I Won't Give Up

Segredos Descobertos


Saí da caverna tentando lutar contra as lágrimas que o medo de perdê-lo me causou.

– Fel, o que houve?– Me questionou Roy assim que encostei no bar da boate.

– O Oliver. Ele houve.– Respondi triste.

– O que ele fez dessa vez?– Peguntou se inclinando em minha direção.

– Decisões idiotas, tão idiotas que poderiam custar a vida dele, Dig ou Nyssa.– Falei olhando o rastreador dele no meu celular. – Tenho que ir, ele está chegando. Thea também, dê um beijo nela por mim.– Thea tinha ido ajudar num assalto a banco, e tinha se dado muito bem nessa.

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Corri para meu carro e dirigi até o meu, não mais tão meu apartamento. Entrei e fui direto para o congelador atrás de sorvete, só tinha um pote. Peguei uma colher e me joguei no sofá. Já passava da metade do pote quando Nyssa entrou sorrindo. Ao me ver com os olhos inchados, se senta ao meu lado e puxa minha cabeça para seu colo.

Só percebi que tinha voltado a chorar, quando ouvi meus próprios soluços.

– Ei loira, está tudo bem.– Nyssa falou acariciando meus cabelos, me acalmei e sentei novamente. – Eu sei que não foi a decisão mais inteligente, mas era a única disponível, eles tinham o Dig.– Explicou me olhando.

– Eu sei, mas vocês não me disseram o que iam fazer, eu pensei que tinham acertado um de vocês. Eu tive medo, muito medo.– Expliquei meu ponto de vista.

Nyssa me olhou confusa.

– Mas ele não já fez missões mais perigosas que essa?– Perguntou.

Suspirei. Ela estava certa, não fazia sentido essas lágrimas.

– Já, mas sei lá, eu senti muito medo. Oliver tinha me dito mais cedo que eu não tinha por que ter medo dele não voltar e hoje ele me fez sentir esse medo.– Expliquei e Nyssa assentiu.

– Então você mudou de ideia sobre morar com ele?– Perguntou assustada. Ri e neguei.

– Quer se ver livre de mim não é?– Questionei rindo.

– Você sabe que não.– Se defendeu. – Ele te faz bem e você a ele.– Sorri com a declaração dela.

– Mudando de assunto... Por que você entrou com aquele sorriso?– Mudei de assunto, já que esses tempos não tinha sido uma amiga presente.

– Você não vai acreditar loira.– A olhei com expectativa. – Tinha saído para fazer compras de casa, sabe? E...

Sem conseguir me controlar, a interrompi rindo.

– Espera. Você fazendo compras? Você? Realmente não acredito.– Disse gargalhando e recebi uma almofada na cabeça. – Continue.

– Sério. Estava distraída e me bati num cara alto e moreno. LINDO.– Deu ênfase no lindo e me surpreendeu com isso. – Ele se desculpou e eu também. Continuei minhas compras, mas não tirei ele da minha cabeça, na saída nos batemos de novo, e dei um pequeno sorriso, estava dando as costas quando ele me puxou e me deixou sem ar.– Falou olhando para a janela.

– O que? Oh meu Deus!– Falei animada, quase pulando no sofá.

– Não fique tão animada assim loira.– Nyssa me repreendeu suavemente.

– Por que?– Perguntei confusa.

– Por que ele me beijou e eu corri,corri por que eu senti como se... Estivesse traindo a Sara.– Terminou em um sussurro.

Foi minha vez de acolher Nyssa num abraço.

– Lembra que na carta ele pediu para que você não desistisse de amar? Então você não a traiu.– Tentei fazer ela entender isso.

Passamos alguns minutos discutindo sobre isso, até que Nyssa se deu por vencida. Conversamos até tarde e eu me lembrar que tinha que trabalhar. Me preparei para dormir e assim que me deitei, me dei conta de quanta falta Oliver me faz, só agora vi o quanto eu fiquei dependente dele. me amaldiçoei por não ter ficado e ido para casa com ele. Acabei dormindo.

