My Girl

Capítulo 39 part. 1


Katniss

O sol estava começando a me incomodar, ele havia mudado de lugar e agora a sombra da árvore já não batia mais em mim.
Passo o braço em minha testa, afim de tira o pouco suor que estava pinicando enquanto olho para o buraco bem na minha frente.
Até que eu havia conseguido cavar bastante, mas estava muito suja. Minha mãe me daria uma bronca.
Decido parar de cavar por hoje, pois estava muito cansada e meus braços doíam.
Ando a passos lentos até em casa. Ainda era março mas o clima estava bem abafado.
Quando me vê entrar minha mãe grita.

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— Espere! Você está toda suja de terra, Katniss! - Ralha e eu olho para os meus pés agora marrons. Ela pega um pano e coloca na porta - O que você estava fazendo lá fora? - Ela olha para o quintal - E por que tem um buraco gigante lá?

— Eu estava cavando. Tentando chegar na China - balanço a cabeça enquanto ela me olha com dúvida - Papai me disse que se eu cavar um buraco bem grande, chego na China. Eu estava tentando chegar lá

— Pelo amor de Deus, Katniss! Isso não é real - entro em casa pisando em cima do pano - Para chegar lá você precisa pegar um avião.

Pisco, confusa e o celular de minha mãe toca. Ela me manda ir até o banheiro tomar banho mas sem tirar o pé do pano. Me pergunto como eu poderia fazer aquilo se não podia levantar o pé

— Alô? Sim sou eu. - Tento sair de lá, mas parecia impossível - Ah Oi! Sim, Finnick comentou comigo. - Saio arrastando meus pés e até que da certo -Claro, claro que sim. Daqui a pouco eles estão chegando junto com meu marido. Tudo bem, até logo.

Paro no pé da escada. Isso seria impossível. Olho para minha mãe, que não prestava atenção em mim, então pego o pano e saio correndo pelas escadas.
Tomo banho pensando no que minha mãe disse sobre a China. Mas isso não deve ser verdade, ela só disse porque estava brava comigo, afinal meu pai nunca mentiria para mim.
Minha mãe avisa que teremos visita, então ponho uma roupa que eu gosto - Meu short jeans favorito - que estava um pouco velho, mas eu gostava. - E uma blusa dos Beatles que meu pai havia me dado a uns dois anos. Calço meus chinelos e penteio meu cabelo como sempre. Ele era bem cheio e cacheado, minha mãe não gostava que eu o usasse solto, mas eu odiava prendê-lo e meu pai também.
Desço correndo e quando chego na cozinha, mamãe havia feito um suco para mim. Ela estava no jardim arrumando algumas coisas. Pego o copo da mesa e percebo que ainda havia um pouco de terra em minha unha, então vou até a pia para tirá-la de la, mas sem querer bato com o cotovelo no copo, que quebra no chão e molha todo o piso de suco. Olho para o estrago, assustada e dou um pulo quando minha mãe grita. Fico parada no mesmo lugar enquanto ela agacha para pegar os cacos

— Não saia daí para não se cortar - obedeço mesmo sabendo que não conseguiria me mexer de qualquer jeito - Que droga, Katniss! Você precisa parar de ser tão desastrada - Sinto um incômodo em minha garganta e percebo que estava segurando o choro - Você consegue quebrar tudo a sua volta. Deus me livre! - Ela me pega no colo e me põe do lado de fora. - Fique aí por um tempo.

Ando até o meu balanço pendurado numa tora de madeira que segurava o telhado, meu pai é que havia o feito especialmente para mim e eu o amava muito.
Sinto as lágrimas quentes escorrerem por meu rosto, mas não me importo. Eu merecia isso, fiz algo de errado e magoei a mamãe. Eu sempre estragava as coisas, como ela disse, quebrava tudo a minha volta. Tinha medo de que ela estivesse mesmo certa. Eu não queria quebrar meu balanço, ou o papai. Muito menos o cachorro que teríamos no futuro, Buttercup.
Lembro-me que ela disse "Deus me livre" e choro mais ainda. Mamãe queria que Deus livrasse ela de mim? Que ele me tirasse de perto dela?


