Você é a minha babá? ( Yaoi)

Nem tudo é o que parece.


– LEIAM AS NOTAS INICIAIS POR FAVOR -

Castiel POV's

Desprezível. Me sinto desprezível. Sinceramente, como pude esquecer da Debrah?

Estava tudo perfeito e estranho ao mesmo tempo. Poucos dias atrás eu normalmente estaria dormindo ou indo até a casa de Lysandre com Kentin para ficar a toa tentando espantar o tédio. Hoje eu tenho uma irmãzinha de 11 anos que ama ver Yaoi e se irrita muito fácil, e uma babá que na verdade é um cara, e que cara...Tem como haver um homem mais bonito que Nathaniel? Acho que não.

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E por falar nele...Céus, me sinto horrível. Ele sabe disfarçar bem, com aquele sorriso gentil no rosto, mas eu via seu olhar que normalmente é tão cheio de vida, agora estava morto.

Eu o magoei.

– Poderia me dar as malas? - sua voz soou doce - Eu as levarei até seus aposentos.

– Claro gatinho. - Debrah piscou para ele, sorrindo. - mas eu irei dormir com o meu Castiel.

E novamente aquele olhar triste. Quero pedir desculpas, e dizer que amo ele e não ela, que isso é tudo um grande mal entendido e...Espera, eu amo ele? Fala serio, ele é minha babá, mas admito que desde sua cehgada meus sentimentos estão tão confusos.

– Claro senhorita. - ele sorriu. Pegou as malas de Debrah e Lynn - Com licença.

Nathaniel subiu as escadas com as malas, sendo seguido por Lynn que sorriu envergonhada para mim e sussurrou um " desculpa".

Lynn é uma garota adorável e pianista em uma escola de música em Londres, seus olhos estavam tristes por alguma razão, talvez por sua irmã ter feito isso comigo. Amber por sua vez... Imagine uma garota baixinha, loira de 11 anos que praticamente saía faíscas de seus lindos olinhos verdes de tanta raiva que sentia. Essa era Amber nesse momento. A loira fez um gesto com a mãos indo até o pescoço, como se o cortasse enquanto olhava para mim.

Amber me assusta.

– O que faz aqui Debrah? - suspirei, me soltando de seu abraço.

– Nossa gatinho, pensei que ficaria feliz em me ver. - me olhou emburrada.

– Debrah, nós terminamos por que você iria morar em outro pais por causa da sua banda, e de repente você chega aqui como se nada tivesse acontecido?

A alguns anos atrás, eu namorei com Debrah. A única garota de Sweet Amoris - a escola da qual eu estudo ainda - que eu não sentia repulsa por não ser uma fresca irritante. Debrah tinha atitude e era sincera, eu gostava disso.

Eramos o casal perfeito, mas ela resolveu ir embora com sua banda, é claro que não impedi, por não tinha o direito de acabar com seus sonhos.

Mas agora...Tem o Nathaniel. Não posso negar que sinto algo por ele, algo que nunca senti antes. Eu sofri muito com a ida de Debrah, e nenhuma outra garota que eu fiquei me fez esquece-la, mas só foi aparecer o loiro engomadinho que tudo mudou.

– Eu sei gatinho, mas eu quero você. - ela sorriu, passou os braços em volta do meu pescoço e selou meus lábios - Larguei aquela banda, agora quero ficar somente com você, por que eu te amo.

– Eu também te amo, Debby.

Amber POV's

Vadia. Aquela tal de Debrah não passa de uma vadia mal amada dos infernos. Foi embora? Então que ficasse lá, baranga. Se quiser te mando por tátaro com uma passagem só de ida.

Mas se aquela vaca tatuada acha que vai roubar o Castiel do meu irmão está muito enganada, ela arranjou a pior inimiga que poderia ter. Eu mesma, Amber.

– Espero que se sinta confortável, querida. - meu irmão arrumava a cama do quarto em que a tal de Lynn ocuparia.

– Obrigada senhor. - sorriu.

