguém saísse e me ajudasse

– O porquê da Ino ter faltado hoje.

– Eu já disse, problemas pessoais. – Ele estreitou os olhos o que me deu um pouco de medo.

– Não estou brincando Sakura eu quero saber que problemas são esses, eu sei que você sabe.

Mas que tamanho era esse interesse na Ino? Eu sei que eles foram amigos, ou algo do tipo.

– Eu te falo, se você me falar o porquê de todo esse interesse.

Ele me prensou mais na parede e me olhou mais firme.

– Não estou brincando Sakura, me fale o que eu quero saber e eu te deixo ir.

– Não adianta me ameaçar, eu não vou falar nada. – resmunguei baixo. – Não quero que você a machuque mais do que ela já está.

Ele pareceu entrar em choque afrouxou um pouco o braço, mas depois voltou a apertar de novo. Mas seus olhos estavam perdidos e vi preocupação neles.

– Ele voltou a machuca-la.

Não foi uma pergunta, mas sim uma afirmação.

– Então você sabe?

Ele continuava a me aperta. Eu sabia que nos meus pulsos iam ficar vermelhos.

– Você pode me soltar está me machucando. Me solta. – Ele me ignorou mais uma vez.

– Você vai me contar tudo que aconteceu ontem.

– HAHAHA, não vou te falar nada. – Me debatia para soltar de suas mãos. – Me solta agora. – Falei mais alto, quase gritando.

– Não até você me contar tudo.

– Você não ouvi ela falando para você a soltar.

Tanto eu quanto Gaara viramos para ver quem estava falando. E lá estava um dos caras mais gatas que eu já vi, assim como o Gaara ele era ruivo, mas ele não tinha uma cara tão de mal quanto o Gaara, e tinha um porte mais atlético.

Gaara virou-se para mim e me soltou.

– Estou vendo que não vai falar nada hoje. Mas você ainda vai me explicar tudo que aconteceu direitinho.

– Sonhe, não tenho nada para te falar.

Gaara não disse nada apenas saiu, e eu alisei meus pulsos que estavam doloridos e já estavam ficando vermelhos.

O garoto pegou a minha bolsa e me entregou.

– Acho que isso é seu.

– é sim obrigada. – Peguei minha bolsa e olhei para os meus pulso.

– Vão ficar vermelhos, não é melhor ir para a enfermaria passar algo?

– Essa hora não deve ter ninguém na enfermaria, e chegando em casa eu cuido disso.

– Se você diz.

– Está indo a sala dos professores?

– Eu não estou muito bem na aula de literatura e o Senhor Uchiha mandou eu vir na sala de professores. E você?

– Estou de castigo, por ter chego 2 minutos atrasado no meu primeiro dia na aula de literatura.

– aham.

Entramos na sala dos professores e o Senhor Uchiha estava em pé lendo um livro. Quando viu de quem se tratava foi logo falando.

– Ótimo, os dois estão aqui. - Ele virou-se para mim- a partir de amanhã você irá ajudar o senhor Sasori, com aulas extras. Pois o mesmo está fraco na minha aula.

Olhei para o tal Sasori e ele olhou para mim. Sorriu e estendeu a mão para mim.

– Prazer sou Sasori, seu novo aluno. – Ele piscou para mim e eu ri, apertei sua mão devolvendo o comprimento.

– Prazer sou Sakura, Sua nova professora de Literatura.

Ficamos um tempo parados olhando um para cara do outro sem soltar as mão até que ouvimos um pigarro. Soltamos as mãos, e viramos para o Sasuke.

– Bom já foram apresentados, Senhor Sasori já pode ir para casa, depois vocês acertam os horários e os dias.

– Tudo bem. – Ele virou-se para mim e pegou minha mão e deu um beijo, o que me fez corar. – Até amanhã, professora.

– A-até. – Ele mandou uma piscadela e saiu. Fiquei meio boba.

– Vá corrigir os trabalhos. – Levei um susto com a voz do sasuke que estava muito mais fria do que de costume.

– E-estou i–indo. – Corri para corrigir os trabalhos que estavam já separados na mesa que eu estava esses dias.