— Você está chorando, menina? - pergunta uma voz que eu não conheço e eu me viro rápido para traz assustada - Ele era loiro e tinha o cabelo em formato de tigelinha, o olhos eram azuis. Parecia da minha idade

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— Eu tenho nome - respondo, porque odeio que me chamem de menina

— E como eu deveria saber o seu nome? Nós nem nos conhecemos - ele põe as mãos nos bolsos da bermuda e balança os ombros

— Então, tecnicamente eu não deveria estar falando com você, meus pais não me deixam conversar com estranhos - arqueio as sobrancelhas

— Se eu te contar meu nome não seremos mais estranhos. Eu sou o Peeta, Peeta Mellark

Pondero um pouco antes de responder

— Olá Peeta, Peeta Mellark, meu nome é Katniss. - Ele ri e anda até minha direção passando do meu lado. Desenrosco o balanço, fazendo-o ficar normal de novo então vejo Peeta olhar para o quintal. - Quantos anos você tem?

— 7, mas faço 8 em dezembro. E você?

— 7 também. Fiz aniversário em janeiro. - Ele abaixa o olhar para a minha blusa

— Você gosta dos Beatles?

— Eu amo os Beatles, você também?

— Sim - Ele se senta na grama e me olha. Sua boca era tão vermelha que ele parecia ter acabado de comer amoras, e os cílios eram tão longos que pareciam plumas - Qual o seu favorito? O meu é o John Lennon, é claro.

— Eu adoro o Ringo

— Ringo Starr? - balanço a cabeça e ele parecia indignado - Ninguém adora o Ringo Starr

— É isso que eu adoro nele - digo dando de ombros enquanto ele olhava meu quintal

— Uou - ele se levanta e vai até o buraco. - Você fez isso? - Vou até ele e paro ao seu lado

— Sim - digo orgulhosamente - Só mais alguns dias e eu chego lá

— Lá aonde?

— Na China, ué - o olho incrédula

Ele me olha por alguns segundos e depois começa a rir até

— Como você é burra! - Fecho minhas mãos em punhos e fico na defensiva

— Eu sou burra?

— Sim - ele diz gargalhando

— Bem, todos conseguem ver sua epiderme - cruzo os braços desafiadoramente. Epiderme significa pele, e bom, ela está sempre à mostra. Eu havia ouvido minha mãe dizer uma vez. Digo isso pois Peeta acharia que era uma ofensa e ficaria quieto e intimidado, mas, para a minha surpresa ele não parece se importar muito

— Sim, e você tem um cabelo muito confuso e bagunçado - ele ri - É como um escudo deflector

Novamente não sei o que dizer, mas posso sentir meu rosto ficar vermelho de vergonha e raiva
Meu jeito de lidar com essas coisas é usando minha força. Foi isso que Finnick e Gale me ensinaram, se alguém mexe com você, você o nocauteia. Esse garoto magrelo não parecia ser tão forte, eu poderia derruba-lo facilmente.
Ele continua a rir e eu me irrito mais ainda e quando vejo dou um belo soco em seu estômago. Peeta cai no chão e geme de dor, então começo a me arrepender do que fiz

— Qual o seu problema? - pergunta me olhando bravo

— Eu...Eu não...Você estava rindo de mim - Ele se levanta e limpa as mãos na bermuda

— Sim, mas você me bateu! Isso é coisa de menino

— Não é não - cruzo os braços. Esse garoto estava querendo mesmo me tirar do sério - garotas podem bater também

— Você parece um menino e se comporta como um também - Sinto as lágrimas chegarem até meus olhos mas as seguro com todas as forças - Só precisa cortar essa bagunça que você chama de cabelo. Ficaria igualzinha.

As lágrimas acabam saindo sem querer e eu as seco rapidamente

— Está querendo levar outro soco? - Tento me defender mas ele não parece se importar

— O que está fazendo, Katniss? Meninos não choram - ele passa por mim e esbarra propositalmente em meu ombro, fazendo-me perder um pouco o equilíbrio.

Quando Peeta entra em casa, corro até meu balanço e choro mais ainda. Eu odiei o efeito que esse Peeta causou em mim. Eu sou forte.
Fico lá por algum tempo. Passo a mão por meu cabelo centenas de vezes e quando vejo um elástico velho em meu pulso, decido prendê-lo. Tento varias vezes, mas não consigo fazer uma trança bonita.

— Olá - Diz uma voz feminina - Você deve ser a Katniss. Eu sou a mãe de Peeta, Effie Mellark - Ela se aproxima de mim e eu abaixo o olhar - Oh querida, você está chorando? - Ela agacha em minha frente e eu finalmente a olho.

