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Ela está morta!


OLIVER.

Não agüentava mais ficar em Moscou, eu odeio neve, claro que ela tem seu charme no natal, mas, isso não me faz amá-la. Porem, ainda é pior sair da Rússia e ir para China. Felicity, Dig e eu ainda tínhamos uma missão para acabar de vez com a aliança. E essa missão evolve um banco de criminosos, homens armados, bomba, e um nano chip.

Sinceramente não sei o que meu avo tinha na cabeça, quando criou essa tal de aliança. Ele já era podre de rico. Por que tanta ganância?

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Gordon e Sara, estavam voltando em um avião de carga para os Estados Unidos, junto com os membros da aliança, que inclui minha mãe. Minha mãe foi de grande ajuda, porem, isso não a torna uma pessoa melhor. Não depois de tudo que consta no histórico dela na aliança. Assassinato é o que me deixa ainda mais furioso com ela.

Felicity não falou nada sobre a morte de Isabel comigo, mas, ela está calada. Evita falar sobre a aliança, só quando é necessário. John está feliz, assim como eu. Sinto que agora tudo vai se resolver, sem assassinos nos perseguindo. Tudo vai voltar ao normal, como era antes dessa maldita aliança. Felicity e eu poderemos viajar e curtir o Caribe. Ela pode fazer um desfile de biquínis para mim, como já me prometeu antes.

– No que está pensando, Oliver! – murmura, próxima ao meu ouvido.

– No Caribe. – digo, olhando para ela, que me lança um olhar cúmplice, com um lindo sorriso nos lábios.

– Chegamos! – exclama John, levantando e arrastando sua mala de armas para fora do avião.

Levanto e pego a mão de Felicity, a puxando para cima. Envolvo meu braço ao redor dos ombros dela, depois de ela ficar em pé, em seguida saímos do avião. Dois carros pretos nos esperam do lado de fora do avião.

– Espero que tudo isso acabe hoje. – Felicity diz, depois de entrar no carro.

– Tudo vai acabar hoje. E nós vamos voltar para a nossa lista. Quantos faltam para nós prender? – indago. Ela pensa por alguns segundos, conta nos dedos.

– 37 bandidos. – responde. – Espero que no meio desses 37 bandidos, não exista um nerd que é escravo de alguma instituição do mal. – completa.

– De nerd escravo já basta o Joe. – falo sorrindo.

– O que será que vai acontecer com ele? Ele, Sally e os outros ainda estão na fazenda. – sua preocupação é visível. Vejo o quanto ela gosta de Joe, no inicio eu sentia ciúmes, sei que é loucura. Sentir ciúmes daquele nerd que ainda não passou pela puberdade? Sim era loucura, mas, agora vejo o quanto Felicity gosta dele, assim como um irmão casula.

– Gordon está identificando cada um deles. Para depois liberar cada um, ou prender. Alguns têm uma ficha criminal extensa, envolvendo crimes físicos e cibernéticos. Tem um que encheu o celular do presidente dos EUA de porcos, os porcos faziam barulhos esquisitos. – digo, a fazendo gargalhar. Como é bom vê-la feliz, sorrindo, seus olhos brilham intensamente quando ela esta feliz, sua pele fica mais nítida. Inclino minha cabeça a pegando de surpresa, selo meus lábios nos seus, e a beijo com paixão. No inicio ela fica tensa, como se fosse nosso primeiro beijo, porem, depois ela se deixa levar e envolve os braços no meu pescoço.

– Isso foi bom. –diz, acariciando a parte de trás do meu pescoço.

– Posso fazer de novo. – ela dá um sorrisinho e eu a beijo novamente, ignorando o motorista, que nos olha pelo retrovisor.

– Queria estar em uma limusine. – as bochechas de Felicity ruborizam quando ela nota que o motorista divide a atenção entre nós e o transito.

– Ele não tem nada a ver com nós. – a beijo novamente.

Depois de alguns segundos. O carro estaciona em frente a um prédio de poucos andares, com a fachada azul. John desembarca do carro a nossa frente. Felicity e eu fazemos o mesmo. Andamos até John que aponta com o queixo em direção a entrada do prédio e entra. Nós fazemos o mesmo. Digg reserva dois quartos e entrega as chaves de um para mim.

