O circo do amor 2
Castigo
No dia seguinte, na saída do colégio...
– Doux!- chamou-me Ní- Vamos tomar um sorvete?
– Não posso, Ní. To de castigo por uma semana.
– Me too! Meu pai gostou da sua coragem, mas quis impor autoridade pra, quando eu ficar mais velho, não ser um rebelde!
Nós rimos.
– Bom, até amanhã!- dei um selinho nele.
Estava indo pra casa, até que dois braços me seguraram.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– * DOUX, DOUX! *- disse os gêmeos.
– Que é?!
– Aconteceu esse problema com você...- disse Breno.
– ... que você esqueceu do nosso encontro com a nossa mãe!- disse Lucas.
– Não esqueci, foi esse problema que acabei não dando tempo.
– * ENTÃO PODE NOS OUVIR AGORA?! *- os olhos deles estavam brilhando.
– Mas eu tenho que ir pra casa...
Então eles juntaram as mãos e imploraram.
– Tudo bem!
– * OK! Quando fomos à nossa mãe...*
– Para!- tapei os ouvidos- Só um, please!
E eles olharam um para o outro.
– Pode contar, Lucas!
– Não, não! Eu insisto!
– * TA BEM! EU CONTO! *
Se olharam novamente.
– EU CONTO!- Breno.
– NÃO, EU CONTO!- Lucas.
– * EU CONTO! *
De repente, deu um certo "tiut" na cabeça deles.
– Cara!
– Coroa!
Deu coroa.
– YES! Eu conto!- Fomos até a nossa mãe. E quando a vovó fuego abriu a porta, vimos a mamãe sentada no sofá só na nossa espera!
Corremos para abraçá-la! Choramos, rimos, demos beijos nela e ela na gente! Depois ela contou histórias dela e da gente e, também, a nossa!
Quando eles acabaram, estava chorando.
– * Não chora, Douxzinha! *- eles me abraçaram.
– Que linda história!
E eles sempre tem a oportunidade de brincar:
– * Não chore! Sempre terá a gente!* - * Quando você terminar com esse tal de "Ní", você terá a gente!*- e mostraram a língua em sinal de brincadeira.
– Pois isso não irá acontecer!- meu Ní apareceu atrás deles.
– * "NÍ"!*- eles o abraçaram, rodaram e deram tapinhas de camarada nele.
Eu ri e fui embora.
[...]
– Para o seu castigo,- disse meu pai- você não irá ao curso hoje e limpará a casa todinha!
Meu pai estava zangado ainda. Mamãe de boas, mas me castigou também.
Admito que estrapolei.
Mamãe já está no curso dando aula à essa hora.
Comecei no meu quarto, depois na sala.
Meu pai estava vendo futebol.
Depois lavei a louça, tirei as folhas secas do quintal, tomei banho pra depois fazer o jantar.
[...]
– Desculpe pelo atraso, "crianças"!- disse mamãe.- Que cheiro bom é esse?
– Fui eu que fiz, amor!
– Mentira, mãe! Fui eu!
– Rui! Mentir é feio!- disse ela rindo e bagunçando o cabelo dele.
– Ta, desculpa aê.
– Então, vamos comer?- disse.
[...]
– O jantar está maravilhoso!- disse mamãe.
– É... mais ou menos.- disse meu pai, ainda bolado.
– Humpf!- empinei o nariz.
Olhei para o relógio e já era 22:00.
– Comi bem e boa noite, meus pais!- dei tapinhas neles.
– Boa noite, filha!- mãe.
– Você não estudou hoje!- disse meu pai.
– Claro! Limpei a casa o dia todo!
– E foi pouco!
– Calma, Rui!- mamãe interferiu- A menina tem que dormir!
– Ta bom! Serei menos severo, estudará por uma hora.
– Mas só vou acabar as 23:00 assim!
– Se enrolar vai ser pior ainda!
Corri para pegar meus livros!
E foi assim, não exatamente desse jeito todos os dias, por duas semanas.
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