Hunt at Night
O fim
Mamãe me olhou não acreditando no que via. Por longos minutos ela ficou me olhando e, de repente percebeu que eu estava realmente ali. Levantou rápido do sofá e veio na minha direção. Seus braços se jogaram em minha volta e suas lagrimas caíram.
–Mamãe, eu estou bem – falei tentando acalmá-la. Então seu abraço apertou e eu já não sabia se estava tão bem.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–Ainda bem,minha querida – disse ela me apertando- o que esta sentindo agora?
– Falta ...de ar...- falei pois aquilo era verdade. Eu sentia meu cérebro em alerta pedindo mais oxigênio.
Mamãe me largou e por fim, meus pulmões captaram o ar que precisava. Depois virei para todos e disse:
– Eu vim em paz, humanos- falei com uma voz mais grave e tentando me manter séria.
– Você é desse planeta também! – disse Beatrice saindo do meio das caçadoras e me abraçando.
– Que coisa ein?- exclamei rindo e a abracei.
Os próximos minutos foram muita comemoração. Todas as garotas riam e me abraçaram, dizendo que estavam muito felizes por eu ter voltado. Depois que tudo se acalmou e Bryan acordou, sentamos todos na sala e contei tudo que me aconteceu. Ártemis pareceu a pessoa mais interessada no assunto, mas não me interrompeu instante algum. Expliquei como sai do galpão após a explosão; que fiquei desacordada alguns dias e que os lobos cuidaram de mim. A deusa parecia se divertir com a história, como se tudo que aconteceu fosse novo. Quando terminei, senti uma sensação no corpo meio estranha, pressenti a chegada de alguém, então caminhei até a porta e a abri. Artie entrou pela porta e se curvou a Ártemis. A deusa apenas assentiu com a cabeça e o lobo se virou para mim.
“ Eu estava ouvindo a história e, então agora vai perguntar sobre a tatuagem?” pergunto ele.
–Vou.- respondi.
Olhei em volta e vi que todos me olhavam assustados, menos Ártemis que reagia a tudo diferentemente.
– Isso é incrível. Ty Lee, você consegui se comunicar com Artie?- perguntou a deusa.
–Consigo. Porque?- perguntei.
Stella se aproximou e disse:
– Nenhuma caçadora fez isso, só a deusa Ártemis.- exclamou ela.
– Em outra época, alguns séculos atrás, algumas de minhas caçadoras havia a mesma habilidade de se comunicar com os lobos, as com sangue mais forte. Com o passar do tempo, essa habilidade foi perdida. – explicou a deusa.
“Que estanho isso” comentou Artie.
– Bastante. - falei. E como esperando todos me olharam com cara de desentendidos. Para nada ficar estranho , eu disse: - Ele só disse que é estranho isso.
As caçadoras concordaram. Aproximei-me e estiquei o braço, mostrando a tatuagem.
–My lady, sabe o que é isso ?- perguntei.
Deusa se aproximou e analisou bem. Pensei que ia ser a mesma coisa com Artie, mil anos de estudo e nada.
–É uma ligação.- disse a deusa por fim.
– e o que significa?- continuei perguntando.
– É tipo uma empatia, ocorre entre um lobo da caçada e uma caçadora. Numa prova de gratidão em um ocorrido de vida ou morte, as almas dos dois seres se interligam, como um jeito de o outro ficar vivo. Isso é bem perigoso, mas também muito útil. O medo que você sentirá será passado para o lobo como outros sentimentos, bons ou ruins. As caçadoras já tem os sentidos apurados, mas com a ligação eles são ainda mais apurados, como de um lobo. Mas é claro que o perigo também dobra. Se caso um dos dois da ligação morra, o outro terá o mesmo destino. Com o tempo e prática, vocês dois trabalharam em perfeita harmonia. São fortes separados e, mais fortes juntos. É claro que não poderá se afastar muito um do outro e nem desfazer a ligação. Poderão até se comunicar por pensamentos, o que é bem útil, mas tudo ao seu tempo. Eu vi apenas uma fez essa ligação e foi a muito tempo mesmo. – terminou a deusa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fiquei uns minutos sem me mover, absorvendo cada palavra dita.
“ Bom, isso parece bem interessante” disse Artie, dando uma risada.
– Não é tão mal afinal. Pode até ser legal. – afirmei forçando um sorriso.
“ Isso ai” concordou ele.
Depois de muito tempo, fomos embora. Foi difícil convencer a mamãe que eu ficaria bem e que tomaria muito cuidado. Antes de irmos, Stella e Beatice cuidaram de meus machucados e dores, e logo me senti melhor.
Bom aqui estamos, acampadas em Manhattan, esperando pelas próximas aventuras. Esperando para salvar ou até mesmo mudar o mundo. Aposto que agora, depois de ter lido tudo que lhe contei ai em cima, não acha mais as caçadoras tão chatas, não é? Espero que a resposta seja não, pois não somos. Mandonas sim, mas ainda com o coração mais puro exista. Somos legais e até divertidas, mas é claro se chegar a realmente nos conhecer. Sabe, quando escolhemos a caçada, escolhemos pensar em nós mesmas, em não sofrer por coração partido, nem esperar muito dos homens. Escolhemos ser fortes, corajosas, determinadas. Não somos ‘supers’ e nem ‘masters’, mas sabemos que juntas podemos fazer a diferença. Ganhamos uma nova família e conhecemos novos lugares. Seguimos nossos corações. Não sei o que pode achar dessa história, boa ou não, mas sei que ela fez você refletir e reaver tudo que a achava das caçadoras. Eu realmente espero que tenha gostado da minha história, pois gostei de contá-la .Agora preciso ir, antes que mais monstros apareçam e, o Artie mandou uma mensagem a vocês:
“ Até logo, pois isso não é o fim.”
Fale com o autor