A Nova Uzumaki

O teste final - Parte 1


Eram 6 da madrugada, o sol nem se levantara direito e a maioria dos habitantes de Konoha ainda dormia tranquilamente. O que não era o caso de três gennins.

Como Moegi havia mandado, Niji, Saori e Kentaro rumavam para o campo de treinamento 8 de manhã cedinho. E a visão que tiveram ao chegarem lá, foi incrível: O campo estava coberto por flores das mais diversas cores e tipos. O nascer do sol ao fundo tornou aquilo mais lindo.

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— Uau... - Saori e Niji murmuraram ao mesmo tempo.

— Fala sério, isso só pode ser brincadeira. - Resmungou Keitaro. E Hachiko apoiou com um ganido.

Quanto mais chegavam perto, mais o campo de flores se estendia. Porém, em algum momento, viram algo naquele meio que não era uma flor. Ou melhor, era alguém.

— É a Moegi-sensei! - Saori exclamou ao reconhecer a figura da mulher. - Oee, sensei!!

Moegi se virou ao ouvir alguém lhe chamando e reconhecendo seus três alunos, se levantou e foi andando calmamente até eles.

— Vocês estão atrasados. - Declarou, assim que ficou a frente deles, pegando as crianças de surpresa.

— Como assim? - Keitaro foi o primeiro a exclamar.

— Nós chegamos cedinho, como você mandou. - Argumentou Saori.

— Eu disse para chegarem bem cedinho. - A sensei rebateu. - E isso significa umas cinco da madruga.

— Mas você não explicou direito, caramba! - Kentaro esbravejou. - Podia só ter dito o horário logo de uma vez!

— Opa, calma aí, rapaz. - Falou Moegi. - Por que já está tão bravinho a essa hora da manhã?

— Por que?! Por que?! Eu vou te dizer o porquê! - O Inuzuka se exaltava mais a cada minuto. - Porque além de eu ter duas garotas como companheiras de time, desde ontem eu descobri que minha sensei também é uma garota! O que você acha que pode me ensinar? Eu preferia mil vezes ter aquele cara com a cicatriz no rosto como sensei!

E acabou. Kentaro, ofegante pelo discurso que foi gritado, apenas encarava Moegi com a expressão ainda enraivecida. Niji e Saori estavam ambas chocadas com as palavras do amigo. Quanto à Moegi, ficou digerindo as palavras do aluno por um tempo, até que teve a reação menos esperada: ela sorriu docemente para o Inuzuka.

— Entendo. Então você acha que eu não sou qualificada para ser sua sensei só porque sou uma garota. - Deduziu. E Kentaro estava surpreso demais com aquela reação para sequer assentir. - E pela sua descrição, você gostaria de ser aluno do Kaoru-kun, um cara alto, de voz grossa e com uma cicatriz enorme no rosto. - Dessa vez ele concordou. - É, boa escolha, ele é mesmo um grande Shinobi. - Ela falou como se fosse um assunto corriqueiro. - Sabia que Kaoru-kun lutou na Quarta Guerra Ninja? Foi lá que ele ganhou aquela cicatriz inclusive. Ele era extremamente jovem na época, viu tantas mortes que ficou traumatizado e ficou num centro de reabilitação durante cinco meses quando tudo acabou.

Enquanto Moegi parecia contar uma história para o aluno, Niji e Saori se entreolhavam, perguntavam-se onde a sensei queria chegar com aquilo.

— Kaoru-kun não tem mais permissão para fazer missões acima de nível C, porque pode ter uma recaída e perder o controle. - Moegi continuou. - Na verdade, ele nem deveria ter se tornado um sensei, mas o psicólogo que o acompanha até hoje achou que seria bom pra ele. Kaoru-kun é realmente um homem perigoso. Mas você sabe o que é mais perigoso do que ele, Keitaro?

— O que... ? - O Inuzuka indagou. Porém, a sensei simplesmente desapareceu diante de seus olhos. Sério! Num segundo ela estava ali na sua frente, e no outro não estava. - Pra onde ela...

Keitaro não conseguiu completar. Um arrepio lhe atravessou todo o corpo ao sentir uma ponta afiada em sua nuca.

