Na mansão Mills o clima era animado, Regina e Robin estavam preparando o jantar, na verdade o arqueiro estava mais tentando aprender o que eram certas coisas e como funcionavam, enquanto Henry ensinava Roland e Zelena a jogar video game.

– Eu desisto - Disse a ruiva depois de algumas partidas mal sucedidas de um jogo de corrida.

– Tudo bem, com o tempo você pega o jeito - O menino riu - Vem Roland, vamos jogar só nós dois. Ela ficou observando os dois jogarem, mas seu pensamento estava em Charlie: estava apaixonada, agora tinha certeza disso, quando ele apareceu mais cedo, queria ter se jogado em seus braços e dito que o amava, mas ele havia mentindo sobre quem era e aquilo a machucou de uma forma inesperada, mas apesar de tudo, queria ir ouvi-lo e saber toda a verdade. Ela precisava desperadamente de ajuda.

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A ruiva foi para a cozinha e encontrou Robin e Regina se beijando. Zelena sabia quanto os dois se amavam, ela via no olhar do arqueiro e no sorriso de sua irmã, era quase como se eles fossem almas gêmeas.

– Ah, Zelena, não te vimos entrar - Robin falou, visivelmente envergonhado.

– Regina eu preciso falar com você - Ela tentou não parecer muito desesperada.

– Bem, já terminamos aqui, só temos que esperar mais uma hora para o assado ficar pronto. Robin fique de olho nas crianças, nós vamos lá para cima.

As duas foram para o quarto principal, a mais nova se sentou na cama - Está tudo bem? Aconteceu algo?

– Bem, não e sim, eu preciso da sua ajuda - Ela andava pelo quarto, mexendo as mãos, visivelmente nervosa - Quando o Charlie veio aqui, ele disse que me contaria a verdade e pediu que eu fosse jantar na casa dos pais dele hoje e eu quero muito ir mas...

– Está com medo?

– Sim. Olha, eu vou te contar algo que nunca contei a ninguém, nem a mamãe. Eu já apaixonei uma vez. - Ela esperou uma reação da irmã, mas a outra tinha no rosto uma expressão de surpresa - Foi por um menino em Oz, um amigo de infância chamado Elliot. Nós dois crescemos juntos e ele sempre esteve ao meu lado, até quando descobri sobre minha magia. Com o passar do tempo essa amizade virou amor e de repente estávamos juntos e fazendo planos para o casamento, naquela época eu já tinha 17 e ele 18. - Ela parou de falar, lágrimas escorriam pelas suas bochechas. Mesmo depois de todos esses anos, as lembranças a machucavam como nunca - Mas veio uma peste e foi terrível, grande parte das pessoas da vila morreram, inclusive Elliot... - Ela não consiga falar mais.

A rainha ouviu tudo atentamente e sentiu uma familiaridade. Daniel é claro, se tinha alguém que sabia bem o que foi perder um grande amor essa era Regina - Vem cá, deita aqui - Ela colocou um travesseiro no colo.

– Eu não sabia como usar magia para cura-lo e nem pude ficar com ele nos seus últimos dias. Não pude nem dizer adeus.

Regina começou a acariciar as madeixas da irmã - Eu sei como ninguém o que é perder alguém que se ama, principalmente sendo tão jovem. E também sei que estava com medo de amar novamente, que prefere não se arriscar a sofrer novamente, mas é exatamente isso que deve fazer. Você sabe sobre Daniel e como ele morreu, depois daquilo eu achei que nada mais faria sentido, que eu nunca conseguiria amar de novo e tudo era tão vazio. Aquela sensação me dominou e eu só pensava em vingança, até mesmo depois da quebra da maldição e quando a mamãe veio para Storybrooke, mas então veio Robin e todo aquele sentimento voltou a tona, aquela sensação de ter alguém que te ama de todas as maneiras possíveis.

– Então acha que devo ir até lá? Achei que não gostasse de Charlie.

– Eu não confiava nele e tinha razão, mas a decisão de dar uma segunda chance é sua.

Zelena se levantou secando o rosto - Sim, tem razão. Eu vou lá.

– Espere, é um jantar, você precisa se arrumar, eu vou te ajudar e te levo lá.

Alguns minutos e várias trocas de roupa depois as duas desceram novamente, Zelena estava com um vestido preto bem colado no corpo e Regina havia convencido à deixar o cabelo solto.

– Robin? - A morena chamou.

– Na sala.