– Me chame apenas de Nathaniel, ainda sou novo para ser chamado de senhor. - eles riram. - Amber, você pode ficar com a Lynn se quiser, irei preparar o lanche.

– Até parece. - bufei.

A encarei com o meu melhor olhar de desprezo e a vi se encolher sentada na cama, meu irmão me lançou um olhar reprovador, do qual eu ignorei.

Aposto que essa Lynn é igual a Debrah, não vou dar confiança pra essa gente, e nem me importo se ela é rica ou não, pra mim é tudo farinha do mesmo saco. Como dizia meu tio Hector.

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– Nós vamos para a cozinha, não queremos te atrapalhar - meu irmão pegou em minha mão, dando um sorriso gentil a Lynn - fique a vontade, querida.

– Obrigada Nathaniel.

Meu irmão e eu descemos as escadas. Na sala podíamos ver aquela cena horrível e nojenta. Castiel e Debrah se beijando, senti meu irmão apertar minha mão um pouco mais forte e o olhei preocupada.

Fomos até a cozinha e ele finalmente soltou minha mão.

Me sentei no balcão da cozinha e fiquei observando o loiro a minha frente que fingia não estar acontecendo nada, mas eu vi. Lágrimas caíam de seus olhos, ele chorava em silencio.

Desci do balcão. Meu coração já estava apertado de vê-lo assim. Fui até meu irmão e o abracei por trás, fazendo-o se assustar um pouco, enquanto ouvia ele soluçar baixinho, e o apertando ainda mais.

– Vai ficar tudo bem irmão, não é o fim. Eu te prometo. - senti meus olhos marejarem - seja forte como sempre foi, você vai vai conseguir.

– Eu não sou forte, Amber.

– Você é mais forte do que pensa, irmão.

– ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ -

Castiel e Debrah estavam em seus quartos, provavelmente se pegando. Céus, odeio imaginar essa cena e ainda por cima saber que meu irmão está sofrendo calado com isso. Vou virar terrorista só pra jogar uma bomba na casa da Debrah.

Fiquei sentada na bancada da cozinha, escrevendo em um caderno enquanto meu irmão bebia um café para ficar acordado, sentado a minha frente. A cozinha acabou virando nosso refúgio.

– O que está fazendo? - ele perguntou, olhando para o caderno.

– Escrevi 50 maneira de matar a Debraranga. - ouvi ele rir baixo e o acompanhei - agora estou fazendo as maneiras de me safar por matar ela.

– As vezes acho que você é uma pequena psicopata.

– È o efeito Debraranga. - sorrimos.

– Irmã, por que tratou a Lynn daquela forma? - suspirei. Que saco!

– Ela é irmã da Debraranga, aposto que é uma garotinha rica idiota, são tudo farinha do mesmo saco.

– Não se deve julgar as pessoas assim, Amber - ele me repreendeu - todos tem uma história.

– Como assim? - o olhei confusa.

– Sabe aquela garota esquisita, cheia de pulseiras no braço? - fiz que sim com a cabeça mesmo não entendo - pois então, toda noite ela entra no seu quarto e se corta para tentar aliviar a dor que sente no seu coração. - suspirou - sabe aquela garota metida e mesquinha que só se importa com o dinheiro? Os pais dela nunca a deram atenção e carinho, e o dinheiro acabou virando seu único amigo e companhia.

Nathaniel se levantou, colocou a xícara na pia, e se voltou para mim. Me olhou atentamente e fez uma carinho no topo de minha cabeça, bagunçando levemente meus cabelos.

– Todos tem uma história, e nem tudo é o que parece ser. - ele sorriu - não se esqueça disso.

Nathaniel saiu da cozinha, me deixando com cara de taxo. Por que raios ele precisa ser tão sábio? Me sinto idiota comparada a ele.

Coloquei meu caderno - onde eu fazia meus desenhos estranhos e sem sentido para as pessoas que o olhassem , mas que significava algo para mim - e me direcionei até o corredor.

Parei ao ouvir uma melodia muito bonita de piano que vinha do segundo andar. Subi as escadas, seguindo o som que escoava pela casa.

