Uma tal de Dolores Umbridge seria nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Me lembro que meu pai já a mencionou uma o duas vezes em casa, e não era de maneira elogiosa. Ela era a Subsecretária Sênior do Ministro da Magia. Papai a detestava e agora vejo o por que.

Umbridge parecia com a tia solteirona de alguém, sendo atarracada, com os cabelos curtos castanho-acinzentados e se vestindo toda de rosa. E o jeito que interrompera o professor Dumbledore para falar com aquela voz tola e enjoada me fez desgostar dela fervorosamente. E o discurso que fez sobre "o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições comprovadas raramente exigem remendos"? O que aquela mulher queria dizer com isso? Por Merlin!

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A essa altura, Cho Chang, uma garota também da Corvinal, já conversava novamente com as amigas. Até mesmo Luna, já pegara sua revista O Pasquim para ler. Claire, uma das garotas com as quais eu divido o dormitório, deitou a cabeça na mesa e fechou os olhos.

Eu gostaria de saber o que Dolores Umbridge estava planejando. Aquele discurso estava muito estranho e longo para o meu gosto.

Olhei para Annelize na mesa da Sonserina do outro lado do Salão Principal. Ela estava como eu imaginei que ela iria estar; com o cenho franzido e os olhos estreitos. Com certeza também não havia gostado do discurso de Dolores, e isso queria dizer que ela iria aprontar muito com a Umbridge. As vezes eu me pergunto o por que de Lissie não ser amiga de Fred e George Weasley.

Passei os olhos pelo resto da mesa da Sonserina e encontrei Adrian junto com outro garoto que eu não sabia o nome. A mesa da Sonserina prestava grande atenção ao que Dolores Umbridge dizia.

Depois de um tempo, professor Dumbledore nos dispensou para irmos dormir, afinal amanhã era o nosso primeiro dia letivo. Annelize acenou para mim se despedindo antes de corre em direção as Masmorras, onde se localizava o Salão Comunal da Sonserina.

Me levantei lentamente da mesa e caminhei junto com Claire e Luna para o Salão Comunal da Corvinal. Subimos as escadas em silencio até chegarmos em frente a aldrava em forma de uma grande e bela águia de bronze. Esperei para ouvir o enigma.

Não se pode ver, não se pode sentir. Não se pode cheirar, não se pode ouvir. Está sob as colinas e além das estrelas. Cavidades vazias - ele vai enche-las. De tudo vem antes e vem em seguida. Do riso é a morte, é o fim da vida. – proclamou a águia.

– A escuridão. - respondi sem nem sequer pestanejar. Eu tinha esse dom estranho de ser realmente incomparavelmente boa em resolver enigmas. Chegava até a ser um pouco assustador. Pois bem, a águia de bronze nos revelou a entrada.

O Salão Comunal da Corvinal é lindo. Tem um tapete azul meia-noite, janelas altas e um teto em forma de cúpula pintado de estrelas. Nós temos uma excelente vista dos terrenos da escola, do lago, da Floresta Proibida, do estádio de Quadribol, das estufas de Herbologia e das montanhas que cercam o castelo. Isso sem contar as grandes estantes cheias de livros.

Parei no meio da sala e respirei fundo, sorrindo. Estava em casa.