Capitulo 21 – Redemoinho Destruído.

Capitulo 21 – Redemoinho Destruído.

No interior da aeronave de guerra os soldados remanescentes observavam incrédulos seu exercito ser rechaçado tão facilmente por um pequeno grupo de ninjas que nem prestigio tinham, ainda mais assustador foi ver que um dos cavaleiros negros foi derrotado em menos de 10 minutos após partir pra batalha, agora os soldados em pânico imaginavam o que poderiam fazer para reverter esse quadro assustador.

– Acalmem-se! Soldados de verdade não entram em pânico como garotinhas! – gritou a cavaleira negra – eu mesma vou lá resolver isso!

– Não é uma boa idéia Meirin – avisou o líder do esquadrão – não podemos nos arriscar a perder outro cavaleiro negro ou fazer algo que comprometa a missão.

– Está sugerindo que eu seria derrotada Kyoshi? – ela parecia bem ofendida.

– Bauren também estava muito confiante e veja no que deu.

– Eu sou diferente daquele metido a besta, eu sou uma veterana, não fui escolhida pra destruir a fronteira do país do fogo a toa!

Enquanto os dois mediam forças um soldado temeroso aproximou-se deles, mesmo temendo interferir naquela discussão ele criou coragem pra chamar a atenção de Kyoshi.

– Lorde Kyoshi – começou ele – nós detectamos um grande poder se aproximando daqui, na verdade vários poderes menores também estão se aproximando.

Kyoshi cessou a discussão com Meirin e se voltou para o soldado que imaginava que a essa altura seria jogado pra fora da nave, sem demonstrar qualquer sinal de emoções ele exigiu por mais detalhes.

– Nosso equipamento detectou um forte chakra sendo seguido por outros menores, ao que tudo indica reforços estão vindo resgatar o povo daqui, um deles é de nível kage.

– Acho que isso mostra que eu tinha razão Meirin, ordene que todo o nosso pessoal lá embaixo se reúna e vamos partir o mais cedo possível.

Enquanto as ordens eram repassadas todos sentiram algo estranho no ar, era como se a própria realidade estivesse se contorcendo devido a algo que lhe rasgava, somente quando uma grande janela foi aberta os ocupantes da nave puderam ver o que acontecia lá embaixo, eles puderam ver o espaço se contorcendo e encolhendo engolindo o prédio central e um bom pedaço do terreno em volta deixando para trás uma cratera com bordas simétricas como se um pedaço da terra tivesse sido recortado.

– Agradeça por eu não ter deixado você ir – comentou Kyoshi para a outra que suava frio vendo aquele poder devastador.

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Apenas alguém com uma visão extremamente aguçada poderia ver os poucos mais de 20 vultos que cruzavam a floresta velozmente durante a noite, a equipe reunida por Naruto e Sasuke consistiam daqueles que conseguiram reunir num pequeno espaço de tempo e agora esse grupo seguia seus lideres sem sequer saberem pra onde ou o que fariam.

Sabiam que aquele lugar era desconhecido e perigoso, Naruto alertou para que seguissem exatamente pelo mesmo caminho que ele e Sasuke seguiam, também deixou avisado para se manterem alertas a qualquer possível ataque e que qualquer um poderia ser um inimigo, somente a confiança que depositavam em Naruto como Hokage fazia com que seguissem essas ordens sem questionar, ou pelo menos sem questionar muito.

– Afinal para onde ele está nos levando? – perguntou Tenten irritada com a súbita missão – o que seria tão urgente assim que nem sequer nos explicar a missão dava pra fazer?

– Havia medo nos olhos dele – respondeu Neji sério – era como se ele temesse perder algo ou alguém, creio que seja uma questão de vida ou morte ou do contrario nem o Sasuke o seguiria assim.

– Alias falando no Sasuke acho que ele sabe muito bem o que está acontecendo e já conhece esse lugar – agora era Lee que fazia a observação.