— Mais perigoso que o Kaoru-kun - A voz de Moegi soou. Ela ficou atrás do aluno, precionando uma kunai contra a nuca do mesmo. - É falar algo tão machista perto de mim de novo.

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E tudo ficou em silêncio. Kentaro continuava em choque, Niji e Saori congeladas pelo que viam e Moegi ainda com a kunai em mira.

— P-por favor. - Niji foi a primeira a se pronunciar. - Deixe o Kentaro, Moegi-sensei. Ele não fez por mal.

— É! Ele fala essas bobagens de vez em quando, mas acredite, não é pessoal! - Saori apoiou.

"Hum... pelo menos eles cuidam um do outro." - Observou a sensei. - Isso é verdade, Kentaro? - Perguntou, ainda empunhando a kunai.

— É-é, sim! - O Inuzuka respondeu, suando frio. - Me desculpe, Moegi-sensei, é que eu não dormi muito bem essa noite. - Suspirou quando sentiu finalmente a kunai se afastar de sua nuca.

— Você está cansado, é? - Indagou ela, levantando-se. - Então pode dormir um pouquinho. - E deu um golpe certeiro na do garoto.

As meninas assistiam chocadar o corpo do amigo cair inerte no chão, e o único som ainda ouvido eram os latidos de Hachiko.

— Ora, vamos, não me olhem assim. - Pediu Moegi, vendo as alunas a olharem incrédulas. - Ele mesmo disse que estava cansado, só o ajudei a pegar no sono mais rápido. - Explicou. Mas Hachiko continuava a latir; aquilo já estava irritando-a. - Calado! - Ela mandou. E Hachiko realmente parou de latir e abaixou a cabeça.

"Até o cachorro está precisando de treinamento. Vai ser mais complicado do que eu imaginei." - Ela suspirou.

— Bem, vocês querem ficar aqui de pé, ou preferem relachar na sombra de uma árvore até ele acordar? - Questionou Moegi, pegando Kentaro e o arrastando até uma árvore.

Niji e Saori a seguiram, juntamente com Hachiko.

— Mas o que vamos fazer até que ele acorde, sensei? - Perguntou a rosada.

— Estão com fome? - Moegi respondeu com outra pergunta, mostrando três bentous.

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Algum tempo depois, Kentaro acordou. Ele até começou a gritar com a sensei, mas a lembrança da kunai em sua nuca o fez se calar.

— Muito bem, me sigam vocês três. - Moegi mandou, já de pé. Hachiko deu um latido em protesto. - Desculpe; vocês quatro. - Ela se corrigiu.

Os gennins se levantaram e foram atrás da sensei. Já deveriam ser umas sete, oito da manhã. Eles andaram por entre o campo de flores até que chegaram em uma outra parte. Diferente do resto, as flores daquele lugar eram completamente idênticas (pelo menos de longe), brancas e com a parte inferior das pétalas levemente arroxeadas.

— Estão vendo aquelas flores brancas ali? - Moegi perguntou quando pararam. E as crianças assentiram. - De longe, elas parecem todas iguais, mas existem mínimas diferenças. A maioria delas pode servir para fazer um bom perfume, já outras tem um veneno mortal quando ingeridas. Mas uma, e apenas uma, pode fazer um delicioso chá. A missão de vocês é encontrar essa flor.

Aquilo chocou o trio de gennins. Eles não iriam só treinar hoje? Mas mesmo que fossem em alguma missão, por que aquilo?

— Espera aí, que história é essa? Você não disse que teríamos uma missão! - Que protestou foi Saori.

— É porque isso não é bem uma missão, está mais para um... exercício de treinamento. - Moegi explicou.

— Mas, sensei, nós já fizemos todos os exercícios necessários na academia. - Niji argumentou.

— Mas é claro, ninguém contou a vocês. - A mulher bateu na própria testa, falando mais consigo do que com os alunos. Não é de se admirar, isso costuma ser uma surpresa mesmo.

— Mas do que é que você está falando? - Keitaro não estava entendendo nada.

— De todos os alunos que se formam na academia, geralmente apenas nove se tornam gennin. - Ela revelou, agora sim espantando as três crianças. - O teste final de vocês é comigo. Apenas eu posso julgar se vocês vão ou não continuar a ser meus alunos a partir de amanhã.