A moça era muito bonita, ela tinha cabelos loiros que brilhavam no sol e grandes olhos azuis. Era uma das mulheres mais bonitas que já vi

— O que aconteceu? - Ela toca meu rosto e eu mordo meu lábio

— Você acha que eu pareço um menino? - Ela parece ficar surpresa com a minha pergunta, mas sorri.

— Claro que não, eu acho você uma linda menina. Com esses seus olhos cinzas e as pequenas sardas em suas bochechas.

— Você pode fazer uma trança em meu cabelo? Aqui - mostro meu pulso - Eu tenho um elástico.

A moça bonita o pega e levanta, indo até meu cabelo

— Sabe, quando eu era menor minha mãe sempre fazia essa trança em mim. Ela é lateral e linda. - Depois de poucos minutos a moça bonita termina - Pronto. Ela me olha ajeitando alguns fios soltos. - Aqui não tem um espelho, Katniss, mas posso te dizer que você está linda. Agora só falta um belo sorriso

Ela sorri com ternura para mim e eu faço o mesmo. De agora em diante usaria apenas tranças em meu cabelo.

~~


— Ela não pode me proibir, não tem esse direito - Finnick anda de um lado para o outro no meio da sala

— Ela ainda te vê como uma criança, Finnick. É óbvio que não vai te deixar casar. - Digo

— Não acha que já está dando dor de cabeça demais para ela ultimamente?

— Ah pelo amor de Deus, Gale! mamãe não está aqui agora, não precisa puxar o saco dela.

Arqueio minhas sobrancelhas diante a troca de farpas entre meus irmãos. Finn o encara por alguns segundos e Gale finalmente abaixa o olhar.
A verdade é que as coisas estavam realmente ruins para Finnick em casa. Minha mãe não apoiava de jeito algum o casamento e chegou a ameaçar colocá-lo para fora de casa. Diversas brigas haviam acontecido e um clima realmente ruim nos cercava. Eu tentei ao máximo permanecer ao lado do meu irmão e Gale tentava ser justo com ambos.


— E o que você pretende fazer? - questiono e o loiro me olha com uma expressão que não me agradava. Finnick havia tido uma ideia.

~~


— Um casamento escondido? - Questiona Marvel animado

Finnick chamou todos nós na cafeteria principal em seu horário de almoço para anunciar sua última grande ideia.

— E onde seria isso? - Cashmere pergunta. Ann troca olhares com Finn antes de responder

— Holden Beach. Como não é muito longe, achamos melhor.

Peeta, que estava calado desde que chegamos finalmente abre a boca

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— E que dia vocês pretendem fazer isso?

Ninguém podia ver, mas Peeta mantinha uma mão um pouco acima de meu joelho, por debaixo da mesa. Engulo em seco quando sinto sua mão subir, causando-me arrepios.

— Esse final de semana. Viajamos no sábado e dormimos na casa de praia de Ann - E então - Finnick sorri - Quem está dentro?

Todos nós respondemos, menos Gale. Ele estava calado desde então e não parecia muito feliz

— Gale? - Finn questiona e meu irmão suspira

— Posso falar com você lá fora? - Finnick balança a cabeça e os dois saem, deixando um clima estranho na mesa.

— Annie - Cashmere fala quebrando o silêncio - E o seu vestido?

Marvel levanta-se para pegar mais um milkshake e eu fico completamente alheia a conversa pois a mão de Peeta havia subido mais um pouco. Eu usava uma simples saia, já que o clima estava ameno, então sua mão estava estava em contato direto com minha pele. Me movo desconfortavelmente na cadeira, tentando disfarçar minha excitação.

— Nós poderíamos comprar, o que acha Kat?

Minha cabeça parece voltar para o lugar quando ouço meu nome.

— O que? Ah! o vestido? Sim -Peeta me provoca e eu seguro o ar no meio da frase - claro

Annie franze o cenho

— Você está bem?

— Estou - rio nervosamente - E a decoração? - pergunto apenas para despistar, pois mal estava conseguindo me conter. A mão de Peeta estava quase lá e tenho certeza que apenas com esse estímulo, eu estava toda molhada.

— Me encontre no banheiro - Ele sussurra em meu ouvido antes de falar que iria lá em alto e bom som antes de sair, porém elas não dão muita atenção.