Sem esperar por qualquer comando Neji ativou sua linhagem e viu o caminho a frente, a primeira coisa que avistou foi um grande muro semelhante ao da vila da folha, ao que tudo indicava havia uma vila a frente e era pra lá que a comitiva se dirigia.

– Então estamos indo lutar contra essa vila ou salva-los de alguma coisa – concluiu shikamaru – o mais provável é a segunda opção dadas as circunstâncias.

– Mas que vila é essa afinal? – questionou Chouji.

Mesmo sem uma resposta o grupo finalmente chegou ao muro da vila, facilmente subiram o tal muro e de lá viram uma vila arruinada sob ataque de uma grande e desconhecida maquina de guerra voadora, Naruto que estava a frente de todos parecia prestes a desabar quando Sasuke o sacolejou pelo ombro.

– Acorde idiota! Precisamos saber o que aconteceu com o povo daqui e confirmar a situação dos bijuus!

– Espere ai! Eu ouvi a palavra “bijuus”? – perguntou Setsuma espantado.

– Depois eu explico tudo Setsuma, primeiro junte quem puder e detenha os invasores, eu vou procurar pelos habitantes e o Sasuke vai checar o templo!

Quando ele terminou de dar as ordens e os grupos se dividiam para cumpri-las um som difícil de descrever foi ouvido, no mesmo instante Naruto e todos os presentes voltaram sua atenção para o grande prédio que estava completamente distorcido como se fosse visto através de um espelho d’agua ou uma grande bolha, repentinamente o prédio e todo o terreno ao redor e abaixo desapareceu deixando uma cratera perfeitamente simétrica no lugar, era como se todo aquele terreno nunca tivesse existido.

– Aquele foi o Yominodoki (caminho para o submundo) do Kakashi – disse Sasuke com muito pesar em sua voz.

A atmosfera ao redor do Naruto ficou densa e quente subitamente, Sasuke conhecia bem aquela sensação de embates anteriores e recuou 3 passos, os outros ao redor recuaram mais pois poucos ali chegaram a ver a ira de um jinchuriki tão de perto, tomado pela raiva Naruto fez os selos do kuchiyose e invocou uma grande sapo vermelho que ficou surpreso com a situação.

– Hei Naruto, isso lá são horas pra... – Gamakishi ao ver os olhos vermelhos de Naruto engoliu em seco.

– Depois você reclama – disse Naruto com os dentes trincando – no momento só preciso que você dê seu melhor salto.

Ele apontava na direção da nave de guerra que aos poucos ganhava mais altitude, o grande anfíbio entendeu o que Naruto queria fazer e quando o Hokage subiu sobre a cabeça dele se preparou para dar o seu salto.

– Essa altura é moleza para nós do clã Gama! Segure ai!

O sapo pegou impulso e saltou velozmente com Naruto sobre sua cabeça, este já vinha reunindo chakra para sua técnica mais devastadora que ganhava forma e tamanho, quando ele ficou emparelhado com a nave de guerra arremessou o Rasen-Shuriken.

Enquanto isso dentro da nave os soldados observavam abismados um gigantesco sapo saltando na direção deles, definitivamente era o tipo de coisa que nunca imaginaram ver em suas vidas, Kyoshi abrindo caminho entre as tropas também viu o sapo que agora já estava na mesma altura que eles, observando melhor viu sobre a cabeça dele uma pessoa vestindo uma capa preta e laranja com um estranho jutsu em forma de shuriken gigante na mão.

– Isso definitivamente não vai ser nada bom!

Naruto arremessou o Rasen-Shuriken que saiu cortando o ar produzindo uma corrente violenta e um som desagradável, a nave de guerra ergueu uma barreira ao seu redor para se proteger mas assim que a técnica se chocou contra a parede de chakra se expandiu produzindo um pequeno tornado que empurrava o colosso de metal para trás, mesmo com a barreira a nave sofreu avarias sérias em seu casco, quando o impulso de Gamakishi acabou ele e Naruto voltaram ao solo enquanto a nave se retirava para longe e para cima.

