Sua mãe está viva.

Violetta Castillo

Anteriormente..

A tarde passou, e já era 18:45, todos já haviam ido embora, estavamos apenas eu e minhas princesinhas. Então resolvi ir até na casa do papai, afinal, ainda não tinha ido vê-los, e nem minha maninha, Clara. Então fomos nos arrumar...

Atualmente...

Peguei Angel e Melissa e às levei até o meu quarto, elas já tinham tomado banho assim que saíram da piscina, apenas mudaria as roupas das mesmas por outras mais adequadas para a ocasião. Mel vestiu a roupa rosa e Angel a preta.

Assim que dei a notícia a elas que iríamos ver meu pai, ou seja, avô delas, elas ficaram super animadas. A última vez que nos vimos pessoalmente, as gêmeas tinham apenas 9 meses, desde então, nos falamos apenas pelo celular, e Webcam. Angel e Melissa se apegaram muito ao papai, apesar de não vê-lo pessoalmente desde pequeninas, imagina quando elas o virem cara a cara!

Assim que estávamos todas prontas, apenas peguei minha bolsa.

Saí de casa, tranquei a porta, e peguei na mão das duas indo até o elevador. Como sempre, elas não paravam quietas um momento, e por azar, o elevador estava um pouco cheio.

Segurei com força a mão das duas, a última coisa que eu queria era perder minhas filhas dentro de um elevador, né! Isso seria demais até para mim!

Assim que, enfim, saímos daquele aperto, nos dirigimos até o estacionamento em silêncio(milagre), e quando chegamos logo arrumei as duas nas cadeirinhas e me sentei, colocando a chave na ignição e ligando o carro...

León Vargas

Bom, agora eu estava no Motocross, saí da casa da Vilu há mais ou menos uma hora, e vim diretamente pra cá, precisava treinar para uma competição que estava próxima.

Mas minha cabeça estava longe, estava na tarde maravilhosa que eu tive hoje, quer dizer, estava tudo maravilhoso, a única coisa que estragou esse dia, não permitindo que ele fosse perfeito, foi a Lara, com aquela possessividade dela.

O que ela tinha na cabeça de machucar a Melissa daquele jeito?! Eu fiquei pasmo com aquela reação, certo que eu sabia que ela tinha ciúmes de mim, principalmente com a Violetta, mas colocar uma criança indefesa no meio dessa "rixa" que ela tem com a Violetta é demasiadamente desnecessário, que culpa a Angel e a Melissa têm da Lara odiar tanto a Violetta? São apenas crianças, duas garotinhas lindas que, naquele momento, pareciam dois cãezinhos sem donos.

Eu precisava falar urgentemente com a Lara! Isso não pode ficar assim, se for pra agir dessa maneira, prefiro acabar com esse namoro de uma vez por todas, afinal, não tenho nada a perder, pelo contrário, só irei sair ganhando com esse futuro término que está por vir!

Outra coisa que me deixou um pouco intrigado essa tarde, foi ver a Vilu chorar perto da piscina. Algo havia acontecido, mas nem ela, e nem Francesa ousaram dizer nada, e se às conheço bem, elas jamais quebrariam a promessa uma da outra, pois Francesa tentava de todas as maneiras inventar uma desculpa do porquê de Violetta estar chorando.

Eu não insisti muito, isso só as deixariam estressadas, e no momento, minha relação com a Violetta está ótima! E não seria eu a estragar isso!

Mas mesmo assim, eu preciso descobrir o que aflige tanto a Vilu, minha pequena não está bem, eu sei disso, mas o principal eu não sei: O motivo.

— LEÓN! — Meu técnico grita, me fazendo voltar à realidade.

— Oi? Desculpa. Estava um pouco distraído. — Digo coçando a nuca.

— Percebi. Você não prestou atenção em nada que eu disse sobre essa sua nova corrida! Você precisa prestar atenção, León, essa corrida é um grande passo para sua carreira. Conseguindo ficar em um dos três primeiros lugares, você vai para Madri e terá um ótimo reconhecimento mundial. — Ele diz suspirando.

— Tá, tudo bem. Prometo prestar mais atenção. — Digo sincero.

— Okay, mas agora vá para sua casa e descanse, amanhã você volta. Você está muito distraído hoje e não iremos conseguir nenhum progresso com você desse jeito. — Ele diz.

— Tudo bem. Tchau, então. — Me despedi de todos os funcionários e estava pronto.

Segui até minha moto, logo dando partida, rumo a casa de Lara. Precisava deixar algumas coisas "claras" entre nós!

Violetta Castillo

Assim que chegamos na casa de papai, desci do carro e logo em seguida tirei as gêmeas das cadeirinhas.

Ambas estavam eufóricas com a ideia de conhecer o avô e "avó", não paravam quietas um segundo sequer. Fiquei encarando aquela mansão enorme por algum tempinho, até que Angel e Melissa puxam a barra do meu vestido fazendo-me voltar à realidade. Balancei a cabeça tentando "acordar" e parece que deu certo.

Peguei-as pela mão e fui até a porta. Parei em frente a mesma, e meio que fiquei em estado de choque, não sei porquê, na verdade, pois meu pai sabia das gêmeas, e sempre me apoiou em tudo. Talvez algo me esperasse através dessa porta.

