As ultimas semanas passaram bem rápidas. Fevereiro já chegava ao seu fim e Março já apontava. Rose Weasley e Scorpius Malfoy estavam bem mais próximos. O clima entre os dois ficara bem melhor depois daquela conversa. Claro que as implicâncias ainda continuavam, mas agora tinham um tom de brincadeira.

Lílian suspeitava que estava acontecendo alguma coisa. E Alvo já não aguentava mais ouvir Scorpius tecendo elogios a Rose.

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— Cara, acho que você está apaixonado – Alvo comentou em um dessas conversas.

— Quê? De onde você tirou essa ideia? Scorpius Malfoy nunca se apaixona – falou o garoto com arrogância.

— Mas é o que está parecendo. Você não para de falar na Rose – argumentou Alvo.

— Ela é minha amiga. Só – disse Scorpius.

— Sei...

A verdade é que Scorpius não sabia o que sentia por Rose. Eles se tornaram amigos, mas amigos sonham uns com outros? Muitas noites, Rose Weasley invadia o sonho de Scorpius Malfoy e o garoto acordava suspirando, desejando que os sonhos fossem reais.

Ele também não ficara com mais nenhuma outra garota. Louise Avery, uma garota loura de olhos azuis da sua Casa estava atrás dele havia uma semana. Scorpius a ignorava totalmente. Ele a achava extremamente metida e irritante.

Rose também não estava muito certa em relação aos seus sentimentos. Ela odiou Scorpius por 5 anos e agora estava começando a perceber que não tinha motivo para isso. Ou será que tinha? Ele ainda era um Malfoy! Seu pai nunca iria gostar dessa amizade. Mas ele não era nada do que Rony Weasley dissera. Talvez...

Mas por que estava pensando nisso? Eram só amigos. Não eram? Ela não sabia responder. Os sonhos dela também eram invadidos por Scorpius. E quando acordava, de uma forma estranha, queria que o sonho fosse real. Não contava para Lílian sobre isso. Sabia que a prima iria passar horas falando que sabia que isso aconteceria. Mas não era paixão. Ou era?

* * *

Rose e Scorpius dividiam uma mesa na estufa de Herbologia. Eles estavam fazendo um trabalho sobre as mandrágoras. O Prof. Longbottom perguntou as propriedades das mandrágoras. Para a surpresa de todos, a mão que se ergueu no ar não foi a de Rose Weasley.

— Sr. Malfoy? O senhor quer responder? – Neville perguntou, ainda surpreso.

— A mandrágora é um tônico reconstituinte muito forte. É usada para trazer de volta as pessoas que foram transformadas ou foram enfeitiçadas no seu estado natural – Scorpius disse de forma corretíssima.

— Parabéns, Sr. Malfoy. Está correto. 10 pontos para a Sonserina – falou o Prof. Longbottom.

Rose sorriu ao lado do garoto. Os dois se olharam e trocaram sorrisos. A menina estava muito orgulhosa do seu "aluno" e o sonserino estava feliz por despertar o orgulho da sua "professora".

* * *

Todos os professores estavam comentando o quanto Scorpius Malfoy tinha melhorado. O seu desempenho nas aulas durante os últimos três meses estavam deixando os professores surpresos e felizes. O garoto também não conseguira nenhuma detenção desde dezembro. Scorpius normalmente recebia duas detenções por mês por estar fora da cama em horários impróprios.

A Profª. McGonagall suspeitava que isso tivesse influência de Rose Weasley. Eles passavam tempo demais juntos. E no fundo, a diretora torcia para que isso fosse muito além de uma amizade. Quem sabe assim as famílias Weasley e Malfoy parariam de brigar?

Enquanto seus nomes eram o motivo de comentários dos professores, Rose Weasley e Scorpius Malfoy estudavam na biblioteca.

Foi um estudo divertido. Scorpius estava sabendo bem mais sobre Herbologia, Poções e Transfiguração agora do que antes do Natal. Já estavam a duas semanas do fim de março. E eles já estavam há mais de três horas na biblioteca. O tempo parecia voar quando estavam juntos. Rose se deu conta do horário e deu gritinho.

— Por Merlin, Scorpius! Já estamos há mais de três horas aqui! É melhor pararmos!

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— Ah, Rose! Eu queria continuar mais um pouco – resmungou Scorpius.

— Mas... – ela começou, mas foi cortada pelo garoto.

— Olha, faz assim: você vai embora e eu fico mais um tempinho aqui. Amanhã estudamos juntos de novo. Certo?

Rose sorriu e assentiu. Levantaram-se para se despedir. Eles trocaram um abraço rápido.

— Tchau – murmurou Rose.

Mas quando a garota virou para ir, Scorpius puxou seu braço, fazendo-a ir de encontro a ele e fazendo com que seus lábios se encontrassem.

Os dois se olharam. Não foi um beijo. Foi quase um selinho. Os lábios apenas se encostaram. Mas foi o suficiente para fazer o coração dos dois bater em um ritmo descompassado.

Eles estavam muito próximos. Centímetros de distância, mas nenhum dos dois teve coragem de quebrar a distância. Rose sentia que, se continuasse ali, não iria resistir. Afastou-se lentamente até a porta da biblioteca. Uma vez fora dela, correu como uma louca até a Torre da Grifinória.

Ao chegar no dormitório, se jogou na cama. Agarrou o pingente que Scorpius lhe dera no Natal e pensou no que acontecera. Scorpius lhe beijara. Não! Não foi um beijo! Mas foi quase. E agora, sozinha em sua cama, Rose passou as mãos lentamente em seus lábios e se permitiu em dar um sorriso bobo. Seja lá o que sentisse por Scorpius, não era apenas amizade.

Scorpius também não conseguiu mais estudar. Saiu da biblioteca pouco depois de Rose e rumou em direção às masmorras. Ele caminhava lentamente, repassando mentalmente o que acontecera. Ele beijara Rose Weasley! Ele quase beijara Rose Weasley! Seus lábios se tocaram e ele sentiu muito mais com esse simples toque do que com qualquer beijo de verdade com qualquer outra garota.

Chegando ao seu dormitório, fez a mesma coisa que Rose, jogou-se em sua cama. Lentamente passou as mãos pelos seus lábios. Sorriu. Lembrou-se de tudo o que passara com Rose até aquele momento. E ele enfim admitiu para si mesmo. Scorpius Malfoy estava apaixonado.