Dark Nightingale

Capítulo 4 — Reunião


Capítulo 4: Reunião

Já a beira da inconsciência, Wanda nem reparou quando Edgar abriu a porta da enfermaria e a levou até a maca mais próxima, deitando-a de lado e gritando o nome de uma mulher, o qual a feiticeira não conseguiu entender. Logo, conseguiu ver a silhueta de uma moça não muito alta, com cabelos aparentemente negros e a pele quase camuflada entre as paredes brancas. Sentiu mãos a virando, deixando-a deitada de costas, e em seguida gritou de dor ao sentir alguém tocar as feridas. Ouviu passos indo para o outro lado da maca e as mãos firmes de um homem - que ela não sabia se era Edgar - enfaixando seu braço ferido. Ouviu algo como "Deixe que eu cuido dela" vindo da mulher e escutou passos deixando a sala. E então, desmaiou.

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**

— E o que você quer conversar então, Camille? Sobre como o dia está bonito lá fora? Não sei se você se lembra, mas nem a janelas eu tenho direito.

— Com a mesma língua afiada de sempre, pelo visto. — Cami reclamou do Maximoff. — A questão é que, depois da série de experimentos que fizemos em você, chegamos a conclusão de que seus poderes estão 100% sob controle.

— O que significa que agora posso fazer favores a você e seu exército inútil. — Pietro pigarreou.

— Exatamente. — ela sorriu. — Só preciso que você elimine alguém, pois a pessoa a quem dei esse serviço não aproveitou a chance.

Pietro encarou os braços em cima dos joelhos, sério e pensativo. Depois a encarou.

— E quem seria?

O sorriso da loira só aumentou.

— Já ouviu falar do Capitão América, querido?

**

O borrão branco que viu ao abrir os olhos logo havia se transformado na lâmpada de um teto com mofo, a foi só tentar virar a cabeça para sentir as dores da coluna sensível e gemer baixo, mas não o suficiente para chamar a atenção de uma moça branca com cabelos negros, não muito alta, e se lembrou que essas eram as mesmas características da silhueta que a tinha ajudado na enfermaria.

— Como se sente? — a garota perguntou.

— Quem é você? — Wanda tentou mexer seus braços e se viu com os pulsos algemados na maca. Temendo o pior, ignorou a dor e olhou em volta; a sala era totalmente preta, com lâmpadas extremamente brilhantes, e haviam várias celas, mesas de experimentos, cientistas e agentes caminhando ou fazendo testes em pessoas por todas as partes e, o pior; bandejas de prata: seringas, agulhas, tesouras, algemas e facões. Não era uma enfermaria, afinal. — O que eu estou fazendo aqui? O que vocês vão fazer comigo? Me solte agora sua...

— Ei, calminha aí, anormal. — a mulher se aproximou. — Você só está descansando. Essa é a sala de experimentos onde todos da sua ladainha ficam, mas como você é uma exceção para Edgar, ele mesmo pediu a maca antes de buscá-la da tortura. E eu sou Lindsey, a garota que teve uma hora exata para fazer suas cicatrizes pararem de doer tanto, então, de nada.

— Edgar? Mas...

— Camille pediu que ele a trouxesse para cá e fizéssemos alguns testes com você enquanto dormia, e eu fiz. — quando a feiticeira a olhou surpresa e com raiva, Lindsey tratou de continuar, — Colhi um pouco do seu sangue, nada mais. Acredita que seu sangue combinado com o de alguém compatível com você fica neon escarlate? É bem legal.

— Me tire daqui sua vadia! — gritou Wanda.

Enquanto continuava a gritar, a Maximoff não percebeu quando a "enfermeira" pegou uma agulha e aplicou com força em sua perna esquerda, a fazendo rosnar de dor.

— Depois você pode se entender com Camille. — Lindsey disse enquanto Wanda começava a fechar os olhos. — Tenha péssimos sonhos.

E com raiva por ter sido fraca e frágil outra vez, a feiticeira apagou.

**

O barulho do ponteiro se movendo. A maca do hospital indicando os batimentos cardíacos. O rádio chiando por estar fora da estação e o som dos trovões do lado de fora. Tudo o que ela conseguia ouvir. Levantou-se e viu estar em um lugar escuro, mas que com a pouquíssima luz do sol visível, dava a impressão de um verde-água bem escuro nas paredes. Andava mancando e acabou por tropeçar em algo e cair apoiada sob a bandeja de metal da qual logo se afastou: instrumentos de tortura. Tentou apertar o passo e, conforme saiu do cômodo, foi parar em um corredor com muitas portas. Quando passava, via em cada uma delas corpos e mais corpos jogados por todos os lados, além de sangue nas paredes e o cheiro de carne morta. Decidiu entrar na última porta, que era o único lugar sem sangue, e se surpreendeu com o que viu ao entrar. Era ele; a coisa verde e temível, coberta de sangue e com um sorriso maligno.