– Essa foi por pouco – comentou Meirin – se aquela técnica durasse mais 5 segundo a barreira não teria agüentado e seriamos destruídos.

– Uma coisa dessas não estava nos planos – disse Kyoshi sério – não podemos arriscar perder o nosso leviatã, vamos nos retirar imediatamente.

E assim a nave de guerra leviatã subiu além das nuvens para se retirar da batalha, em terra os ninjas de Konoha observavam aquilo como o prenuncio de algo muito maior.

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Já fazia uma hora desde que os reforços de Konoha chegaram a vila, a preocupação agora era eliminar qualquer inimigo que tivesse se escondido e procurar por qualquer habitante ferido ou morto, a destruição não era tão grande quanto a que Konoha sofreu mas certamente era muito triste ver os lares destruídos seja de quem for, aquele que parecia mais desolado sem duvida era o Naruto que permaneceu o tempo todo na borda da cratera onde antes havia um grande prédio, mesmo que ele tentasse disfarçar as lagrimas rolavam por seu rosto.

– Então essa é a vila do redemoinho? – perguntou Chouji enquanto erguia os escombros de uma casa destruída – agora entendo por que o Naruto estava tão aflito pra chegar logo aqui.

– Aqui é o lar dos ancestrais dele – comentou Ino enquanto procurava embaixo dos escombros – e ao que parece ele devia gostar muito desse lugar.

Depois da impressão inicial sobre o lugar e quando Sasuke explicou que lugar era esse e o que havia aqui todos puderam compreender o significado dessa vila não só para Naruto mas para o mundo, se ali era o local de descaso dos bijuus que a alguns anos deixaram de circular pelo mundo então era justificável guardar segredo sobre sua existência, mas ainda assim alguns deles se sentiam tristes por Naruto não confiar neles o suficiente para compartilhar esse peso.

– Você vai ter que dar muitas explicações sobre isso – disse Shikamaru se colocando ao lado do Naruto – mesmo eu sendo membro do conselho não sabia de nada.

– Apenas os mais velhos sabiam – respondeu Naruto – quanto as explicações eu me viro.

– Aquilo que vimos quando chegamos... foi o Kakashi?

– Ele provavelmente quis proteger a vida dos moradores e os segredos que existiam aqui – Naruto dizia isso apertando as mãos com força – se tivéssemos chegado 10 minutos antes ele não teria que ter se sacrificado! Quando ele mais precisou de mim eu não pude retribuir tudo o que ele já fez por todos nós!

– Você já fez demais pelo mundo inteiro – disse uma voz feminina atrás deles.

Naruto voltou-se para onde estava a pessoa que ele mais queria ver e não pôde deixar de sorrir aliviado quando viu Kaede e Tsuna sãos e salvos, atrás dele toda a população da vila retornava em segurança.

– Sabíamos que você chegaria logo – disse Botan animada – então só saímos de cena para não ficar no seu caminho.

Naruto correu para abraçar sua prima que carregava o jovem menino nos braços, não dava pra saber quem era confortado ali mas provavelmente ambos se confortavam para diminuir a dor da perda, qualquer um que visse a cena teria a certeza que eles se gostavam muito, mais pareciam irmãos.

– Eu sinto muito – disse Naruto.

– Você fez o que podia, se alguém aqui é culpado esse sou eu que não fui capaz de proteger meu povo.

– Eu lamento ser meio insensível mas precisamos saber o que aconteceu com os bijuus – disse Shikamaru meio constrangido.

– Konan os levou daqui – Kaede respondeu limpando as lagrimas.

– O que? Aquela da akatsuki?? Então foi ela que atacou a vila?