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– Nos encontramos lá em cima. Precisamos discutir sobre o plano. – assentimos. Andamos os três até o elevador.

[...]

– O banco fica próximo daqui. Eu darei as coordenadas a vocês. Porem, tudo é muito simples. Caso algo ocorrer fora da rota, eu vou acionar os alarmes do banco. Aí, vocês param tudo que estão fazendo e saem o mais rápido possível do banco. Entenderam? – concordo com a cabeça e Felicity faz o mesmo.

– Qual o plano? – indago.

– Malcon tem uma assistente que cuida de todos os assuntos dele, incluindo esse. Felicity vai ter que usar cabelos pretos e longos, e lentes castanhas. Você vai se passar por Karen Hill. – explica.

– E como isso vai garantir que eu consiga tirar o nano chip lá de dentro? – questiona?

– Temos um documento com a assinatura do Merlyn e também da empresa que está ajudando a Global Merlyn a construir essa bomba. – John mexe em uma pasta e tira um papel de dentro, entrega para Felicity que de imediato fixa os olhos na folha. – A empresa se chama Hua Ming. É uma empresa que zela pela biodiversidade. Parece que tudo é só uma grande fachada. - comenta. – Enfim, Felicity esse papel vai ajudá-la a tirar o nano chip do banco. Espero que seja uma boa atriz hoje. Oliver vai ser seu segurança. – conclui John.

– Vou fazer o possível. – Felicity diz.

– Aqui está uma foto da mulher. – John alcança uma foto para Felicity. – Logo uma equipe de disfarces chega para te ajudar. – Jonh se dirige para a porta. Segura a maçaneta e antes de sair. – Espero que toda essa confusão tenha um fim, hoje.

– Todos nós esperamos isso John. – digo, ele assente e sai. – Então. – viro-me para Felicity. – Não temos ninguém nos observando aqui. – enlaço as mãos na sua cintura e a beijo com fervor.

– Gosto assim. – ela diz, com os lábios sobre os meus.

Sento na poltrona ao meu lado e a puxo, fazendo se sentar no meu colo. Ela enrola os fios dos meus cabelos nos dedos e puxa minha boca para a dela. Beija-me com amor e luxuria. Somos interrompidos por batidas incessantes na porta.

– Eu vou ver quem é. – ela levanta, a puxo pelo braço e a beijo novamente.

– Pode ir. – falo, depois de beijá-la. Ela dá um sorriso e corre abrir a porta.

– Somos a equipe de disfarces da Cia. – escuto.

– Entrem. – Felicity abre a porta e uma equipe formada por cinco pessoas adentram o quarto.

[...]

Depois de longas duas horas. Felicity está vestindo um vestido vermelho, justo ao corpo. Sapatos de salto agulha, dourados. Um casaquinho preto. Uma peruca de longos fios pretos. E seus olhos são de outra cor.

– Está irreconhecível. – falo. Ela coloca a foto que John deu para ela ao lado da barriga e se olha no espelho. Em seguida volta a olhar para mim.

– Pareço mesmo ela? – indaga, olhando para a foto. – Ela parece ser mais alta e mais bonita. – a abraço por trás, e beijo seu pescoço.

– Ela é muito bonita, mas, nada comparado a Felicity Smoak. – beijo seu ombro. – E você está parecida com ela. – ela vira-se e segura minhas bochechas, não precisa ficar nas pontas dos pés por causa do salto. Seguro as costas dela e aproximo ainda mais nossos corpos, ela sorri e beija meus lábios.

– Temos que ir agora. – se desvencilha dos meus braços e pega a bolsa e uma pasta sobre a cama.

Saímos do quarto. Felicity bate na porta da frente. John a abre e sai, com alguns itens dentro da mala.

– Estão prontos? – assentimos.