Enfim tomei coragem e apertei a campainha, afinal, o que de tão grave poderia ser?! Meu pai sempre me deixou à par de tudo o que acontecia enquanto eu estava na França, nos mínimos detalhes.

Depois de esperar por alguns minutos, enfim a porta é aberta por Olga. Ela apenas abre a porta diz um: "Entre. Aguarde um segundo, irei chamar o senhor Germán!", assim ela se virou e foi em direção ao escritório, mas na metade do caminho, ela para, se vira, e olha novamente para mim e arregala os olhos:

— Minha pequenina! — Ela grita e vem correndo me abraçar.

— Oi, Olguinha! — Digo rindo e retribuindo o abraço — Que saudades de você me sufocando desse jeito! — Digo brincando.

— Aii, minha pequenina tá de volta! — Ela grita e a porta do escritório é aberta.

— Olga! Olha a gritaria! A Angie vai brigar com você, pois você vai acabar acordando a Clara se continuar gritan... — antes de terminar de formular a frase, ele olha para mim, olha para Olga, e novamente volta seu olhar para mim — Violetta?! — Ele pergunta em dúvida.

— Eu mesma! — Digo sorrindo.

— Vilu, filha. Finalmente você voltou pro seu papai! Cadê minhas netinhas?! — Ele diz feliz me dando aquele abraço.

— Olga e Germán! Parem com a gritaria! — Angie desce as escadas com uma bebezinha no colo, e que supostamente seria minha maninha — Vilu! — Ela grita e a bebê bate palminhas.

— Oi, Angie, estava morrendo de saudades! — Digo a abraçando também. — Oi maninha — Dou um beijo na testa dela, que grita "naa" e rimos.

— Cadê minhas netas?! Não vá me dizer que não às trouxe, Violetta! —Papai diz sério.

— Claro que não pai! — Reviro os olhos.

Vou até a porta, e as duas estavam lá, atrás de uma pequena planta:

— Meninas — Digo rindo.

— Oi, maman. — Elas dizem.

— Vem, vocês não queriam conhecer o vovô?! — Pergunto com a sobrancelha arqueada, e elas assentem — Então venham! — Digo e as duas vêm até mim grudando em minha mão.

— Aiii... que lindinhas minhas duas novas pequeninas! — Olga diz e agarra as duas que se assustam um pouco.

— Olga, irá assustá-las desse jeito! — Papai diz rindo.

— Tem razão, eu vou preparar um bolo de chocolate para vocês, a mamãe de vocês adora! — Ela diz feliz e sai cantando em direção a cozinha e nós rimos.

— Oi, meninas! Eu sou o vovô de vocês. — Papai se abaixa à altura das duas — Não vão me dar nem um abraço?! — Ele pergunta sorrindo e as duas o abraçam.

— E você é quem?! — Angel pergunta olhando em direção a Angie, que ri.

— Eu sou a...

— Avó? — Pergunto em dúvida se poderia dizer isso e Angie sorri.

— Eu sou a vovó de vocês. — Ela diz e Angel sorri satisfeita com a resposta — E eu também quero um abraço, viu?! — Ela diz e Angel a abraça e em seguida Mel...

León Vargas

Assim que cheguei à casa de Lara, estacionei a moto, e fui até a porta e toquei a campainha. Logo Lara abre a porta com um sorriso no rosto e dá passagem para mim entrar, assim o fiz:

— Lara, precisamos conversar! — Digo sério.

— Sim, León, precisamos conversar mesmo! — Ela diz com um sorriso no rosto, e eu estranhei um pouco.

— Tudo bem, eu começo — digo pronto para falar que devemos terminar. — Acho melhor nós...

— Eu estou grávida, León...

Violetta Castillo

Assim que expliquei quando voltei para Buenos Aires; onde eu estou morando; no que eu estou trabalhando e tals, fomos jantar. Durante a janta, percebi um certo incômodo entre papai e Angie, como se ambos estivessem escondendo algo de mim, e que nenhum tinha coragem suficiente para contar o que era...

Quando terminamos de jantar, já era 22h30, com muita insistência de papai e Angie, eu acabei aceitando a proposta de dormir ali aquela noite, diz eles que é saudade, mas eu acho é que tem mais coisa envolvida nisso.

Fui até o quarto de hóspedes que Olga preparou, e dei banho em Angel e Melissa e as coloquei na cama.

Já era 23h00, assim que elas dormiram com os pijamas de Isabella, que estavam ali, saí do quarto e desci até a sala aonde papai e Angie se encontravam um pouco nervosos:

— Ok, agora que a Angel, a Mel e a Clara dormiram, vocês podem me falar o que os preocupam, pois eu sem que algo está os perturbando! — Digo séria e me sentando no sofá de frente aos dois.

— Bom, Vilu, isso não é algo fácil de se dizer e, bom, também não é algo normal a se dizer, mas...

— Ah, pai, vá logo ao que interessa, por favor. O que está acontecendo?! — Digo estressada e curiosa ao mesmo tempo.

— Sua mãe está viva, Violetta...