Parei em frente ao último quarto - um lugar onde havia uma enorme janela, as paredes pintadas de branco, o piso de madeira e se encontrava apenas um grande piano preto - e abri lentamente a porta de madeira sem fazer barulho.

* apertem play *

Lynn tocava uma música no piano e cantava algo que parecia ser de outra língua, talvez chinês ou coreano. Uma coisa devo admitir, a voz dela é a mais linda que eu já ouvi.

Fiquei a encarando por vários minutos, ouvindo ela cantar e parecia estar hipnotizada, pois não me mexia, apenas conseguia olhar para ela com a maior cara de boba. De repente ela para de tocar, e suspira pesado, enquanto via ela limpar uma lágrima que caia de seus olhos.

– Você canta bem.

Lynn deu um pulo do banco onde estava e olhou para mim assustada. Sou ninja não posso mudar isso, acabo rindo da cara de assustada que ela faz, ainda mais depois que a vejo corar.

– Obrigada. - diz baixinho, olhando para suas próprias mãos.

– Sabe tocar piano a muito tempo? - pergunto, e me aproximo dela. Ela desliza um pouco para o lado, e eu me sento ao seu lado no banquinho do piano preto.

– Aprendi com o meu pai, quando era criança - responde - ele era professor na Juilliard School*

, então eu sempre via ele tocar e resolvi aprender, acabei me apaixonando por piano.

– A única coisa que eu sei tocar é flauta - falei - e quando toco tenho o poder de fazer uma pessoa querer se matar.

Após ter dito isso, ouvi Lynn rir. Seus olhos se fechavam formando uma linha, sua risada, seu sorriso eram tão adoráveis... Que bosta é essa Amber? Se recomponha.

– Tem certeza que tem 14 anos?

– Sim.Por que? - ela me olha confusa.

– Eu tenho 11 anos, e sou mais alta que você.

– Não é mais fácil me chamar de anã? - rimos feito idiotas.

– Gosta de K-Pop? - perguntei - eu acho que era corana, a música que você estava cantando.

– Sim, eu amo - ela sorri - morei na Coreia do Sul por alguns anos, quando criança.

Lynn tateia os bolsos de suas calças, procurando por algo, quando pega de lá um celular rosa e coloca para tocar a música Hush - Miss A.

– Ainda estou tentando aprender a dançar essa música, mas sou muito travada.

– Hush? Moleza - revirei os olhos e sorri. - Vamos, bote a música pra tocar e a gente dança.

– Será que posso participar disso também?

Viro e encontro meu irmão nos encarando com um sorriso travesso no rosto e os cabelos loiros levemente bagunçados.

Ele estava como tipicamente se vestia enquanto trabalhava. Calças e sapatos sociais pretos, assim como seu colete, uma camisa social branca com as mangas dobradas passando de seus cotovelos e uma gravata vermelha .

– Claro, quando mais melhor - Lynn disse. - Você sabe dançar Nathaniel?

– È claro, Amber me ensinou a dançar Hush. - ele sorriu, enquanto se aproximava de nós ficando no meio - Devo admitir que humilho as K idols quando danço.

– Convencido - mostro a língua para ele . Lynn e Nath começam a rir - fui eu quem te ensinei a dançar.

– Mas eu sou melhor que você.

Lysandre POV's

– Então que dizer que você tem um encontro?

Não me pergunte o motivo, mas resolvi ir na casa de Kentin. Ele me contou que seu pai havia aceitado o quase namoro dele com Alexy e que estava muito feliz pois iria pedir o garoto em namoro essa noite.

Estávamos sentados na cama, de frente para o outro. O dia estava frio, e caia um pouco de neve. Neve... eu amo esse clima frio , gostava de fazer bonecos de neve com meu irmão.

Na fazenda onde morávamos quando crianças não nevava, e quando nos mudamos para a cidade parecíamos dois idiotas fazendo guerrinha de neve no meio da cidade.