– Konan era uma moradora da vila – quem respondeu foi Sasuke que se juntava a eles – a guardiã dos bijuus pra ser mais exato.

– Ela salvou os bijuus mas por algum motivo aqueles caras levaram as estatuas onde eles estavam selados, não sei o que pretendem com isso.

Naruto olhou ao redor e viu como a vila estava, devido as circunstâncias só havia uma coisa a ser feita.

– Kaede, diga aos moradores para pegarem todos os seus pertences que deixaram pra trás e se reúnam na praça, assim que amanhecer vamos partir pra Konoha.

– O que você está dizendo seu maluco? – ela parecia não acreditar no que ele disse.

– Aqui não é mais seguro, e de qualquer forma agora que eu vou ter que contar o que aconteceu aqui as outras nações não vão gostar nada disso.

– Não decida as coisas por conta própria! – reclamou shikamaru – tem idéia do monte de problemas que vai arranjar pra vila? Já não basta aquele caso com a vila do pinheiro??

– Ele tem razão Naruto, não podemos arranjar problemas para Konoha a essa altura – insistiu Kaede.

– Antigamente a vila da folha e do redemoinho eram vilas irmãs que se ajudavam sempre que o outro precisava – disse ele sério – além de respeitar esse antigo pacto eu estou ajudando a minha família!

Não havia o que argumentar ali, Naruto não desistiria e certamente ninguém mais tentaria convence-lo do contrario, sabendo que não havia outra solução Kaede deu a ordem para que todos se preparassem para a viagem até Konoha, quando finalmente ficaram só ela e Naruto na borda daquele buraco ela se permitiu chorar pelo seu amado que sacrificou a própria vida pelo futuro da sua família.

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A madrugada já avançava embora ainda estivesse completamente escuro, sem as luzes da vila o lugar parecia um poço de escuridão no meio de uma floresta onde os únicos pontos luminosos eram as tochas acessas daqueles que se preparavam pra viajar por alguns dias, devido ao fato de que havia civis entre eles a viagem até Konoha demoraria 5 dias, existia alguém nessa vila que não tinha nada para levar exceto lembranças, e essa pessoa agora sofria com todas essas lembranças.

– Você é mesmo uma Uzumaki? – perguntou Tenten curiosa – eu jamais soube que havia outros por ai além do Naruto.

– Dos quase 500 moradores apenas 70 carregam o sangue Uzumaki – respondeu ela – é um bom numero se considerarmos que nosso lar foi destruído duas vezes.

– Eu sinto muito pelo que vocês passaram – disse a jovem sentida – quando Konoha foi destruída eu não estava lá na hora mas mesmo assim eu quase cair em prantos quando vi minha casa em ruínas.

Tenten reparou na criança que dormia ao lado dela, alheia ao que realmente aconteceu essa criança em breve esqueceria a tragédia, talvez ela jamais voltasse a lembrar do que aconteceu aqui ou de que seu pai dera a vida lutando, esse costuma ser o mais comum destino de um pai ninja.

– Então esse é o filho do Kakashi-sensei – comentou ela – nunca imaginei aquele cara sendo pai.

– Você está sendo rude com suas palavras Tenten – avisou Neji que se aproximava.

Tenten realmente não tinha notado que seu ultimo comentário tinha afetado Kaede, a jovem se curvou pedindo desculpas e se afastou um pouco enquanto o Hyuuga se aproximava mais.

– Eu não tenho o direito de me meter em sua vida mas eu gostaria de lhe dar um conselho – disse ele sério – quando seu filho tiver idade para compreender conte a verdade a ele, conte quem foi seu pai e o que aconteceu a ele bem como o porque de ter feito isso.

– Você parecer saber por experiência própria o significado do seu conselho – disse Kaede voltando sua atenção para o Hyuuga.

– Meu pai também se sacrificou por mim, ele alegremente deu sua vida para evitar um conflito entre Konoha e Kumo para que eu jamais tivesse que ver uma guerra tão cedo, tenho certeza que Kakashi-san mais do que a vila se preocupava com sua família.

