Distante Terra dos Alpes

Capítulo 7: Boneco de Neve.


Capítulo 7: Boneco de Neve.

Lili amava a neve. Vash também gostava, mas não conseguia aproveitar muito bem os dias por estar sempre preocupado com a irmã.

– Deve se agasalhar bem.

A mais nova batia o pé, já impaciente, enquanto ele terminava de enrolar o cachecol.

– Quero sair logo. Todas as crianças da vizinhança estão lá fora brincando!! –resmungava ela, que costumava ser ignorada.

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– Hm...o que está faltando? - Vash a olhou da cabeça aos pés - Ah, luvas!

E assim ela teria que ficar pelo menos mais quinze minutos dentro de casa, até que ele conseguisse achá-las.

Lili era uma criança obediente. E esperou. Quando ele retornou e concluiu que não faltava mais nada, finalmente saíram.

A primeira coisa que Lili fez foi se jogar num montinho de neve.

– Ah! Tão gelada!! -ela ria enquanto sentia o rosto esfriar em contato com o branco.

– Lili, nossos pais disseram que só temos meia hora.

O aviso foi dado, mas ela não deu muita atenção. Não importava o tempo que tinha (sabia que Vash estava acompanhando cada minuto, ele sempre levava um relógio no pulso), ia se divertir bastante.

Resolveu então fazer um boneco de neve. E foi procurar o material que precisava em casa mesmo. Voltou com uma cenoura e um novelo de lã amarelo.

Mais alguns minutos e Lili já tinha dado forma à neve. Mas faltava concluir o boneco. E seu tempo estava acabando.

– Dois minutos. Não, um na verdade. Hora de voltar, Lili.

Ela deixou a cenoura afundar no rosto do boneco, que acabou deformado.

– Por favor, irmão... –em momentos como aquele, tinha que suplicar - ...só mais cinco minutos! Eu prometo que entro assim que terminar!!

– Nossos pais vão...

Mas o olhar dela conseguiu convencê-lo.

– T-Tudo bem, eu posso conversar com eles...e entre assim que terminar!

Ele foi para casa. Lili ficou sozinha por um tempo.

Quando Vash retornou para buscá-la teve uma surpresa. A menina sorriu para ele.

– Veja, irmão! Não ficou parecido? Eu fiz para você!!

Não se parecia tanto com ele, mas o que importava era a intenção.

– Obrigado. –murmurou, um tanto sem jeito.

Era uma pena...não tinha como registrar aquele momento. E teriam que deixar aquele boneco de neve ali, derretendo no dia seguinte caso fizesse sol ou sendo destruído por alguma criança travessa.