A Liberdade do Corvo

Prolongo de Sociedade do Corvo – Síndrome de Fera.


Floresta Negra - Onyx – Vinte e sete anos antes

O cabelo longo e ruivo de Xyn estava sobre o seu rosto, seus selvagens olhos cinza azulado o observava por cima dos cílios alaranjados enquanto ele se dirigia em sua direção como uma pantera. Ela coloca ambas as pernas no centro de madeira nobre da sala e cruza os tornozelos. Odiava pensar que aquela criatura de olhos astutos e quietos, da mesma cor que os seus, e de beleza sem igual nascera dela. Eles nem eram parecidos. Ele puxou a família de seu pai. Adorava o poder. Era prepotente, egocêntrico, calculista, vingativo, astuto, mal e sínico. Não fazia a menor idéia do que era o amor, o sacrifício, a humildade e a bondade. Talvez fosse culpa dela, que permitiu que seu pai o criasse e afloram-se ainda mais as trevas em seu sangue. Assim como o primo sempre arranjou um jeito de burlar toda regra e de passar por cima de qualquer pessoa que estivesse na frente de seu caminho. Ela estava cansada disso. De tudo isso. Ele merecia uma lição, mas ela não estava pronta para dar.

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–Xyn.

Cumprimenta, com um sorriso sínico que forma duas covinhas em suas bochechas. Aquele maldito sorriso já seduziu muita garota desavisada. Em pleno seus trezentos anos, seu filho já tinha passado por vinte e nove casamentos. Todas suas mulheres o traíram e todas elas ele assassinou, por preferi ser viúvo, a ser corno. Se tivesse amado pelo menos um dessas ou então se casado por paixão isso não teria acontecido. Mas ele se quer tinha um coração.

–O que você quer?

Pergunta Xyn indo direto ao ponto. Desde que seu filho inventou de ficar contra uma das filhas de Ivy ele andava muito ocupado para visitá-la, ainda mais por ela morar no território inimigo. E sempre que ele ia visitá-lo era para pedir alguma coisa.

–Não posso mais visitar minha mãe?

–Conta outra.

–Xyn, é só uma coisinha de nada.

–Diga logo.

–Só quero sua permissão.

–Para que, Alaryk?

–Colocar uma coisinha no Garden.

Responde rindo como quem faz uma piada interna. Xyn se inclina na poltrona, olhando bem para seu filho. Ela gerou um monstro, mas como seu o pai dele era um também já era de se esperar. Era difícil para ela aceitar isso, mas a verdade nunca foi fácil de aceitar.

–O que você quer colocar no Garden, Alaryk?

–Algo que vai acabar com os fieis seguidores da sua adorada sobrinha.

–Não!

–Você é a minha mãe!

–Eu não gerei nenhum monstro.

–Você sabe que eu tenho razão! Eles são uma peste. Estão por toda a parte, sujando nossos genes limpos.

–Não brinca com isso, Alaryk! Você quer assassinar milhares de vidas inocentes por um pai que nunca te assumiu. Já passou dos limites há muito tempo!

–Limites? Eu não cresci com limites, mãe. Não existem limites, amor e inocência em meu vocabulário e não é agora que vai começar a existir. Eu quero-os extintos e é assim que vai ser. Serão extintos cada verme daquele e não há ninguém capaz de me impedir.

–Você se acha superior a eles?

–É claro que eu sou. Sou o mais belo da minha espécie, o mais forte e o mais inteligente.

–E o menos humilde.

–Eu tenho tudo! Tudo! Pra que humildade? E agora eu quero que a minha mãe seja mãe pelo menos uma vez na vida e faça o que eu quero.

Exige Alaryk. Xyn suspira pesadamente e sorri. Se tiver algo que ele tinha razão era que precisava que ela fosse mãe dele pelo menos uma vez. E era isso que ela iria fazer.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.