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Mas voltando ao assunto... Contei para Kentin que iria acompanhar um rapaz até o parque, já que ele havia tocado no assunto, porém meu querido amigo cismou que isso era um encontro.

– Não é um encontro, ele apenas me pediu para acompanhar ele.

– Não me venha com essa - esbravejou ele - Lys, aquele garoto deve gostar de você, isso é um encontro você que é lerdo demais para perceber isso.

– Prefiro pensar que não é. - disse - não quero criar expectativas Kentin, isso sempre acaba mau para mim.

– Mas ele é diferente, eu te garanto!

– Você o conhece? - o olhei curioso.

– Digamos que sim - ele corou - de qualquer forma, ele é um cara muito legal.

– Eu nem sei o nome dele.

– Como você marca de sair com uma pessoa, e nem ao menos sabe o nome dela? - ele me olhou incrédulo, e dei de ombros.

– Acho que esqueci de perguntar o nome dele.

– Você acha? Sério? - ele começa a rir e fico sem entender nada.

– ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ -

As luzes da cidadezinha brilhavam intensamente com várias cores diferentes. As pessoas andavam pelo parque de um lado pra outro, a maioria casais com ursinhos de pelúcia em suas mãos ou algodão-doces.

Já se passava da hora daquele garoto chegar, mas ele ainda não havia aparecido. Eu até poderia dizer " calma, você apenas não conseguiu o achar no meio de tantas pessoas", mas isso é mentira.

Recebi uma mensagem mais cedo do garoto, dizendo para o esperar em frente a montanha-russa, e aqui estou em frente a este maldito brinquedo, observando todos se divertirem enquanto espero o garoto por três horas.

Se atrasar meia hora, ou uma até vale, mas três horas? Ninguém aguenta. Soltei um longo suspiro, e resolvi ir embora do parque, acenando para Kentin que comparava um ursinho de pelúcia para Alexy.

Ele me olhou preocupado e sussurrou um " você vai embora?" , apesar de estarmos um pouco longe um do outro, consegui entender e balancei a cabeça em sinal afirmativo. Andei até a saída em passos lentos, olhando para o lados com um pouco de esperança de encontra-lo.

Esperança em vão.

Nunca crie expectativas Lysandre, isso sempre acaba o destruindo. Castiel vivia me dizendo isso, por conta de todas as vezes que tive meu coração partido por criar expectativas. Será que sou feio?

Não liga para as aparências, mas as vezes me pergunto se as pessoas não gostam de mim por ser diferente. Tenho um cabelo platinado, com algumas mechas pretas, sou muito alto, possuo um estilo de roupa bem diferente, e meus olhos são bicolores. Não diria que sou anormal, mas também não tanto normal.

Suspiro, vendo uma pequena fumaça gelada sair de minha boca por conta do frio. Ando até em casa. Entro no condomínio dando boa noite ao porteiro e subo as escadas, não levo menos de alguns minutos até chegar e abrir a porta do apartamento.

Leigh e Rosalya assistiam um filme de comédia romântica na TV, e me olharam preocupados ao me verem chegar.

– Não deveria estar no encontro, Lys-fofo? - pergunta Rosalya. Desde que nos aproximamos ele tem a mania de me chamar por esse apelido.

– Não é um encontro e ele não apareceu, o esperei por três horas.

– Sinto muito irmão. - Leigh disse fracamente - mas ele deve ter alguma explicação para ter se atrasado.

– Atrasado? - o olhei incrédulo - Atraso são uma hora e meia, quinze minutos, até mesmo uma duas horas. Mas três horas? Isso não se chama atraso, se chama dar bolo em alguém idiota o suficiente para acreditar que eles sairiam.

– Lys..

– Ele me fez de idiota, apenas isso. - suspirei - vou me deitar, tenham uma boa noite.

Fui até o meu quarto e tranquei a porta, me deitando na cama. Não é um encontro, eu apenas iria acompanhar ele até o parque, certo? Certo. Então por que ele não ter ido me machucou tanto?

Não crie expectativas Lysandre, você quebrou sua regra novamente e mais uma vez se machucou. Idiota.