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E então, a ruiva gritou, fazendo o carro derrapar na estrada. Arfante, Natasha olhou em volta, recebendo um olhar preocupado de Barton. Hill estava no banco da frente do carro, dirigindo, então ela não sabia a reação da mulher ao seu grito, mas sabia que não era um sorriso.

— O que aconteceu? — Clint pegou uma das mãos dela, mas percebeu que ela não prestava atenção. — Nat!

Ela o encarou, ainda ofegante, e deixou sua cabeça cair sob o peito do rapaz.

— Só me prometa que não me deixará cochilar no carro de novo.

– - -

Rogers encarou a porta quando Hill a abriu e, em seguida, entrou acompanhada de Barton e Romanoff, que parecia abatida por alguma coisa, e se levantou.

— Bom te ver, Hill. — ele cumprimentou e a agente assentiu. — Romanoff, Barton.

— Rogers. — a voz de Natasha havia falhado um pouco, o que deixou o Capitão ainda mais preocupado.

— Como está Wilson? — Clint perguntou ao ver que o moreno dormia.

— Está bem melhor, mas ainda precisa ficar de repouso e... — o loiro foi interrompido pelo toque de celular de Maria.

— Eu... Vou atender.

Maria saiu do quarto e correu para o depósito, sem que os seguranças do corredor percebessem, para atender a chamada pela única linha restrita da S.H.I.E.L.D. que ainda funcionava.

Agente Hill.

— Fury.

O que pensou em deixar a Agente Romanoff e o Agente Barton irem com você para a Itália? Combinamos de que você iria sozinha. — mesmo sem gritar como costumava fazer com a maioria, Fury estava aparentemente irritado.

— Fury, era a nossa missão! Não é porque Foster faleceu que...

Não questione minhas ordens, Hill! — Maria se lembrou de como o homem poderia ser tão irritante as vezes. — Eu ainda sou o líder...

— Mesmo que você ainda tenha autoridade, você passou seu cargo para o Coulson. — foi como um tapa na cara dele. — E ele não se opôs a missão que você mesmo designou para nós antes de sair do comando.

Eu quero uma tele-conferência. — disse. — Tem que ser agora.

— Só me dê 30 minutos.

Te dou 20.

Após o cair da linha, Hill fechou o telefone e suspirou. Mesmo quando estava fora de comando, Nick fazia questão de querer tudo sob seu controle. Saiu do depósito e voltou novamente para o quarto de Wilson, e pela sua cara, todos perceberam que não era nenhuma ótima notícia.

**

Ao chegarem no quarto do hotel de Rogers, Hill colocou o aparelho sob a cômoda em frente as duas camas e a imagem de Nicholas J. Fury, Tony Stark e Bruce Banner apareceu ampliada para o quarteto, que ficou surpreso pela presença dos outros dois indivíduos.

— Agente Romanoff, Capitão Rogers, Agente Barton, Agente Hill. — Nick foi acenando para cada um ali presente, na ordem em que os viu, enquanto todos assentiam. — Hill já deve tê-los contado da ligação telefônica.

— Sim. — Barton assentiu. — Mas não contou a parte do Stark e do Banner.

— Quanta formalidade, Legolas. — Stark implicou.

— Voltando ao assunto — Fury cortou-os. —, fiquei sabendo do ocorrido com Samuel Wilson e fiquei realmente curioso para saber o motivo, mesmo que seja um tanto óbvio.

— Fomos atacados de surpresa por Wanda Maximoff e ele ficou muito ferido. — contava Steve. — Ele ainda está no hospital, mas bem melhor. Deve ficar de repouso por mais alguns dias.

— Infelizmente, creio que o repouso dele será no jato da S.H.I.E.L.D. — o negro falou e todos se entreolharam, surpresos. — Precisamos de vocês na Torre Stark para uma reunião.

— Uma reunião sobre o que, afinal? — Natasha perguntou.

— Eu estou desenvolvendo um projeto. — Stark tomou iniciativa. — Depois que Fury contou a mim e Banner sobre os gêmeos Maximoff, achei que, talvez, fôssemos precisar de uma pequena ajuda da minha parte.

— O projeto é uma espécie de robô — Bruce se pronunciou pela primeira vez e Natasha se sentiu incomodada, principalmente depois do pesadelo que havia tido há pouco. —, Tony está usando peças de suas antigas armaduras e bastante tecnologia nele e eu estou ajudando-o a desenvolver.

— Então, vamos ir até a Torre Stark só para ver o projeto de um robô? — Clint questionou.

— Ele tem um sistema de identificação de imagem, precisamos deixar gravado na memória dele que vocês e o mundo não são ameaças, e gravar os gêmeos e outros vilões como ameaças, para não acontecer dele nos atacar caso algum espertinho tente controlá-lo. — Stark dizia. — E precisamos que ele detecte a presença de todos vocês. E claro, temos que falar sobre o deus asgardiano que mandou uma espécie de recado dizendo que está voltando.

— Então, é mais uma reunião dos Vingadores. — Steve concluiu.

— Basicamente. — disse Bruce.

Natasha, Clint e Hill olharam para Steve e, depois de algum contato visual, assentiu.

— Quando o jatinho chega?