– Eu vou precisar levar Zelena em um lugar, acha que pode tomar conta das crianças?

– Claro.

– Obrigada, e Henry assim que você ouvir um barulho como um despertador desligue o forno.

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– Está bem, mãe.

As duas foram para a garagem - O que é isso? - Zelena perguntou.

– Um carro. É como uma carruagem, só que sem cavalos, bem mais confortável e rápida. Você sabe onde é? - A ruiva entregou o papel com o endereço.

– É uma fazenda a alguns minutos daqui - Depois de se acomodarem a rainha ligou o carro e foi o caminho todo explicando como funcionavam algumas coisas nesse mundo - É aqui.

– Obrigada - A ruiva tentou abrir a porta, sem muito sucesso.

– Espere - Regina abriu para ela - Um conselho de irmã mais nova, mas com mais experiência: se ele tentar algo, jogue o sapato nele, de preferência em algum lugar que doa muito - As duas riram.

– Vou me lembrar disso - Regina deu partida no carro e saiu, quando Zelena tomou coragem para andar até a porta quando sentiu algo muito rápido segurar seus braços parar trás e colocar um pano em sua boca. Sua primeira reação foi gritar, mas não adiantou, logo tudo ficou escuro.
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Regina voltou para casa e encontrou os três amores de sua vida se divertido jogando video game - Mãe, ainda bem que chegou, faz alguns minutos que desliguei o forno e estávamos esperando você chegar.

– Vamos jantar então? Vou chamar minha mãe.

– Aqui estou - Disse Cora no topo da escada.

– O que aconteceu? Você ficou naquele quarto a tarde toda.

– Bem, eu disse que ia descansar. De qualquer jeito, eu só fiquei lendo um livro que achei - Ela não queria contar sobre seu encontro com Morgana para as meninas, primeiro tinha que contar a Merlin, quanto mais suas filhas ficassem fora disso, melhor - Onde está sua irmã?

– Charlie a chamou para jantar na casa dos pais dele e ela foi.

– Você a deixou ir?

– Sim, ela queria, não vejo mal algum - Cora murmurou algo em resposta e foi para a mesa, seguida por Regina - Qual é o problema?

– Esse rapaz só contou mentiras desde que o conhecemos, ele não é confiável e você simplesmente deixou sua irmã ir? - A mais velha elevou o tom de voz.

– Ela é uma adulta! Sabe muito bem o que está fazendo! POR QUE ESTÁ FALANDO COMIGO COMO SE EU TIVESSE FAZENDO ALGO ERRADO? - Regina gritou. As duas ficaram enquanto os meninos e Robin as observavam, sem coragem para dizer algo.

– Me desculpe é só que eu estou com uma sensação ruim. Toda essa coisa com Morgana, me deixa com medo de que algo aconteça com vocês.

– Eu entendo, desculpe por te gritado, mas Zelena já é uma adulta e tem magia, vai ficar tudo bem.

– Assim eu espero.

– Então, vamos jantar?
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Zelena despertou com muitas dores, como se tivesse caido de algum lugar muito alto. Estava muito escuro e ela não conseguia ver nada por mais que se esforçasse e suas mãos e pés estavam amarrados. Ela começou a gritar por ajuda, mas de nada adiantou. De repente alguém abriu a porta e um pouco de luz entrou, passos foram ouvidos e tudo ficou escuro novamente - Parece que finalmente você acordou, bela adormecida.

Zelena não pode acreditar de quem era aquela voz, seria simplesmente doloroso demais - Charlie...

– Sim - Ele acendeu a luz e ela se viu numa espécie de porão.

– Onde estou? Por que fez isso comigo?

– Onde está não interessa e acho que é meio óbvio o que eu fiz - Ele sorriu malignamente e a ruiva sentiu um frio subir pela sua espinha.

– Por que?

– Pois eu mandei - Morgana surgiu pela porta.

– Você...

– Sim. Não sei como acreditou em toda aquela história Zelena - Charlie falou se aproximando dela - Eu NUNCA estivesse apaixonado por você, tudo foi parte do plano.

Aquela sensação havia voltado, mesmo depois de todos esses anos era a mesma, ela se apaixonara perdidamente e tudo estava acabado de uma maneira tão cruel. Ela começou a chorar sem perceber - Não chore, o pior ainda nem chegou - Vivien apareceu.

Então veio a dor, era como se mil facas a perfurassem, ela gritou até não conseguir mais e tudo ficou escuro novamente.