Um Sonho a Dois
Capitulo 5
Quando senti uma presença na sala e abri meus olhos devagar, era só o que faltava a delegacia ser mal assombrada, não acreditei no que vi, preferi ter visto um fantasma mesmo.
– Killian?
– Você tem uma voz bonita Swan, se não der certo na carreira policial, já tem empresário - ele piscou sorrindo para mim.
– O que diabos você faz aqui?
Ele me olhou com a sobrancelha arqueada extremamente sexy e eu tive que me conter para não suspirar na frente dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O mesmo que você - ele puxou uma cadeira e sentou de frente a minha mesa, colocando os pés em cima o que me irritou mais ainda.
– Pode me dar licença, por favor, eu estou trabalhando - falei tirando as pernas dele de cima da mesa.
– Não sabia que você trabalhava de cantora nas horas vagas, será que dança no pole dance também? - Ele levantou-se ficando na altura do meu rosto e sorrindo.
– Ainda não me respondeu o que está fazendo aqui - desviei o olhar pegando os processos na minha mesa.
– Já respondi sim, mas você estava enfeitiçada pela minha beleza e não prestou atenção meu docinho - ele chegou próximo a mim e segurou meu queixo.
– Killian, para de me atrapalhar eu preciso terminar isso aqui - respirei fundo, desliguei o som e continuei a analisar os processos e carimbar, sob o olhar atento dele.
– Não precisava tirar a música não, eu gosto de Billy Joel também - ele pegou o celular mas eu segurei a mão dele impedindo de dar play.
– Estou falando sério Killian! - Ele desmanchou o sorriso pela primeira vez aquela noite e saiu da sala.
Observei que ele sentou na cadeira da recepção e ficou girando o celular na mão, a principio não me importei continuei com meu trabalho, mas a presença dele no mesmo ambiente que o meu estava me desconcentrando, peguei outro carimbo e fui chamar ele para me ajudar.
– Ei, já que pretende ficar por aqui, faça algo de útil - joguei o carimbo no colo dele e senti seus passos atrás de mim quando me virei de volta a minha sala.
Ele sentou-se confortavelmente de novo na cadeira a minha frente e começou a carimbar os processos junto comigo.
– Achei que fosse mais divertido, vou acabar pegando no sono carimbando isso aqui - ele reclamou e eu sorri.
– Então vai me dizer o motivo de estar aqui hoje ou vai continuar fazendo mistério? -Perguntei sem olhar para ele
– Ainda tem café? - Ele foi até a garrafa que estava na ponta da mesa desviando o assunto.
– Okay, vai continuar fazendo mistério - continuei meu trabalho sem fazer mais perguntas a ele.
A noite estava demasiadamente cansativa e ainda faltava alguns processos para terminar, apesar da boa ajuda de Killian eu não chegaria em casa a tempo de dormir oito horas,já estávamos no final quando a energia acabou.
– Oww, a eletricidade também cansou por hoje gatinha- eu ouvi a voz dele no meio da escuridão.
– Precisamos encontrar lanternas - assim que me levantei acabei esbarrando nele.
– Desculpe-me - ele segurou minha cintura para me equilibrar.
– Tudo bem, não precisava levantar-se Killian - falei empurrando minha mão contra seu peito devagar.
– Eu sou um cavalheiro Swan, protejo donzelas em perigo - ele segurou minha mão e levou até seus lábios beijando de leve.
– Está tentando me seduzir, Killian?
– Por quê? Você é seduzível?
– Não, de mim você não vai conseguir nada - me afastei dele e fui até a gaveta da Regina com cuidado para não esbarrar nos móveis e pegar a lanterna que ela guardava lá.
Achei que ele tinha ficado na minha sala me esperando e quando liguei a lanterna ele estava lá do meu lado, abafei um grito de susto enquanto ele se divertia com a situação.
– Não tenha medo Swan eu não mordo, só se você pedir - ele umedeceu os lábios olhando para mim e eu senti meu corpo em brasa como há muito tempo não sentia.
– Acho que por hoje já deu não é? Vamos para casa a energia deve demorar a voltar - peguei o chaveiro e ele segurou meu braço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Você me perguntou o que eu fazia aqui esta noite, ainda quer a resposta? - Nossos corpos estavam colados demais para raciocínios lógicos.
– Não há necessidade, você não me deve satisfação - falei me afastando do seu corpo.
– Você é assim sempre? Nunca se aventura, nunca se permite a nada? - Ele falou cruzando os braços.
– Está perguntando se eu faço sexo por diversão? A resposta é não - fui até a janela e vi que caia um temporal.
– Já beijou na chuva? - Ele chegou ao meu lado passando a mão pelo meu ombro.
– Já tentou ser amigo de uma garota? Sem segundas intenções? - Falei séria para ele.
– Está me propondo amizade,tipo assistir filminhos juntos e fazer tranças nos cabelos? - Ele falou debochado, revirei os olhos e me apoiei debruçada na janela contemplando a chuva.
Depois de um silêncio devastador ele se aconchegou atrás de mim envolvendo seus braços em torno da minha cintura, fui pega desprevenida e soltei um gemido baixo.
– Killian, por favor...- peguei as mãos dele e soltei-as.
– Eu topo - ele sussurrou em meu ouvido antes de me soltar.
– Topa o quê? - Falei me virando.
– Ser seu amigo.
Abri um sorriso largo e estendi a mão para selar o acordo, mas ele me puxou para um abraço apertado.
– Podemos começar nossa amizade, com você me respondendo o que faz na delegacia hoje a noite - ele sentou-se na borda da mesa da Regina e eu me encostei-me à parede para ouvi-lo.
– Tudo bem uma pergunta por outra, topa assim? - Ele falou e eu acenei positivamente.
– Lembrando que eu só te fiz uma pergunta então você só tem direito a fazer uma também - esclareci com receio que ele invadisse minha vida.
– Eu estou aqui hoje porque eu ouvi você e a Regina combinando de colocar uns trabalhos em dia e detesto ficar em casa sozinho então vim fazer companhia a vocês ou buscar a companhia de vocês se assim preferir.
– Olha só tem medo de ficar sozinho, medo do escuro acho que temos um problema por aqui - falei sorrindo.
– Pergunta respondida agora responda a minha - eu me sentei no chão e fechei os olhos antes de autorizar a pergunta.
– Okay, mas só uma.
– Quem te magoou?
Meus olhos encheram de lágrimas na mesma hora eu não sabia o que responder, não sabia que ele faria essa pergunta.
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