Saímos do prédio e um furgão com um logo de uma empresa de comidas enlatadas nos espera, estacionado na garagem do prédio. Entramos no furgão e John dirige até o Banco. O banco é próximo ao hotel que nos instalamos, em poucos minutos John estaciona o furgão ao lado do banco. Felicity e eu desembarcamos e andamos alguns metros até chegar na frente do prédio. Uma enorme placa com luzes azuis anunciam o nome de uma empresa fantasma de tecnologias. Entramos e uma moça. Ela é loira, alta e muito magra. Vejo o nome dela no crachá -Tifanny-

– No que posso ajudar? – indaga.

– Sou Fe... - Felicity engole em seco, pigarreia e alisa o vestido. – Meu nome é Karen Hill. Sou assistente do Doutor Malcon Merlyn. Das industrias Global Marlyn. – a mulher sorri.

– Claro! Me acompanhem. – ela vira-se e entra no elevador. Fazemos o mesmo. Tifanny aperta o botão três e o elevador começa a subir. Em seguida ele para e abre as portas. Saímos do elevador e seguimos Tifanny por um extenso corredor.

– Odeio corredores. – sussurro no ouvido de Felicity. Ela apensa sorri e continua olhando para os sapatos da mulher a nossa frente.

Tifanny para em frente uma porta e antes que ela abra vejo uma placa, escrita. Ray Palmer, gerente de contas. Tifanny pede para que aguardemos do lado de fora e depois entra e fecha a porta.

[...[

Tifanny sai da sala depois de alguns minutos e nos manda entrar. Entramos na sala e vejo um homem de cabelos e olhos negros. Vestido em um elegante terno. Ele olha para Felicity que agora é Karen e lança um olhar malicioso para ela.

– Karen. Não sabia que vinha. Ontem mesmo, estava em Hong Kong. – diz, estendendo a mão para “Karen”.

– Imprevistos. Merlyn me mandou de ultima hora. – diz. Ninguém sabe sobre a prisão de Merlyn, é fácil manter a mascara.

– E você quem é? – o homem olha para mim.

– Meu segurança. Fui assaltada. Resolvi tomar precauções. – Ray olha confuso para Felicity.

– Você não me falou nada, no jantar que tivemos ontem. – olha desconfiado para Felicity desta vez.

– Então... Por que foi ontem, depois do jantar. – dessa vez Ray sorri, e aponta para a cadeira a sua frente.

– Sente-se. – Felicity puxa a cadeira e se senta. – Ele vai ficar aqui? – indaga, olhando para mim.

– Não vejo problema. – responde.

– Conheço Merlyn, sei que ele não ia gostar. – diz.

– Jonas. Pode esperar do lado de fora? – assinto a contra gosto de saio. Mas, antes lanço um olhar mortal para o homem, que afrouxa o nó da garganta.

[...]

Eu estava quase entrando na sala e tirando Felicity de lá. Quando os dois saíram da sala. Ray estava rindo e Felicity parecia desconfortável.

– Vamos ao cofre então? – Ray andou na frente, nós o seguimos.

Andamos novamente por um corredor e depois outro e mais um. Até pararmos em frente a uma porta de alumínio. Ray passou as extremidades de um cartão no leitor e a porta se abriu. Nós entramos, olhei ao redor e vi uma enorme sala com diversos cofres numerados. Ray andou até o 306 e abriu uma gaveta, tirou uma caixa de dentro. Entregou a caixa para Felicity e eu vi que precisava de uma senha. Ela sorriu.

– Podem me deixar a sós? – assentimos e saímos da enorme sala. Sei que Felicity trouxe todos os trecos dela de decodificar senhas. Então, sei que ela não precisa da minha ajuda. Ela sai da sala depois de poucos minutos. Lança-me um olhar cúmplice e em seguida cumprimenta Ray com um aperto de mão.

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– Então. Vamos marcar outro jantar? – Ray pergunta. Cerro meus punhos e conto até dez, sei que ele pensa que Felicity é Karen, e isso me faz relaxar.

– Eu te ligo, Ray. – responde.

[...]

Quando saímos do banco fomos direto para o hotel, que estávamos hospedados. Pegamos nossas coisas e seguimos para o aeroporto. Gordon deixou claro que era para ver o conteúdo do chip só quando ela estivesse presente.