Levantei atrasada por que meu celular pifou, meu pneu furou no meio caminho para a PT, derramei café em documentos importantes, resumindo meu dia estava uma merda.

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Tive uma reunião e quando voltei para a sala e me deparei com Oliver me esperando.

– Oliver?– Perguntei confusa. – O que está fazendo aqui?
– Oi amor.– Respondeu irônico. – Já que você não me atende tive que vir aqui. Fiquei preocupado.
Ia sorrir, mas resolvi não fazer isso.
– Estou bem como pode ver.– Respondo seca.
– Por que você está assim? Por causa da coisa das luzes?– Perguntou calmo.
– Sim.– Respondi irritada. – Antes, você tinha me dito que não tinha por que ter medo que você sempre voltaria...
– Eu voltei.– Me interrompi.
– Mas poderia não ter voltado.– Retruquei. – Esse é o ponto. Você poderia levar um tiro e morrer.
– Eu já levei tiros e estou vivo até hoje.– Falou,o que me deu mais raiva.
– Você não é invencível Oliver.– Falei baixinho. – E ontem eu por um momento, foi tudo o que conseguia pensar.

Meu coração apertou ao me lembrar de como me senti, quando achei que algo poderia acontecer.

– Ei.– Falou levantando meu rosto com carinho. – Vão ter momentos em que vou ter que arriscar, mas mesmo que me machuque, sempre terei um motivo para melhorar.

Me deu um selinho e se afatou, olhei para ele em busca de mais. Sorrindo para me beijar, e teria beijado se Ray não tivesse aparecido.

– Felicity? Oh, desculpe.– Pediu.
– Sim Ray?– Questionei dando um passo atrás.
– Depois pode trazer os arquivos das minas? Aquelas que fomos conversar num jantar?– Vi o maxilar de Oliver travar, assenti. – Queen.– Cumprimentou Oliver que só acenou com a cabeça.
– Oliv...– Ia dizer para não se preocupar quando fui interrompida por um beijo, urgente e com paixão. Quandos nos separarmos, Oliver colou nossas testas. – O que foi esse beijo?– Perguntei tentando recuperar o fôlego.
– Para que quando você pegar cada maldito arquivo daquele maldito dia, se lembre desse beijo.– Pediu.
– Pode deixar.– Falei, já vendo o que faria quando saísse daqui. – Ah, vou pegar o Connor e vou pegar o resto das minhas coisas para levar, ok?
– Sim. Te encontro, ou na Verdant, ou em casa.– Me disse já saindo da sala.

O resto do dia passou como um borrão. Saí da empresa, fui pegar Connor na escola e fomos para o apartamento que agora era de Nyssa. Encaixotamos tudo e colocamos no meu carro. Liguei para Nyssa e pedi que ficasse com Connor hoje, ela dise que tudo bem e estava indo para casa.

Subimos as caixas com minhas coisas com a ajuda do porteiro, eu e Connor colocamos tudo na sala e saímos para comer. Fomos ao Big Belly Burger, ele amou, já estava de noite quando saímos de lá rindo e felizes. Tomamos o beco ao lado da lanchonete para chegarmos ao carro, Connor com um milk shake enorme.

Liguei para Oliver para avisar que tinha tudo resolvido já.

– Oi.– Atendeu sorrindo.
– Oliver já fui em casa, vou deixar Connor com Nyssa e estou indo para aí.– Avisei animada, estávamos passando por um beco já escuro, ouvi passos atrás de nós e aumentei a velocidade, Connor não percebeu distraído.
– E ele vai dormir por lá? – Questionei animado.
– Sim, mas... – Parei de falar quando um homem apareceu na nossa frente. Nos virei para voltarmos, mas tinha outro homem atrás de nós, nos prendendo.

Ouvi a voz de Oliver ao longe no celular, mas o pânico me impediu de entender.

