The Ravenclaw Girl

O Patrono


Dezembro chegou mais rápido do que eu imaginava ser possível. Faltava apenas um dia para que eu fosse para casa nesse recesso de três semanas. Os professores pareciam querer nos castigar, de tanto dever que passavam. Mas a decoração natalina de Hogwarts era linda, eu adorava andar pelos corredores e observar as luzinhas flutuantes e visgos. Sorri sozinha enquanto entrava na sala de professor Flitwick, que, como eu já havia mencionado, está me ajudando a produzir um Patrono corpóreo.

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– Muito bem, senhorita Knight. – disse Flitwick em sua voz esganiçada – Eu quero tentar um método diferente, já que ainda não conseguiu um patrono corpóreo.

– O que preciso fazer, professor? – perguntei, tirando minha varinha das vestes.

– Quero que, ao invés de se concentrar apenas na memoria que julga mais feliz, se concentre em todas as memórias felizes que tenha. – dizia – Centralize sua felicidade e bons sentimentos, e diga o feitiço.

Expecto Patronum! – falei, pensando em tudo que conseguia me lembrar. Mas ainda assim, apenas uma densa fumaça prateada.

Abaixei a varinha em desanimo; estava determinada a conseguir conjurar o Patrono antes das férias de Natal.

– Vamos, tente outra vez! Acha que não conheço seu potencial? – ele sorriu para mim – Você é capaz, Amélia.

Sorri para o meu professor favorito.

Pensei no dia em que estava em Salém com meus pais, e em quando recebi minha carta de Hogwarts. Pensei em mim e Annelize gargalhando as margens do Lago Negro. Pensei em quando abracei Ernest na partida de Quadribol em que a Grifinória havia ganhado...

Expecto Patronum – falei firme e calmamente.

Foi uma grande surpresa para mim e eu não consegui parar de sorrir, enquanto professor Flitwick me aplaudia. Uma águia azul – prateada havia surgido de minha varinha e agora voava pela sala de Feitiços. Meu Patrono tinha a forma de uma águia!

– Esplendido, senhorita Knight! – ele sorria – Uma águia. Emblema da Corvinal e símbolo da sabedoria. Que plana onde os outros não podem escalar.

– Obrigada, professor Flitwick, obrigada! – eu abraçava o pequeno mestre de Feitiços.

– Ora, não foi nada senhorita Knight. – ele olhou para mim com orgulho – Mas agora deve ir para o seu dormitório.

Assenti, ainda sorrindo, e sai correndo de tão feliz que estava. Eu corria pelo caminho, coisa que nunca havia feito.

Virei um corredor e avistei Ernest Macmillan, com certeza estava fazendo a ronda, ele pareceu me ver também. Corri na direção dele.

– Ernie! – o chamei pelo seu apelido pela primeira vez. Ele parou de andar e eu corri ao seu encontro lançando meus braços em volta de seu pescoço, o abraçando.

Ele pareceu surpreso e perturbado, mas me abraçou também.

– Você deveria estar em seu dormitório. – disse ele.

– Eu estava com o professor Flitwick. Ele tem me ensinado –a meu pedido- a conjurar um Patrono corpóreo. E hoje eu consegui! Tem a forma de uma águia! – falei rapidamente e o abracei outra vez, só que mais brevemente.

– Caramba! – ele me olhou surpreso – Você é mesmo uma Corvinal! – sorri abertamente para ele, que corou – Bem, - mudou de assunto – você vai voltar para casa amanhã, não é?

Senti minha felicidade diminuir um pouco ao pensar no que me aguardava em casa.

– Sim. – me encostei na parede – E Francis e Cassiopeia me esperam.

– Ei, - ele se encostou na parede também, ficando de frente para mim – Lembre – se do que eu lhe falei; você não é uma decepção. Você é... incrível.

Sorri levemente para ele. Ernest levantou os olhos, olhando algo acima de nós. Olhei para cima também e vi um visgo.

Nossos olhares se encontraram, concordando que a tradição precisava ser cumprida.

Nos aproximamos e nossos lábios se tocaram.