No dia seguinte, na saída do colégio...

– Doux!- chamou-me Ní- Vamos tomar um sorvete?

– Não posso, Ní. To de castigo por uma semana.

– Me too! Meu pai gostou da sua coragem, mas quis impor autoridade pra, quando eu ficar mais velho, não ser um rebelde!

Nós rimos.

– Bom, até amanhã!- dei um selinho nele.

Estava indo pra casa, até que dois braços me seguraram.

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– * DOUX, DOUX! *- disse os gêmeos.

– Que é?!

– Aconteceu esse problema com você...- disse Breno.

– ... que você esqueceu do nosso encontro com a nossa mãe!- disse Lucas.

– Não esqueci, foi esse problema que acabei não dando tempo.

– * ENTÃO PODE NOS OUVIR AGORA?! *- os olhos deles estavam brilhando.

– Mas eu tenho que ir pra casa...

Então eles juntaram as mãos e imploraram.

– Tudo bem!

– * OK! Quando fomos à nossa mãe...*

– Para!- tapei os ouvidos- Só um, please!

E eles olharam um para o outro.

– Pode contar, Lucas!

– Não, não! Eu insisto!

– * TA BEM! EU CONTO! *

Se olharam novamente.

– EU CONTO!- Breno.

– NÃO, EU CONTO!- Lucas.

– * EU CONTO! *

De repente, deu um certo "tiut" na cabeça deles.

– Cara!

– Coroa!

Deu coroa.

– YES! Eu conto!- Fomos até a nossa mãe. E quando a vovó fuego abriu a porta, vimos a mamãe sentada no sofá só na nossa espera!

Corremos para abraçá-la! Choramos, rimos, demos beijos nela e ela na gente! Depois ela contou histórias dela e da gente e, também, a nossa!

Quando eles acabaram, estava chorando.

– * Não chora, Douxzinha! *- eles me abraçaram.

– Que linda história!

E eles sempre tem a oportunidade de brincar:

– * Não chore! Sempre terá a gente!* - * Quando você terminar com esse tal de "Ní", você terá a gente!*- e mostraram a língua em sinal de brincadeira.

– Pois isso não irá acontecer!- meu Ní apareceu atrás deles.

– * "NÍ"!*- eles o abraçaram, rodaram e deram tapinhas de camarada nele.

Eu ri e fui embora.

[...]

– Para o seu castigo,- disse meu pai- você não irá ao curso hoje e limpará a casa todinha!

Meu pai estava zangado ainda. Mamãe de boas, mas me castigou também.

Admito que estrapolei.

Mamãe já está no curso dando aula à essa hora.

Comecei no meu quarto, depois na sala.

Meu pai estava vendo futebol.

Depois lavei a louça, tirei as folhas secas do quintal, tomei banho pra depois fazer o jantar.

[...]

– Desculpe pelo atraso, "crianças"!- disse mamãe.- Que cheiro bom é esse?

– Fui eu que fiz, amor!

– Mentira, mãe! Fui eu!

– Rui! Mentir é feio!- disse ela rindo e bagunçando o cabelo dele.

– Ta, desculpa aê.

– Então, vamos comer?- disse.

[...]

– O jantar está maravilhoso!- disse mamãe.

– É... mais ou menos.- disse meu pai, ainda bolado.

– Humpf!- empinei o nariz.

Olhei para o relógio e já era 22:00.

– Comi bem e boa noite, meus pais!- dei tapinhas neles.

– Boa noite, filha!- mãe.

– Você não estudou hoje!- disse meu pai.

– Claro! Limpei a casa o dia todo!

– E foi pouco!

– Calma, Rui!- mamãe interferiu- A menina tem que dormir!

– Ta bom! Serei menos severo, estudará por uma hora.

– Mas só vou acabar as 23:00 assim!

– Se enrolar vai ser pior ainda!

Corri para pegar meus livros!

E foi assim, não exatamente desse jeito todos os dias, por duas semanas.