Para meus amigos, meu coração

Agradecemos, Annabeth Chase


A lareira crepitava com o fogo. O tonalidade laranja queimava a madeira que Paul remexia para manter o local aquecido. As luzes estavam apagadas, e toda claridade vinha da fogueira e dos piscas-piscas da árvore de Natal. Na janela, as gotas de chuva escorregavam velozmente a medida que a chuva batia contra o vidro. O silêncio era mútuo, mas todos os convidados ainda estavam ali, sentados no chão e no sofá. Eles se encolhiam em torno da fogueira, principalmente os casais, que pareciam tranquilos e relaxados, abraçados, ouvindo atentamente a respiração dos companheiro e aos outros, e únicos, sons daquele local. Algumas risadas foram soltas. Ethan dizia:

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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Ouçam atentamente, crianças! Pois não repetirei novamente: Este tapa olho esconde nada: órbita vazia. Mas foram os altos-mares; o perigo que eles escondem!

— De verdade — pediu Beckendorf, os braços em torno da namorada.

Ethan tomou um gole de seu refrigerante.

— Tive que arrancá-lo em uma cirurgia. Esse papo de saúde, sabem. Mas não se preocupem! Agora posso contar várias versões de como o perdi.

— Isso me lembra quando entramos em um navio de cruzeiro sem pagar — disse Luke. — O capitão reuniu todos no convés para achar-nos. Até nós comparecemos! Aí quando percebemos o que estava acontecendo, nos escondemos na sala de máquinas.

— Um erro, um erro! — Ethan balançou a cabeça, ainda fingindo ser um aventureiro nos altos mares.

— Acabaram nos achando facilmente. Nos jogaram no mar.

— Sério? — murmuraram.

— Não, mas nos expulsaram da mesma forma. Nos jogaram em um bote e tivemos que remar até terra firme.

— Foi assustador — garantiu Ethan.

— E essa marca, Luke? — perguntou Beckendorf. — Como conseguiu?

— Foi em uma briga — respondeu, olhando de Annabeth à Thalia. Eles haviam história.

— Ei — chamou Leo. — E os presentes, Hazel?

Ela ergueu as sobrancelhas, como se lembrando de algo que ela achava não existir, ou quando algo que você pensa que foi um sonho, aconteceu de verdade. Ela livrou-se dos braços de Frank e caminhou para a árvore de Natal, onde, sob ela, estava os presentes. Pegou a quantidade de sacolas absurdas e começou a checar os nomes escrito nelas, entregando para a pessoa correspondente. Jason havia acordado, agora abraçado com Piper, mas ainda cambaleava a cabeça pelo sono. Ela lhe entregou uma sacola vermelha. De dentro tirou um suéter de lã cinza bordado em vermelho com o simbolo do Super-Homem. Para Piper, ela entregou outro suéter com uma pomba. Annabeth deduziu que, quando Frank ganhou um suéter de lã com um panda, todos os presentes eram suéteres. Mas não reclamou — ela queria mesmo um suéter novo, já que o dela era antigo e estava desgastado por usar na maior parte dos natais ou tempos frios. Além disso, eles eram fofos e, quando se dá um presente com o coração, um simples objeto já se torna especial.

Hazel verificou mais uma vez e caminhou na direção de Annabeth. Entregou-lhe um sacola e de lá tirou um suéter cor tempestade, iguais aos seus olhos, estampado com uma coruja dourada. Ela tinha olhos penetrantes, quase vivos.

— Obrigada — agradeceu Annabeth, o pondo por cima do vestido. — Me desculpe, não comprei nada para você — Hazel entregou um suéter de fogo para Valdez.

Hazel virou-se para ela e sorriu:

— Quando não se dá ou não sabe-se o que entregar, presente-lhes com teu amor. Você tornou-se nossa anfitriã, Annabeth; você tornou nosso Natal especial. Esteve aqui o tempo todo tentando que todos se sentissem em casa. Você nos deu seu coração, e esse foi o maior presente que já ganhei.