– E depois de saber a verdade ficou mais fácil para você aceitar? – perguntou ela.

– Jamais aceitei, mas por ele eu segui em frente sem esquecer o passado mas sempre pensando no meu futuro.

Neji curvou-se em respeito e foi embora, Tenten foi logo atrás deixando Kaede sozinha com seu filho que dormia tranquilamente, mas ela não ficou sozinha por muito tempo.

– Eu vou cuidar do Tsuna como parte da família que ele é – disse Naruto – eu devo isso a você e ao Kakashi-sensei.

– Eu sou a mais velha aqui esqueceu?

Naruto sorriu e sentou-se ao lado dela, os dois permaneceram calados por um tempo.

– Antes de irmos eu vou queimar a vila – disse ela séria – chega de tentar reergue-la quando ela está fardada a desaparecer!

– Nossas mães não ficariam nada felizes com essa decisão! – disse ele.

– O que importa é o povo e o orgulho, a vila é só um pedaço de terra.

Kaede apanhou nos braços o filho e o aconchegou para que voltasse a dormir, depois disso acompanhada de Naruto ambos deixaram o buraco que agora tinha uma pedra memorial lembrando o nome do grande ninja que literalmente deixou sua marca no mundo.

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– Aquele moleque! Quando ele voltar eu vou arrancar suas tripas! – gritou Tsunade furiosa lendo a mensagem.

– Acho que é um pouco cedo para pensarmos num sétimo Hokage Tsunade-sama – disse Shizune tentando conte-la.

– Primeiro ele sai da vila repentinamente levando nosso pessoal sem aviso e agora ordena que enviemos uma escolta para trazer o pessoal do redemoinho, ele está abusando bastante!

Na sala de reuniões todos os membros do conselho que se encontravam na vila questionavam a decisão de Naruto em acolher o povo do redemoinho em Konoha, não dava pra imaginar até onde se estenderia os problemas que isso poderia causar.

– Realmente traze-los pra cá foi a melhor escolha? – Yamato perguntou.

– Quanto a isso não há duvidas – respondeu Tsunade – deixa-los por ai poderia ser bem pior, quando essa historia se espalhar as outras vilas com certeza vão se mover.

– Estando todos em Konoha pelo menos ajuda a passar a impressão de que estamos trabalhando pra conter o problema – analisou Sakura – mas ainda assim o que acham que as outras vilas vão pensar quando souberem que nós estávamos escondendo todos os bijuus?

– No mínimo vão pensar que estávamos pensando em aproveita-los – disse Anko que substituía Shikamaru como líder da divisão de inteligência – os mais paranóicos provavelmente pensarão que planejávamos uma guerra!

Essa era a hora de tomar decisões, sem Naruto por perto Tsunade assumia o comando da vila e cada divisão trabalharia para assegurar que tudo corresse bem, mas esse problema não era exclusivo de Konoha, abrangia o mundo inteiro, portanto era hora de tomar decisões das quais Naruto nunca se orgulha em tomar.

– Sakura e Yamato, preparem a vila para receber os nossos “hospedes”, quero todos eles sob vigilância 24 horas por dia.

– Tem bastante espaço para eles nos domínios Uchiha – respondeu Sakura – e se precisar de mais acho que o Yamato-senpai pode fazer umas casas temporárias.

– Isso vai servir por enquanto, eu vou produzir um relatório completo sobre a vila do redemoinho e a captura dos bijuus, com base nisso a divisão de inteligência vai trabalhar para descobrir o paradeiro dos bijuus, quem atacou a vila e tudo mais que for necessário!

– E quanto a escolta para trazê-los aqui? – perguntou Shizune.