O jatinho pousou no aeroporto internacional Washington Dulles. Pegamos um taxi e fomos direto para a base onde Gordon nos esperava. Descemos as escadas e ela estava sentada em uma cadeira. Joe e Sally estavam na frente dela, conversavam animados.

– Joe!! – Felicity desce as escadas e abraça o rapaz. – Como você está? – pergunta, sua alegria é visível.

– Estou ótimo. Gordon disse que estou livre de todas as acusações e de quebra ganhei uma gatinha. – diz, olhando para Sally que o fuzila com os olhos.

– Não estamos juntos, Joe. – Sally abraça Felicity.

– Você me beijou. – Joe comenta.

– Eu disse que se o seu plano desse certo eu beijaria você. – Sally de defende.

– Você gosta de mim, por que não admite? – Ela fica com a cara vermelha como um tomate.

– Eu não gosto de você, Joe. – cruza os braços e bufa de ódio.

– Ei! Crianças. Por que não vão tomar um sorvete, passear no parque? – Gordon se mete no meio dos dois. Que pareciam Felicity e eu quando éramos jovens, mas, em uma versão com menos ódio.

– Eu adoraria. Porem, não temos dinheiro. – tiro alguns dólares da carteira e entrego a Joe.

– Acho que isso vai te ajudar a conquistá-la. Seja criativo. – murmuro e ele assente.

– Sabia que você não era do mal. – sibila. Apenas assinto.

– Vamos, Sally. – diz. A menina sorri e o segue escada acima.

– Então. Conseguiram? – Gordon pergunta, depois dos dois saírem da base.

– Sim. – Felicity entrega o chip para ela. Que se dirige até o computador.

[...]

– Felicity! Podemos conversar? – Felicity olha para mim sem entender e em seguida assente. – Vamos. – as duas entram em uma sala de interrogatório e Gordon desliga o sistema de escuta.

– O que será que tem nesse chip? – Dig da de ombros.

Continuo olhando para a sala. Há essa hora queria ser um pequeno inseto para escutar o que as duas conversam. Elas saem da sala e Felicity se esforça para sorrir para mim.

– O problema é mais grave do que imaginávamos. – Gordon fala.

– O que tem no chip? – indago.

– O projeto da bomba, passo a passo. – responde. – Parece que a bomba já está quase finalizada. O ultimo passo está no chip. Que, é, todos os passos para acionar a bomba. Esse chip não pode cair em mãos erradas. Eu vou guardá-lo no cofre. Vocês não vão tira-lo do cofre. Entenderam? – nós três assentimos.

– E por que tanto mistério com a Felicity? – indago. Gordon engole em seco e solta um sorriso disfarçado.

– Nada demais. Só uma conversa de mulher para mulher. Não é Felicity? – Felicity dá um pulo e depois assente. – Preciso ir agora. Obrigada pela ajuda com Young, Felicity. – agora eu entendo. Gordon sempre demonstrou sentimentos por Young. Mas, ainda não entendo o nervosismo de Felicity. Espero Gordon sair da base e me aproximo de Felicity.

– O que Gordon queria? – pergunto.

– Nada. – responde.

– Você está nervosa, e não estava assim antes de conversar algo com ela, naquela sala. – comento.

– Estou bem, Oliver. Gordon só me pediu ajuda, para conquistar Young. – tenta disfarçar o nervosismo com um sorriso. – Vou para o meu apartamento. Posso ficar sozinha, por um tempo? – assinto. Mesmo sendo contra a minha vontade. Talvez ela esteja precisando de um tempo. Eu darei esse tempo a ela.

– Você está bem, mesmo? – preciso ter certeza.

– Estou bem, Oliver. Que tal um jantar no meu apartamento?

– Adoraria. – ela alarga um sorriso nos lábios. – Não vai embora sem antes me dar um beijo, não é? – fico a centímetros dela.

– Claro que não. – segura meu queixo e inclina minha cabeça para baixo, sela seus lábios nos meus. – Beijaria você toda hora. – me afasto dela e vejo suas bochechas vermelhas.

– Eu também. – dou um ultimo beijo nela e ela sai.

[...]

FELICITY.