Quando ele some de vista meu celular toca e eu levo um susto. O nome Peeta piscava na tela e eu sorrio internamente.

As meninas me olham.

— É meu pai, preciso atender essa. Já volto.

Atendo o celular dando risada enquanto ando até lá

— Venha para cá, preciso ver uma coisa. - Tento não pensar no que ele disse com malícia, mas é incrivelmente difícil

Pelo caminho encontro com Marvel vindo em minha direção. Ele para e me olha e eu sorrio nervosamente.

— Vou atender uma ligação - Ele abaixa o olhar até meu celular e arqueia a sobrancelha levemente, antes de olha para mim novamente.

— Seu celular não está tocando. - Olho para ele, sem saber o que responder. Até que Marvel sorri

— Ele está te esperando no banheiro - E pisca antes de seguir seu caminho até a mesa. Sinto meu rosto ficar vermelho enquanto o vejo caminhar

Entro com cautela, para que ninguém perceba e encontro o banheiro vazio, porém a porta de um box se abre e uma mão agarra meu braço, puxando-me para dentro. Peeta segura minha cintura e eu tento acalmar meu coração que estava acelerado devido ao susto. Sorrio e ele também

— Eu passei 16 anos sem provar do seu beijo, mas depois que experimentei é difícil não te beijar a cada minuto - Peeta beija meu pescoço e eu sinto arrepios

— Então, o que precisava ver? - Pergunto curiosa

Ele para e me olha, passando a mão em meu rosto

— Queria ter certeza de que seu beijo continua com o mesmo gosto e tão bom quanto antes - Ele se aproxima e me beija calmamente. Era uma sensação tão boa, fazia eu me sentir completa, como se o mundo a nossa volta não existisse

O beijo acaba se aprofundando. Passo a mão em seu abdômen por baixo da blusa enquanto ele segura com força a poupa de minha bunda
Peeta levanta uma das minhas pernas, encaixando-me melhor entre as suas. Posso sentir sua excitação e quase solto um gemido. Ele coloca a mão em minha cintura e levanta um pouco minha blusa, fazendo-me arrepiar com o contato de nossas peles
Arfo quando Peeta chega até meus seios e fico me perguntando se ele iria em frente. Eu queria que ele fosse.
Sua mão permanece ali, parada enquanto ele beija meu pescoço. Presumo que ele acha que eu poderia não gostar se ele o fizesse, mas era o contrário
Seguro sua mão e levo até meu seio esquerdo, o sutiã era de pano e não atrapalhou.
Ouço o barulho de alguém entrando mas não me importo
Ele encosta nossas testas, ambos respirando ofegantemente. Logo sua boca se choca com a minha e no mesmo instante, Peeta aperta firme meu seio, fazendo-me gemer. Ele solta minha perna e coloca a mão sobre minha boca e eu sorrio.

— Eu acho melhor pararmos por aqui - Diz com um sussurro em meu ouvido enquanto massageia calmamente meu peito - Uma coisa vai levar a outra e...- ele ri - não vamos querer fazer isso pela primeira vez em um banheiro.

Sua mão estimula o mamilo, que era a parte mais sensível e eu me contorço tentando não fazer barulho

— Você tem razão - digo num sussurro quase sem som - Nós concordamos em ir devagar - Passo a mão na ereção de Peeta por cima da calça e ele trinca o maxilar - Eu vou primeiro.

Me desvencilho dele, mesmo com meu corpo gritando para eu não fazer isso. Quem entrou ainda estava no box, então saio correndo. Ajeito meu cabelo e roupa antes de voltar mexendo no celular normalmente. Gale e Finnick já haviam voltado à mesa. Pouco tempo depois Peeta chega segurando um Milkshake.

— E então, vocês se acertaram? - Questiono e meus irmãos se entreolham

— Sim, eu vou ao casamento. - Ele sorri para Finn e eu fico feliz em ver os dois bem novamente

— Vocês já pararam pra pensar que essa é, provavelmente, a última vez que nos reuniremos aqui, sendo os 7 solteiros? - Diz Marvel e eu pondero

— Por que? O que vão fazer com a cafeteria? - Finnick pergunta com o cenho franzido e todos o encaram até que ele parece se dar conta - Ah Claro! - sorri para a noiva que suspira

— Deus tenha piedade dessa criança