– Gracinha... Não devia andar essas horas da noite assim.– Um dos homens falou. – Pode ser perigoso.

– Eu sei me cuidar.– Respondi rápido.

– É, pode até ser, mas vamos ver se você sabe cuidar de nós...– O outro falou com um sorriso macabro.

– Fel...– Connor choramingou.

– Se você não se comportar, seu filho vai sofrer.– Falou o homem que estava perto de Connor com uma arma.

– Shiu, vai ficar tudo bem.– Tentei tranquilizá-lo, mas não deu certo. Um dos homens me empurrou na parede e alisou minha perna. Contrariando todas as instruções deles, gritei. – SOCORRO!

Ele me deu um tapa no rosto e continuou subindo a mão pela minha perna, dei um chute no meio de suas pernas e dois murros no seu rosto o deixando desacordado.

– Vadia.– O homem que segurava Connor falou puxando uma arma e apontado para ele. Todas as aulas com Nyssa e Thea sumiram da minha mente. - Mais uma gracinha e eu mato o garoto.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Connor.

– Ei meu amor, vai ficar tudo bem.– Falei mais uma vez tentando acalmá-lo. - Posso abraçá-lo? Preciso acalmá-lo.– Perguntei ao homem armado. Ele assentiu relutante. Connor correu e me abraçou apertado. – Connor, quando eu ficar em pé, você vai correr e procurar ajuda, não me desobedeça.– Sussurrei em seu ouvido.

Fiquei em pé e me lancei contra o homem armado, tentei desarmá-lo, ele me derrubou e apontou a arma para mim.

– Sua puta.– Ele xingou secando sangue que escorria de seu nariz. – Agora eu vou te matar.

Assim que ele falou uma flecha cortou o ar e acertou seu braço. Oliver correu em minha direção e nocauteou o homem e me levantou do chão.

– Você está bem?– Perguntou com o modulador de voz ligado.

– Sim.– Sussurrei. Oliver me abraçou e ficou dando beijos no meu cabelo enquanto eu tentava me acalmar. – Connor?– Chamei assustada.

Ele veio correndo em minha direção e assim que soltei Oliver ele me abraçou.

– Eu disse que tudo ia ficar bem.– Falei para ele que me deu um sorriso.

– A polícia está a caminho.– Oliver falou no modo Arrow.

Fiquei abraçada a Connor até que ouvi as sirenes. Oliver deu as costas e antes que ele sumisse, corri em sua direção e o abracei. Ele pousou as mãos na minha cintura e me deu um suave beijo nos cabelos. E sumiu na escuridão.

Logo detetives apareceram e tomaram meu depoimento e de Connor, nos levaram para o apartamento de Oliver. Cinco minutos depois deles nos deixarem em casa, a porta abriu e Oliver entrou já nos abraçando, a mim e a Connor de uma vez só. Quando nos soltou, Connor sorria olhando para o pai.

– O que foi?– Oliver perguntou.

– Meu pai é o arqueiro.– Falou com os ohos brilhando.

Me desequilibrei e me sentei no sofá.

– Quem te disse isso?– Perguntei assustada.

– Ninguém. Eu vi.– Ele disse dando de ombros. – Eu tinha minhas dúvidas, mas hoje quando você abraçou a Felicity e ficou dando beijos em seu cabelo e depois ela correu até você pai, que envolveu a cintura dela como toda vez que vocês vão para lugares diferentes.

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– Connor, um abraço que o arqueiro retribuiu não quer dizer que ele e seu pai são a mesma pessoa. – Tentei tirar essa ideia da cabeça dele.

– Então a não ser que você abrace outro homem do mesmo jeito que abraça meu pai, meu pai é o arqueiro. Além do fato que você usa esse colar com flechas, que meu pai te deu.– Falou apontando para meu pescoço.

– Garoto esperto.– Oliver falou com um pequeno sorriso.

Respirei aliviada que não guardavamos mais segredos de Connor. Enfim nossos segredos foram descobertos.