Cheguei no meu apartamento. Tirei meu calçado e o chutei para um canto. Joguei a bolsa no sofá e desabei junto com ela. Todas as lágrimas que eu tinha segurado na frente de Oliver, para que ele não percebesse, caíram todas nesse momento.

Gordon tinha me dado uma ordem. Eu não podia negar. Apenas aceitei, e sei que ficar longe de Oliver por tempo indeterminado não vai ser bom. Ainda mais da forma que isso vai acontecer. Parece que quando nos livramos de uma tempestade uma pior cobre nossas cabeças.

Eu não sei se conseguirei ficar tanto tempo longe dele. Pensei que a aliança fosse a pior coisa, com a qual lidaríamos, porem, depois de saber sobre Hua Ming, eu discordo totalmente.

Levanto do sofá e limpo as lagrimas do rosto com a manga da blusa. Arrasto-me até a cozinha e abro a geladeira. Não sinto fome alguma, mas, empurro um sanduíche natural.

Escuto um estrondo e vejo a porta da sala voar. Imediatamente pego uma arma debaixo da bancada da cozinha. Três encapuzados enormes correm em minha direção. Atiro no peito de um que cai morto no chão.

Viro-me e pego uma frigideira, atinjo a cabeça de outro que fica grogue. Descuido minha retaguarda e sinto uma pancada na minha cabeça.

[...]

Acordo em uma sala escura. Sinto minhas mãos e pernas amarradas. Olho ao redor depois de escutar gemidos, dos meus dois lados. Tento forçar minha vista, mas, vejo apenas vultos.

– Quem está ai?! – pergunto com a voz alta.

– Felicity!? – conheço essa voz.

– Moira? O que está fazendo aqui? – indago.

– Mãe, você está ai? – uma segunda voz soa pelo local escuro.

– Thea?! – Moira e eu falamos em uníssono.

– Como você escapou da prisão, Moira? – indago.

– Como assim, minha mãe está presa? Mãe, você não estava viajando? – Thea grita.

– Calma filha. Depois eu te explico tudo. – diz, tentando acalmar Thea que esta começando a chorar. – Felicity. Malcon fugiu com a ajuda dos capangas de Lien Ming. Esse homem é mais perigoso do que a aliança. Vocês pegaram o chip? – pergunta com certa aflição na voz.

– Sim. – respondo.

– Ele deve ter desconfiado. Tirou Merlyn da prisão e ordenou que ele recuperasse o chip, e Malcon sabe o ponto fraco de Oliver. Agora ele vai exigir que Oliver lhe entregue o chip. – explica Moira.

– Mas, que porra é essa? – Thea esbraveja. – Será que só eu não estou entendendo nada? – grita outra vez.

– Thea querida! – a porta se abre, as luzes se acendem revelando Malcon com uma Glock na mão. – Acho que você vai deixar seu irmão bem preocupado. – diz, tirando um celular do bolso e arrastando uma cadeira.

– Você sabe que você vai morrer, não é? – pergunto.

– Talvez. Ou quem sabe o seu namoradinho. – cerro meus punhos.

[...]

OLIVER.

Cheguei no apartamento de Felicity e bati na porta. Porem, não tive respostas. Entrei e muitas coisas estavam caídas no chão, inclusive o corpo de um homem. Meu corpo começou a reagir. Meu medo começou a falar mais alto. Entrei em todos os cômodos da casa e não a encontrei.

Passei as mãos na minha cabeça sem saber o que estava acontecendo. Imaginei o pior. Levantei e olhei ao redor. Notei um envelope sobre uma estante encostada na sala. Corri até o canto e peguei o envelope, abri o selo e tirei um papel rosa e perfumado de dentro, com linhas horizontais. Minhas mãos começaram a tremer.

Olá...Oliver. Espero que você esteja bem. Creio que você tem uma coisa que me pertença. O nano chip que roubou em um banco na China. Eu tenho três coisas que pertencem a você. Sua querida mãe. Sua doce irmã e sua amada Felicity. Sei que você as ama. Família sempre veio em primeiro lugar para você e seu pai. Felicity, eu vi a forma como vocês dois se olham, só um bobo para não perceber o quanto vocês se amam.

