Danger Days - Contos de uma Gravidez

Peço Um Bolinho E Quase Visito Hades Como Brinde


As primeiras semanas da gravidez de Annabeth foram tranquilas, no entanto, eu soube que meu sonho estava perto de se realizar, quando ela começou a ter desejos estranhos. E não bastava os desejos serem estranhos, o último era uma missão suicida.

De alguma forma, minha noiva conseguiu me convencer a ir até o Olimpo pedir um “bolinho de Atena”, segundo Annabeth, ela não sabia o que era, mas achava que Atena saberia.

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Ainda não tínhamos contado sobre a gravidez, então eu ia ser torturado e pulverizado, antes que conseguisse explicar a situação toda.

Entrei no elevador e apertei o botão do andar do Olimpo, depois me virei para o espelho e comecei a planejar o que dizer.

– Hey, gente. Atena, preciso de um bolinho--- Zeus, pai. Lady Atena, posso pedir uma coisa?--- Annabeth e eu…--- Ouvi dizer que seus bolinhos são os melhores de todos os universo--

Não ouvi quando o elevador chegou ao seu destino.

– O que está fazendo, garoto?

A voz me fez grudar no teto de susto, virei e vi Hermes me olhando confuso. Eu estava uma pilha de nervos, provavelmente, encontraria Hades mais cedo que o planejado.

– Olá, senhor… Eu… Preciso fazer um pedido com Atena.

Hermes riu levemente, entrou no elevador e me viu saindo.

– Boa sorte com isso, garoto, ela não está nos seus melhores dias. - comentou Hermes.

Fodeu. Seria TPM? Deuses têm TPM? “Hoje, no Discovery Channel”... Tenho que parar com isso.

Entrei no Olimpo e testemunhei a grandeza do projeto de Annabeth, aquilo me deixava orgulhoso e quase esqueci que estava dando minhas últimas respiradas antes de fazer uma visita permanente ao Submundo.

– Percy. - ouvi meu pai me cumprimentar e me curvei em um gesto de respeito, logo fazendo o mesmo gesto para Zeus. Virei para Atena. Foi um prazer conhecer todos vocês, gente.

Ajoelhei-me diante da deusa.

– Minha senhora… Trago um pedido de Annabeth. - comecei, soando mais corajoso do que pensei que seria.

– Queria saber porque ela não veio por si mesma. - comentou a deusa.

MULHER, NÃO ME FAÇA EXPLICAR!

– Ela está… Indisposta. - falei hesitante.

Afrodite riu baixo.

– É assim que estão chamando isso agora? - perguntou a deusa do amor de maneira debochada. Fiquei vermelho como um pimentão, depois mais branco que fantasma ao ver o olhar desconfiado de Atena.

– Perseu, do que ela está falando? - indagou a deusa.

– Podemos comentar isso depois, vamos ao pedido de sua filha, sim? - tentei.

– Pois bem, o que ela quer?

Respirei aliviado por ter desviado o foco da conversa.

– Um bolinho. - falei.

– Um bolinho? - estranhou Atena.

– Essa foi a minha reação, ela não disse do que era, mas disse que você saberia.

Atena pareceu pensar um pouco, então algo pareceu vir a sua mente.

– Acho que sei do que se trata, mas por que ela pediria algo assim e tão de repente? - perguntou a deusa, eu podia ouvir Afrodite rindo por dentro.

– Bom, como eu disse ela anda meio indisposta e essa indisposição tem causado esses desejos bizarros. - expliquei da maneira mais evasiva possível.

– Uh… Você se deu mal, garoto. - ouvi Poseidon dizer. Eu sei, pai, obrigado por lembrar.

– PERSEU JACKSON, POR ACASO, A MINHA FILHA ESTÁ GRÁVIDA? - FODEU, DEIXA EU SAIR DAQUI, ZEUS! SOCORRO!

– Essa é a deusa da sabedoria que eu conheço! Ponto para você, Atena! - falou Afrodite sorrindo largamente.

Ouvi um rabiscado e vi Sr. D levantar uma placa que dizia: “PETER JOHNSON 0 x 1 ATENA”. Comecei a me perguntar quem era Peter e… Ah, eu, claro.

– Espera, só um minuto. - falou Poseidon pegando a placa de Dionísio, rabiscando algo, depois erguendo a placa outra vez: “PERCY JACKSON 0 x 1 ATENA”. - Por mais que eu ache que ele merece um ponto pela coragem.

– Isso vai ser divertido. - Ares falou baixo, perto de Afrodite.

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Os olhos de Atena eram chamas e eu estava esperando para ser servido de churrasco, quando ouvi o elevador abri.

– Mãe? Percy?

Nunca fiquei tão feliz de ouvir a voz de Annabeth.

Minha grávida noiva entrou no Olimpo como quem entra em casa, ela chegou, prestou respeito aos deuses e fitou a mãe.

– Mamãe. - falou.

– Annabeth. - respondeu Atena. - Acho que sei do que precisamos.

– Sabe? Ufa! Pensei que ia enlouquecer tentando descobrir.

Atena levantou e as duas saíram andando da sala do trono. Fiquei paralisado olhando aquilo, os deuses se entreolhavam quase tão confusos quanto eu.

– Vocês não têm nem graça, Pierre. - comentou Dionísio que tinha feito surgir um pacote de pipoca em seu colo.

– Não mesmo. - concordou Ares.

– Filho, essa foi quase. - comentou meu pai, mas eu estava traumatizado demais para mudar a expressão facial ou a posição em que estava.

Sobrevivi.

Peguei meu celular no bolso e disquei um número o mais rápido que pude.

– Grover, vamos apostar em algo hoje? Acho que estou com uma sorte desvairada.

– O que aconteceu?

– Nem queira saber. Só digo que Atena sabe que Annabeth está grávida.

–... PELOS DEUSES, COMO SOBREVIVEU? ESPERA, DIZ OS NÚMEROS PARA EU APOSTAR!