– Mande o time do Naruto, e diga ao Mizura pra escolher gente de confiança pra isso, e aproveitando mande um mensageiro pra cada vila convocando uma reunião, tenho certeza que os outros kages vão querer ouvir explicações diretamente dele.

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Já haviam se passado 24 horas desde que a vila do redemoinho foi atacada, não tão longe de lá ficava a vila da chuva que somente a pouco tempo se estabilizou , era lá que Konan refugiou-se após a destruição da vila carregando os 7 bijuus selados em pergaminhos, não arriscaria ir a lugar algum sem proteção adequada e só conseguiu pensar em seu antigo lar onde alguns ainda tinham respeito e adoração por ela, sentia-se envergonhada de se aproveitar disso mas com o destino do mundo sob seus cuidados não podia se dar ao luxo de ser politicamente correta.

– Anjo sagrado – disse um senhor abrindo a porta e parecendo encantado por vê-la – você deu instruções para que se uma criança ruiva aparecesse lhe procurando era pra trazê-la imediatamente não foi?

O garoto de que ele falava nem esperou permissão e entrou no recinto assim mesmo, ao avistar Konan retirou o capuz e o manto revelando ser realmente quem ela esperava, agradecendo a ajuda ela dispensou o ninja da chuva e ficou a sós com Nagato.

– Porque você está aqui na vila da chuva? – perguntou ele confuso – quando recebi seu origami só dizia que precisava me ver urgente.

– Eu não sabia pra onde ir, aqui era o único lugar que considerei seguro – respondeu ela meio nervosa – a vila do redemoinho foi atacada e provavelmente destruída, eu fugi de lá com os bijuus.

O jovem ficou de queixo caído ao ouvir isso, ele realmente teve o pressentimento de que algo ruim aconteceria naqueles dias mas jamais imaginou que seria a destruição daquela vila, culpava-se por ainda não ter poder suficiente para fazer a diferença nesse mundo.

– O Naruto deve estar arrasado – disse ele cabisbaixo – ele gostava daquele lugar quase tanto quanto gostava de Konoha.

– O que vamos fazer a partir de agora?

– Primeiro temos que tirar os bijuus daqui e levar pra algum lugar bem seguro – respondeu – se o atual líder da vila da chuva descobrir sobre isso não hesitaria em tomá-los de nós.

– Só isso não basta – disse ela – se “eles” puderam encontrar a vila do redemoinho o que os impediria de encontrar esse novo esconderijo?

– Eu tenho um plano para que os bijuus fiquem fora de alcance para sempre – ele parecia confiante em suas palavras – e se tudo der certo poderemos equilibrar a balança da luz e da escuridão.

As ultimas palavras dele não faziam muito sentido para Konan, ainda era difícil aceitar uma criança de 10 anos falando daquela forma, Nagato notou isso e explicou seu pensamento.

– Nesse mundo existem aqueles que são vitimas do mal e cometem erros sem desejar isso – explicou ele – mas existem aquele que deliberadamente se tornam a escuridão que tenta engolir o mundo inteiro.

– Como aquele desgraçado do Madara – observou ela com nojo só de pronunciar o nome.

– Eu percebi que apesar de tudo essa geração tem futuro e está no caminho certo – continuou ele – mas para isso precisamos apagar qualquer foco de escuridão que insiste em tentar apagar esse futuro.

O jovem Nagato foi até a janela mais próxima e observou a vila logo abaixo, a vila da chuva nunca esteve mais prospera do que é agora e até a penosa chuva que dera nome ao país dava trégua mostrando o céu ensolarado ocasionalmente, essa era a prova de que era possível sonhar com um futuro melhor sem guerras ou destruição, e havia quem lutasse por isso, então Nagato sentia-se na obrigação de ajudar aqueles que lutavam, mesmo que fosse das sombras.

– Vamos formar uma nova akatsuki – disse ele sério – uma que não será consumida pela corrupção e permanecerá com um objetivo claro e definido: lutar das sombras para assegurar o futuro.