Creio que você as queira de volta. As três intactas, sem nenhum arranhão. Eu vou lhe proporcionar isso. Porem, quero o chip. Ligue para o numero no verso da folha... Com amor, Malcon Merlyn.

Sento a raiva tomar conta de todo o meu corpo. Como esse cretino ousa pegar as três pessoas mais importantes na minha vida? Eu juro que o mato, da forma mais cruel que existe. Pego meu celular e disco o número do verso da folha. Ele chama algumas vezes, entretanto, ninguém atende.

Cerro meu punho e lanço contra o abajur que voa para longe e se quebra quando encontra o chão. Saio do apartamento batendo a porta. Quando estou prestes a entrar no elevador o celular toca.

‘Oliver!’ – e a voz de Thea.

– Thea como você está? – pergunto, me sentindo tranqüilo por escutar a voz dela.

‘Ela está bem, Oliver. Não sei por quanto tempo. Isso vai depender de você.’ – dessa vez é a voz de Malcon.

– Seu desgraçado. Eu juro que mato você!! – esbravejo, em seguida escuto a risada de Malcon.

‘Você vai poder fazer isso. Vou te mandar uma mensagem com todas as coordenadas de onde estou com as mulheres da sua vida. Me encontre nesse local as nove da noite. Com o chip, caso não vier, terei o maior prazer de matar sua amada Felicity.’ – a linha fica muda.

Gordon não vai gostar nenhum pouco, do que vou fazer. Porem, não vou permitir que nada de ruim aconteça, com Thea, minha mãe e Felicity. Já perdi muita coisa na vida. Não vou perdê-las,

Saio do prédio e monto na minha moto. Dirijo na direção da base e em poucos minutos estou descendo as escadas. Abro o cofre e pego o nano chip. O celular toca e abro a mensagem de Merlyn, com o endereço. Saio correndo da base e embarco na moto. Dirijo em alta velocidade, até parar na frente de uma fabrica abandonada em um bairro pobre de Washington. Pego minha arma e desço da moto. Entro pela porta da frente. E vejo, Thea, Felicity e minha mãe, amarradas em cadeiras. Thea está apavorada.

– Pensei que não viria, Oliver. Não conheço um homem que seja capaz de fazer algo tão grande pela mulher que ama. – aperto a arma na mão e aponto para Merlyn.

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– Solte-as! – exclamo.

– Calminha. Cadê o chip? – questiona. Tiro o chip do bolso e mostro para ele que sorri. – Como prova da minha bondade, vou soltar uma delas. – apontou a arma de uma para a outra, até que parou com o cano direcionado na direção da minha mãe.

Andou até ela, e a desamarrou. Segurou-a pelo braço e ela levantou. Merlyn deu dois passos e minha mãe agarrou na roupa dele. Começou a dar tapas e chutes nele. Ele revidou, porem, ela continuou indo para cima dele. Escutei o estouro de uma arma. Engoli em seco e olhei para os dois. Minha mãe deslizou seu corpo pelo de Merlyn e caiu no chão. Aos fundos escutei os gritos de Thea. Ele olhou para mim, seu olhar estava pedindo perdão. Porem, eu estava cego de ódio, a fúria tomando conta de mim. Ergui a arma e atirei. O estouro ecoou pelo galpão e o corpo de Merlyn caiu ao lado do dela.

Escutava os gritos de Thea, Entretanto, não conseguia sair do lugar. Meus joelhos cederam e eu cai no chão, ao lado do corpo da minha mãe. Vi de relance quando Felicity se soltou e abraçou Thea. Em seguida a soltou. Thea correu, se ajoelhou ao lado do corpo da minha mãe. Abraçou o corpo desfalecido, sua roupa sujou de sangue. Ela gritava e chacoalhava o corpo da minha mãe, pedindo que ela acordasse.

Felicity se agachou na minha frente e me abraçou. Eu ainda não conseguia assimilar tudo que tinha acontecido. Entretanto, tinha plena certeza que minha mãe estava morta.

– Ela está morta!! – abraço Thea.