Prólogo.

Onde você está?

Eu não posso vê-lo em lugar algum. Aquele sorriso intenso do ingênuo conquistador do mundo, eu preciso encontrá-lo outra vez antes que se perca.

A última fagulha de minha desesperançada esperança, que se lastimou a cada dia desta minha triste existência e fez-me crer uma vez mais...

Aonde você foi?

Sinto-me tão perdida nessa escuridão. Sua luz desvaneceu em um piscar de olhos e desde então eu não encontrei uma saída que me libertasse dessas trevas, e me levasse de encontro a você.

Sua alegria livrou-me de tantos males, sua bondade libertou-me do peso de minha corrompida alma e mostrou-me um universo repleto de virtudes. Suas mãos aqueceram as minhas gélidas daquele inverno perpétuo e guiou-me àquela primavera eterna. Há tanta gratidão em meu coração.

Porque você me deixou?

Ao pé daquele altar sob o luar eu o avistei pela primeira vez e o admirei pela noite toda, contemplando sua resplandecência.

Naquele momento, eu percebi que você tinha o mundo nas palmas de suas mãos e as estrelas reluzindo em seus olhos!

E desde então...

Eu o invejei e almejei ser você!

E agora?

Onde você escondeu a sua luz, querido Hoshi?

Ah, sim. O seu nome é Hoshiko, o filho das estrelas.